74. Traidor

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- Maldita! Aquela piranha vai causar a minha morte! – o alfa urrava, andando de um lado para o outro de seu escritório. Agora até suas noites de sono eram tiradas, não possuía mais um minuto de paz sequer.

Estava dormindo, quando seu conselheiro foi o acordar, dizendo que a mensagem de Seul havia chego. Ele saltou da cama no mesmo instante, com um fio de esperança de que receberia notícias tranquilizantes, mas não, foi agraciado apenas com a detestável e fatídica notícia de que Jimin estava ainda mais louco que antes.

- Majestade – Jong, seu conselheiro que estava sentado sobre uma poltrona do escritório o chamou de forma reconfortante – Aquele ômega não fara nada ao senhor, ele não ousaria nem mesmo arrancar um fio de cabelo de um rei, um alfa, ainda por cima.

As palavras do homem mais velho serviram apenas para deixá-lo ainda mais irado. E Tae-hyung riu em desgosto, direcionando um olhar frio e fixo ao outro.

- Você não conhece Jimin como eu conheço. Aquele ômega, ele não teme a morte, desde que leve seu adversário junto a ele para o inferno. – O Kim praticamente cuspiu as palavras. – E antes que diga qualquer outra asneira – completou ao ver que Jong pensava em refutá-lo – Jungkook é outro cachorro louco. Certamente ele arrancaria minha cabeça por fazer mal ao seu ômega, vestiria minha pele como uma capa e sentando em seu trono ele gargalharia ao ver Jimin dançando por ai usando meu crânio como a porra de uma coroa. Tudo isso enquanto aguardariam a própria execução! – ao final da frase, ele já estava gritando e suando frio somente em imaginar o casal de psicopatas e o que eles poderiam estar tramando contra si – precisamos encontrar Jiwoo, ou será meu fim. Será o fim de meu império...

Batidas na porta soaram, o alfa se calou rosnando por ser interrompido.

Jong o olhou de soslaio, não estavam esperando ninguém. Principalmente aquela hora da madrugada. O rei ajeitou suas vestes e cabelos, recuperando sua postura para receber quem quer que fosse.

- Entre! – foi o conselheiro quem concedeu a permissão.

As portas se abriram, e um pequeno ser adentrou da sala. Vestido com roupas simples e a cabeça baixa. Era apenas um servo.

- Com sua licença, majestade – sua voz baixinha quase mal foi ouvida – A pedido da governanta, vim lhe trazer este chá... – ainda parado ao batente da porta, ele ergueu a bandeja de prata que carregava consigo, ocupada com um jogo de chá de porcelana. – É de camomila, com erva-doce.

O rei respirou fundo, passando as mãos pelo rosto. Estava completamente exaltado. O estresse estava o matando aos poucos.

- Coloque isso aqui – ordenou e se jogou sobre uma poltrona vazia ao lado da mesinha de centro. Ficando de frente para o alfa conselheiro que estava alocado do outro lado do móvel.

- Sim senhor – o ruivo sorriu minimamente, se aproximando de forma ágil e depositando o jogo de chá de forma ordenada sobre a mesinha de madeira. – Gostaria que eu os servisse também? – olhou para o rei, este que apenas fez um gesto em descaso com a mão para que ele seguisse em frente.

- Majestade, não se preocupe. Tenho certeza de que a encontraremos – Jong continuou, sem se importar com a presença daquele ômega ali. Servos para ele eram como apenas sombras que nem mesmo uma consciência própria tinham. Eram burros demais para qualquer coisa que não fosse limpar ou cozinhar, em especial os ômegas. – Nossos soldados estão se realocando para as terras a oeste neste exato momento.

- Está adoçado com mel, vossa majestade - Félix ofereceu a primeira xicara de chá ao rei, que a aceitou sem dizer nada ele, mas olhou profundamente em seus olhos, o que fez o ruivo vacilar por um momento, mas se manteve firme em seguida.

𝘘𝘜𝘌𝘌𝘕𝘚 & 𝘒𝘐𝘕𝘎𝘚▪︎jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora