Ficando Cego

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Sky nunca teve a intenção de deixar P’Pai irritado. Inicialmente, o garoto pretendia fazer PhraPai parar de incomodá-lo, dando-lhe um olhar frio, ignorando-o, ou sendo condescendente com ele. Mas ele não sabe quando começou a se preocupar com ele, confiando nele cada vez mais.

Então ontem a noite, quando ele enlouqueceu porque não conseguiria terminar a sua avaliação a tempo, ele ligou estressado, sem condições de usar o cérebro adequadamente. E ele não entendeu porque se sentiu tão aliviado apenas em ver o olhar de preocupação na pessoa que veio vê-lo. Parecia que ele poderia se livrar do estresse que estava passando inicialmente.

Mas quando Pai explodiu de raiva, ele se sentiu ainda mais impaciente. Ele nunca tinha visto P’Pai irritado, mas quando o viu assim, se sentiu assustado. O garoto tinha certeza de que isso não era porque ele estava com medo de que PhraPai fosse matá-lo. Ele estava com medo de que ele fosse embora daquele quarto e desaparecesse completamente.

O pensamento de que ele não deixaria o homem ir embora de jeito nenhum, o impeliu a segurar o seu rosto e beijá-lo. Ele não sabia o motivo, mas ele o beijou e não estava nada arrependido por isso.

Não é porque ele não tinha nada a perder. Mas os seus olhos ardentes eram como chamas se extinguindo que deixavam apenas cinzas. P’Pai perdeu a sua paciência.

Mas após isso, ele não tinha tempo para pensar sobre o seu coração. Ele tinha pouquíssimo tempo para finalizar o seu trabalho. Então P’Pai também ajudou com a parte que ele havia pedido para fazer. Eles conversavam de vez em quando, mas era principalmente o Pai perguntando o que deveria fazer em seguida ou se ele estava fazendo as coisas direito.

Sky respondia rapidamente, então se virava para continuar trabalhando na sua parte, até que ele adormeceu às 4h30min da manhã.

O garoto não pensou demais no fato de que tinha um homem deitado na mesma cama, e nem disse boa noite. Porque ele mesmo adormeceu assim que fechou os olhos.

A próxima coisa que ele ouviu foi o som do despertador, mas não o dele, PhraPai foi quem tinha acordado.

— Vou usar o seu banheiro.

O dono do quarto assentiu, levantou e juntou as suas coisas. Mas mesmo após isso, ele ainda não teve tempo para pensar, porque estava quase na hora de entregar o trabalho que Pai o ajudou a fazer. Quando a outra pessoa saiu do banheiro, ele pegou algumas roupas e foi tomar banho, dizendo que não queria pensar nisso agora.

Quando ele pensa sobre, o peito de Sky é esfaqueado por um sentimento de culpa. Como ele pôde fazer isso? Como ele pôde ter sido egoísta e ligado para P’Pai vir ajudá-lo, apesar de saber que não havia nada entre eles?

P’Pai estava com tanta raiva que nem ousou olhar para os seus olhos. Ele não sabia no que ele estava pensando. Mas quando ele saiu do banheiro, a pessoa que ele achou que precisava se apressar para chegar no trabalho ainda estava sentada na cama esperando, com o cobertor já dobrado.

— Vamos, vou te deixar na universidade.

Sky poderia argumentar que ainda tinha tempo, mas ele não fez isso. Ele segurou a bolsa com uma mão e então segurou o cilindro, ou o que quer que P’Pai tenha feito, com a outra mão. Quase metade dos modelos que ele segurava foi feita com a ajuda de Pai.

— Da próxima vez eu trarei o meu carro. Assim será melhor. É difícil para Sky se sentar desse jeito.

Normalmente, ele teria dito que não precisava dar carona para ele ou levá-lo para algum lugar, porque ele poderia ir sozinho. Mas como ele estava se sentindo muito culpado, ele apenas pulou na supermoto e levou as suas coisas com ele, segurou o modelo e se apegou àquilo com mais carinho do que a sua própria vida.

Love Sky (PhraPai e Sky)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora