🌀Capítulo dezoito 🌀

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Heros

Algumas semanas depois

- Eu estou começando a ficar com ciúmes dessa plantação de milho, Heros. Ultimamente você tem passado mais tempo com ela do que comigo. - A voz doce da Dara me trouxe de volta dos meus pensamentos, ultimamente muitas coisas rondavam a minha mente.

Coisas estas que, por mais que eu tentasse evitar, a hora de confrontá-las estava bem próxima, e não sabia qual seria a reação da Dara quando esse momento chegasse.

- Desculpa, meu amor, eu realmente não vi você chegar. - Beijei o rosto da cigana.

- Eu percebi, grandão! Te chamei duas vezes, mas você nem ouviu. Seu espírito parecia estar em outro lugar completamente diferente, e não aqui comigo. - Me examinou atentamente em busca de respostas para perguntas que nem ela sabia ao certo quais eram.

- Desculpa, cigana, mas estamos perto da colheita e eu não quero que nenhuma praga acabe com a nossa plantação depois de tanto trabalho depositado nela. - Conferi algumas espigas de milho, os grãos estavam começando a nascer saudáveis e firmes.

Igor e eu tínhamos trabalhado muito naquelas terras nas últimas semanas, mas todo esforço valeu a pena porque a plantação não poderia estar mais bonita. Além do milho, nós plantamos feijão e soja. Eu só estava esperando fazermos a colheita para sentar e conversar com a Dara sobre algo muito importante, e esperava que ela entendesse a minha decisão. Fui mais feliz no último mês que passei com a cigana, vivendo naquela cabana de maneira quase primitiva, do que em toda a minha vida morando em um castelo de luxo, me sentia realizado de uma forma que nenhum dinheiro ou poder poderia comprar. Dara e eu estávamos sendo consumidos pelo fogo da paixão, cada vez mais próximos. E com as crianças não era diferente, eles se apegaram muito a mim e eu a elas. Para mim era como se fossem meus filhos também, essa era a verdade.

Mas eu já estava cem por cento curado e era hora de voltar para casa e arrumar a bagunça que o desaparecimento do chefe da máfia provavelmente causou na Colômbia, fiquei muito tempo fora e estava preocupado com a minha família e queria que eles soubessem que não estava morto. Só depois de resolver tudo na minha antiga vida é que poderia voltar para a Dara e as crianças com a consciência limpa, porque, no momento, não pensava em outra coisa além de obter a minha vingança. A dúvida sobre quem tentou me matar me consumia aos poucos como um câncer severo, e fingir para a cigana que estava tudo bem acabava comigo. Ela merecia o melhor de mim.

Eu não estava dormindo direito já fazia alguns dias, e quando enfim conseguia pegar no sono, tinha pesadelos horríveis com toda a minha família e os homens do meu bando. Tinha alguma coisa de muito ruim acontecendo na Colômbia na minha ausência. Eu podia sentir.

- Você é sempre tão detalhista assim com tudo o que faz? - Abraçou as minhas costas, Dara sempre fazia isso e eu adorava todas as suas demonstrações diárias de afeto, em especial aquela.

- Só com as coisas que importam para mim, cigana, pensei que já tinha deixado isso claro nos últimos meses. - Virei de frente para ela e a beijei, minhas mãos travessas foram direto para a sua bunda.

Dara e eu fazíamos sexo em todo lugar, era uma verdadeira loucura. O tesão um pelo outro nunca acabava. Nunca imaginei que o meu pau seria de uma boceta só, mas lá estava eu completamente de quatro por aquela cigana que descobriu os prazeres da vida nos meus braços e não queria parar mais, tinha noite que suava para dar conta de todo o fogo daquela mulher que não saía de cima de mim até sugar todos os meus fluídos corporais.

Quando se tratava de putaria, para a minha sorte, Dara Calon aprendia muito rápido.

E como...

HEROS - A rendenção do mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora