21: La vie en rose

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La vie en rose

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La vie en rose

O brilho lilás da aurora afogava o pequeno quarto de um apartamento em Seul, a luz morna atravessava as cortinas claras e acariciava a testa do garoto desacordado até lentamente chegar em seu nariz, esquentando-o de maneira prazerosa, porém improvável de passar despercebida, principalmente quando o dono do narizinho acordou com um espirro.

Jimin revelou então os olhos escuros para o mundo, nublados pelo sono, e seu "despertar" era dúbio visto que Hipnos ainda não se mostrava disposto em deixá-lo ir e o puxava de volta, fazendo-o estar entre os dois mundos ao mesmo tempo. Não havia dormido o suficiente levando em consideração a hora em que se deitou, mas o cansaço estava ausente, dando espaço somente para o relaxamento gostoso que vinha em formas de ondas por seus braços, pernas e ventre.

Principalmente o último.

Porém, assim que o príncipe reparou as estrelinhas fluorescentes coladas no teto, lembrou-se que não estava em seu próprio quarto e acordou completamente. Sentindo a falta do corpo quente que o segurou por toda a noite, Jimin tateou o lado direito da cama encontrando somente o vazio com rastros de calor.

— Jungkook? — chamou-o baixinho e no fundo de sua mente, achou amável que o nome do outro era a última coisa que havia dito antes de dormir e também a primeira depois de acordar. Queria que todos os dias fossem assim, sentindo o gosto daquele nome em sua boca.

Espreguiçou-se como um gato folgado e afastou os cobertores para longe de seu corpo, encostando os pés quentes sobre o chão gelado da manhã. Jungkook não estava no banheiro, então aproveitou para lavar o rosto e fazer suas necessidades — e explorar o local, observando a quantidade de produtos para cabelo que o namorado possuía, desde máscaras (no plural) de hidratação e óleos de reparação até embalagens de tonalizantes semi usados das mais diversas cores.

Após saciar sua curiosidade, Jimin logo saiu em busca do namorado perdido e o achou na sala de estar, mas ele não foi a única coisa que encontrou.

O chão estava repleto de caixas de papelão abertas, Jungkook de pé no meio delas e nas paredes: luzes. Inúmeros pontos de luz decoravam o apartamento como se fosse uma manhã de natal, a maneira que acendiam era inconsistente e por vezes as luzinhas brilhavam ao extremo até se apagarem lentamente ou mantinham-se ativas ou piscavam repetitivamente... Jimin poderia olhá-las por um longo tempo e não iria conseguir memorizar seu padrão.

O príncipe tinha a impressão de que havia adentrado um mundo mágico, um espaço colorido e com luzes que as próprias fadas escolheram ou então um caminho feito de estrelas, o guiando.

Jungkook se virou sorrindo de orelha a orelha e Jimin pôde contemplá-lo lindo e atraente, pois a felicidade lhe caía muito bem. O cabelo, as tatuagens, o pijama, as meias ridículas de planetas, Park não mudaria nada. Ele era perfeito quando o recebia com um sorriso e seus olhos brilhavam com pequenos céus estrelados.

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