[CAPÍTULO NOVO TODO DOMINGO]
Park Jimin passava seus dias ocupado entre estudos diplomáticos e aulas de etiqueta, observando o distante céu azul através da janela tal qual um pássaro engaiolado, escondido do mundo. E apesar da opulência, roupas sob...
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Vênus em forma de um menino
Jimin passou por sonhos inquietos e sem sentido, tão absurdos que mesmo adormecido, lhe deixavam confuso e davam nós apertados em seus pensamentos, apertados o suficiente para que não conseguisse desfazê-los com os dedos, por mais que tentasse. Os olhos se mexiam agitados sob as pálpebras e a única imagem recorrente era de sorrisos familiares que vinham na rapidez de relâmpagos em meio aos enredos incoerentes — cortesia de seu cérebro —, sorrisos familiares com adornos de metal e dentes de coelho.
Sorriu feliz e de repente tudo fez sentido.
Ainda que confuso em seu próprio labirinto mental, contanto que fosse guiado por aquele sorriso, ficaria tudo bem, pois essa era a única resposta que precisava.
Quando enfim despertou banhado pelas luzes artificiais do quarto, a curva em seus lábios ainda não havia se despedido e ele sorriu contra os travesseiros, rolando preguiçosamente entre as cobertas e facilmente contente.
O príncipe carregava uma sensação sobre a boca que não ia embora, como quando se passava horas na piscina e o movimento da água seguia você mesmo que não continuasse mais submerso.
Um, dois, segundos correram até que todas as lembranças da noite passada o assaltaram e o fizeram sentar sobre a cama.
(Assustando KitKat no processo mesmo que este já estivesse desperto e muito ativo!)
Tocou os próprios lábios inchados pelo sono com as pontinhas de seus dedos e caiu a ficha.
Várias fichas, na verdade.
Ao mesmo tempo.
A sensação fantasma que carregava era da boca de Jungkook contra a sua, mesmo separados, parecia que haviam se beijado não mais que dois minutos atrás, sendo presenteado com a dormência no local. Suspirou com vergonha, mas então a vermelhidão característica do constrangimento tomou conta de seu rosto e peito quando o príncipe recordou-se do vexame que causou de madrugada. Como era possível passar tanto mico e sobreviver para contar história?
— Eu estou namorando o Jungkook, caralho! — gritou para a imensidão de seu quarto e então tapou a mão rapidamente sobre a boca suja, chocado com o próprio comportamento. Estava passando muito tempo com o outro e se ao menos o roqueiro soubesse que havia conseguido lhe fazer xingar no final das contas...
Pegou o celular afoito e viu a galeria cheia de fotos de Jeon sorrindo como se não houvesse amanhã, abraçando-o pelo pescoço enquanto roubava sua coroa de plástico e o beijava.
Incapaz de resistir, Jimin o ligou imediatamente e após dois toques, foi atendido e disse:
— Bom dia, namorado.
— Bom dia, namorado. — Jungkook retribuiu de bom grado. A voz dele rouca pelo sono, mas Park ainda conseguia ouvir a risada entrelaçada nas palavras.