Capítulo 29

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• pov. Gizelly •

Rafaella e eu acordamos bem tarde no domingo, já beirando quase uma hora da tarde quando resolvemos nos levantar da cama. Após um banho e nos arrumar, fomos até um restaurante almoçar e depois fomos até a sua casa e passamos o resto do dia juntinhas vendo netflix e curtindo a companhia uma da outra.

- Amor acho que já vou indo. falei ao ver pela janela o cair da noite.

- Fica mais um pouco. seu pedido manhoso me fez rir.

- Não faz assim que você sabe que eu não resisto.

A observei se ajeitar na cama para alcançar seu celular e eu fiz o mesmo. Tinha várias mensagens, respondi algumas, inclusive da minha mãe me pedindo para ir na sua casa.

- Meu pai vem amanhã. Rafa disse digitando no celular.

- Vão na empresa?

- Sim, tem umas coisas para resolver lá, capaz de ter que ir lá todos os dias, já vi que essa semana vai ser cheia.

- Você tem que tirar um tempinho pra você sabia? Agora mesmo fica doente com essa correria toda. falei séria e ela desviou o olhar da tela do celular para mim.

- Agora que a agência resolveu pegar vários clientes juntos, está bem corrido mesmo, mas acho que me esgota mais é a empresa, mesmo indo até lá pessoalmente só duas vezes na semana, acaba sendo puxado tudo que faço pelo notebook.

- Você deveria conversar com seu pai.

- Ele já disse que não confia em ninguém para cuidar das finanças além de mim.

- Nisso eu até concordo com ele, você é a filha.

- Pois é, não que eu não goste, mas meio que sou a única a herdar a empresa, de um jeito ou de outro tenho que ficar por dentro de tudo lá, é nessas horas que queria ter um irmão. comentou suspirando.

- Vamos ter que fazer pelo menos dois herdeiros para não sobrecarregar só um. falei num tom brincalhão e ela soltou uma risada pelo nariz.

- Besta. ela disse rindo.

O toque do meu celular me fez desviar os olhos para o aparelho em minhas mãos, era minha mãe ligando, logo atendi.

"Oi mãe, boa noite. Sim, ainda estou aqui, mas já vou embora. Pode ser amanhã? Mas mãe... (risos). Tá bom, já estou indo. Tchau, beijo."

- Dona Márcia está brava porque não fui lá ainda. falei ao desligar a chamada.

- Te roubei dela. Rafa disse rindo.

- Ela te chamou para ir comigo, vamos?

- Hoje eu vou ficar devendo, fala pra ela que outro dia eu vou.

- Tá bom, só não vou insistir porque já é noite e amanha é segunda.

- Quer que eu te leve lá? perguntou.

- Não precisa, é perto, vou só dar uma passada rápida lá também, depois pego um uber.

- Vai aproveitar a janta que eu sei.

- Sempre né? falei e ela riu.

Me levantei da cama e ela fez o mesmo, saímos de seu quarto e descemos até o andar de baixo. Rafaella me acompanhou até o portão.

- Amei nosso fim de semana. ela disse sorridente e eu a abracei depositando um beijo em sua testa.

- Eu também, cada momento, principalmente o seu sim para o meu pedido. falei ao nos afastarmos.

- Pensou que poderia ser um não? questionou erguendo a sobrancelha.

- Talvez, você disse que queria ir devagar e eu estava respeitando cada momento nosso, mas acho que precisávamos desse passo.

- Sim, precisávamos. concordou.

- E por que a senhorita não fez pedido então? perguntei.

- Porque quem tinha que fazer era você ué. ela respondeu e dessa vez quem ergueu a sobrancelha foi eu.

- Por que? perguntei incrédula.

- Você que pediu uma chance, lembra?

- Ah pronto, eu pedi uma chance, eu pedi em namoro, vou ter que fazer o de casamento e qual mais? questionei e ela soltou aquela risada gostosa.

- O de casamento pode deixar que eu faço. ela falou.

- A resposta é não. falei brincando.

- Palhaça! ela me empurrou pelo ombro me fazendo rir.

- Você sabe que estou brincando, porque tudo para você é sim.

- Bom saber.

- Não abuse Rafaella. falei firme e dessa vez ela quem riu. - Deixa eu ir, que as horas tão só passando e eu ficando.

Ela riu outra vez, passando os braços em volta do meu pescoço selando nossos lábios em um beijo carinhoso.

- Vai com cuidado e quando chegar em casa manda mensagem.

- Tá bom, tchau bebê, até amanhã. selei nossos lábios mais uma vez. - Te amo.

- Te amo coisa linda. disse me dando um sorriso e me soltei dela a contragosto e segui meu caminho até a casa dos meus pais.

{...}

Fui bombardeada de perguntas sobre Rafaella e eu na casa dos meus pais. Durante o jantar, disse a eles que estávamos namorando, ambos ficaram muito felizes por mim, principalmente minha mãe que sempre elogiou Rafaella.

Mais tarde, me despedi e meu pai me levou em casa e foi embora. A primeira coisa que fiz foi mandar mensagem para Rafa e depois fui tomar um banho para dormir.

A semana se passou rápido, Rafa e eu nos vemos na quarta, e de quebra Sebastião. Ele ficou feliz pelo nosso namoro, mas não deixou de deixar claro que ainda tinha um pé atrás comigo, igualmente Genilda, e que não iria aceitar eu fazer Rafaella sofrer novamente, se a visse chorar outra vez por minha causa, nunca mais deixaria a filha olhar na minha cara. Tinha reconquistado a confiança de Rafaella, agora tinha que reconquistar a confiança dos meus sogros.

E foi na quinta da semana seguinte que Rafaella me pegou desprevenida me convidando para ir viajar com ela para Goiânia, mesmo com receio do que me esperava, eu aceitei.

•••

To be continued...

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