Capítulo 39

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• pov. Gizelly •

Depois de Rafaella e eu conversarmos direito, decidimos quem seria os padrinhos de Maria Sofia. Manu e Jullio seriam de batizado, Juliette de representar e por fim, Bia e Mari de consagração. Marcela e Luiza entenderam e não ficaram com raiva. Mandamos fazer três lembrancinhas diferentes e entregamos cada qual para eles, que ficaram muito felizes.

O quartinho de nossa menina já estava pronto, faltando no entanto, lavar as roupinhas e organizar, e esterelizar todas suas coisinhas. Manu e Jullio nos deu o carrinho, Bia e Mari o bebê conforto, e Juliette a banheira com trocador, fora as roupinhas, e algumas coisas para o uso de Maria Sofia que eles nos deram em exagero.

Na consulta de vinte semanas de Rafaella, ela fez o ultrassom morfológico que mostrava detalhamento o funcionamento dos órgãos do bebê, coração, rins, rins, estômago. Ele também permitia ver a formação dos ossos, dos braços e das pernas. E por fim, a saúde da placenta e a qualidade do líquido amniótico. Nossa menina estava bem, ganhando o peso adequado e as medidas certas, mas o hematoma ainda persistia ali, entre a placenta e a parede do útero. A doutora Beatriz, disse que o descolamento seguiria até o final da gravidez, havia poucas chances de o hematoma se curar completamente nessa altura da gestação, deixando Rafaella e eu aflitas e com medo novamente, já que minha namorada podia ter um parto prematuro. O que nos acalmou, fazendo meu coração se derreter logo em seguida, foi ver o rostinho de Maria Sofia em 3D, ela chupando os dedinhos, a sala foi tomada por choro e risos ao mesmo tempo.

Aquele serzinho fazia meu coração se encher ainda mais de amor a cada dia.

Beatriz solicitou uma séries de exames para Rafaella fazer e refazer alguns. Com vinte e quatro semanas de gestação, Rafaella fez o exame de curva glicêmica, para testar diabete gestacional. Ao chegarmos no laboratório Rafaella tirou sangue pós jejum, logo em seguida, teve que tomar um líquido doce, na qual passou mal e vomitou duas vezes, ela teve que tomar novamente e teve mais duas coletas seriadas de sangue após uma e duas horas.

E foi também nessa mesma semana que pude sentir minha menina se mexer pela primeira vez. Rafaella já presenciava seus movimentos desde as dezoito semanas, e eu estava ansiosa para sentí-la se mexendo, e quando esse momento chegou, eu chorei horrores, podia descrever como a melhor sensação da minha vida. Sim, eu seria uma mãe babona demais.

{...}

A semana havia acabado de começar, me levantei por volta das sete e quinze, deixando Rafaella ainda dormindo na cama. Peguei minha toalha e segui até o banheiro e tomei um banho. A segunda amanheceu fria, parecia que ia chover mais tarde. Ao terminar meu banho, fiz minha higiene matinal e retornei para o quarto e me vesti para o trabalho.

Enquanto me arrumava, observei Rafaella no seu sono profundo, ela estava dormindo mais durante a manhã e a tarde, já que passava a noite em claro, por causa da insônia. Minha namorada estava cada dia mais linda, agora com sua barriga de trinta semanas à amostra, eu a achava maravilhosa, a gravidez estava lhe fazendo muito bem, no físico. Pois seu humor estava alterado, Rafaella estava muito sensível, às vezes brigava comigo do nada e depois me pedia desculpas se sentindo culpada, outras vezes, a ansiedade lhe tomava conta e ela chorava.

Rafaella estava sentindo muita contração de braxton e ela se assustava achando que estava começando um trabalho de parto. Beatriz disse que era normal nessa fase, mas como Rafaella já tinha o risco de parto prematuro, ela pediu que se afastasse do trabalho, dessa vez, repouso absoluto até que nossa filha nascesse. E então, desde que minha namorada começou o sétimo mês, ela estava de repouso.

Minha cabeça estava a mil por minuto, eu estava aflita, mas ao mesmo tempo não deixando transparecer para Rafaella e passando toda a confiança pra ela.

Sentimentos InesperadosWhere stories live. Discover now