Seja meu Acompanhante

519 54 58
                                    


- Onde vai comprar a porcaria da casa?
- .... Bom, estou pensando em Londres. – Seus olhos afiados encaravam Belzebu atrás dos óculos.

- Londres você diz? – O Belzebu relaxa mais na cadeira abrindo as pernas. – Bem, não é lá onde está a atual base do céu? – Ele olha para o demônio grande do seu lado que dá de ombros não sabendo da informação.
Isso aumenta o mal humor do Belzebu. Quando isso acabar, o que ele faria com o ajudante dele? Seria bom algumas chicotadas? Não, é capaz deste encosto gostar. Uma semana no esterco e diminuir a ração seria melhor.

- É sim. – Crowley responde não se importando.

- Uma afronta em? Gosto disso. – Os olhos profundos de Belzebu se curvam em uma meia lua revelando seu lado sadico. – Cão – Ele olha para o demônio do seu lado. - Pegue alguns selos anti-milagres para mim.

- Mas padrão-a-agora mesmo.
Belzebu estende a mão pegando uma folha do tamanho de um catão de visita.
- Esses anjos podem ser bem malvados as vezes, por isso use isso. – Belzebu faz suas moscas levarem o cartão para o Crowley que apenas olha.

10 vales de 1 hora sem milagres.
O demônio cobra pega olhando com mais atenção.

- Só não esqueça que ele vai servir para você também quando usar. Se vai fazer isso, apenas faça de uma vez, não me decepcione dando para trás. Não vou ser generoso e te dá outras férias.

- Já sei disso. – Crowley olha com desconfiança para Belzebu. Sua última visão foi do Belzebu colocando a mão na boca escondendo um sorriso sádico quando várias moscas o cercavam.

Quando ele está livre das moscas estava de volta na terra em uma praça deserta em Londres.





Dois dias depois Aziraphale estava organizando seus livros nas prateleiras. Todos esses séculos colecionando livros o fez acabar tendo montanhas e mais montanhas de livros para organizar. Ele amava tudo aquilo, nunca se cansava, os livros viraram sua grande paixão aos longos dos anos. Como um refúgio.
Por conta das montanhas de livro decidiu abrir uma livraria onde podia mantê-los em exibição. Era quase como um capricho egoísta do tipo. "Veja essas maravilhas". Ele sempre ficava feliz com clientes que tinham a mesma paixão que a dele, quando eles pegavam um livro e falavam "mas esse não é o exemplar x?" Ele podia conversar por horas sobre qualquer um dos seus amados livros. Ele podia dizer que eram o seu tipo de conversas favoritas.

A porta da sua livraria foi aberta e ele escuta o pequeno sino da porta da frente balançando.

- Mr. Fell, a livraria está aberta hoje? – A voz era conhecida, era o dono da doceria a frente e síndico da rua.

- Está sim, só um instante, pode entrar. – O anjo sai da escada andando até perto da porta.

- Isso foi mais fácil do que pensei. – O humano começou a andar de um jeito diferente e o Aziraphale se assustou sentindo de repente uma presença maligna vindo dele.

- Crowley?


Crowley estava disfarçado de síndico da rua, achou o corpo do humano dormindo atrás do balcão da doceria a frente e pensou seriamente em possui-lo, mas também achou que seria um desperdício de energia, decidindo apenas se disfarçar.

- Pensei que teria que tentar entrar pela força bruta. – O demônio diz ainda usando a fantasia de corpo humano. Passando por uma prateleira enquanto olhava os livros.

- N-Não seja ridículo. – O anjo tirava os seus óculos de leitura meio atordoado. – Isso faria seu corpo se desintegrar e te desencorparia.

- Mas você não deixaria isso acontecer, deixaria? – Crowley passa pela prateleira finalmente voltando a sua forma normal. Ele encarava o anjo enquanto Aziraphale se limitava em sair do campo de visão do demônio e voltando ao seu trabalho.

- O que você quer? – Ele coloca os seus óculos de leitura e fica olhando alguns livros longe do demônio.

Crowley vai até a escrivaninha velha do anjo, ele tem aquela coisa desde o século 14.

A luz do seu velho abajur era mais clara e mais brilhante.
- Oh, ainda é aquele príncipe? – Crowley fala se distraindo. – Vejo que ao longo dos anos está o purificando?
O demônio pega o abajur dando uma boa olhada. Sim, tinha a energia de Aziraphale vindo daquela alma humana, era como pequenas bençoes em formato de luz. Isso geralmente tira muita energia, mas provavelmente era algo que o anjo fazia aos poucos.
- Me surpreende Gabriel ter deixado você ficar com ele.
- Gabriel pode ser mais generoso do que pensa. – O anjo finalmente responde de longe fazendo o demônio entortar o nariz em nojo. Ele coloca o abajur na mesa com cuidado e olha para uma caneta dourada.

Ele pega a caneta e da uma boa olhada nela, tinha um relevo de asa nela mostrando que era algo celestial.

Ele olhou ao redor e não viu a pena negra que havia dado para Aziraphale. Ele jogou fora?

- Onde está?
- O que? – O anjo fala em um suspiro longe do demônio.
- Não se faça, onde está a minha pena?
Crowley escuta um livro cair no chão e decide andar até o barulho ainda segurando a caneta na mão.
- Oh céus, não me assuste assim. – O anjo limpa a garganta. – De que pena está falando?
- Da que eu te dei. A preta. – Ele balança a caneta dourada na frente do anjo.
O anjo apenas encarava o Crowley e em seguida respirou fundo como se tentasse se acalmar.

- O que você quer aqui, Crowley?
- Vim te ver, não é obvio? Quero te ajudar.
- Me ajudar? – O anjo olha ao redor. – A arrumar os livros?
- O que? Nem morto. Eu quero saber é o que está acontecendo entre você e o Gabriel. Ele está te ameaçando?

- O que? Ele não está me ameaçando.
- Então por quê? Por que demônios vocês estão juntos?

- Se era só isso então pode ir embora? – O anjo se ajoelha e pega os livros que caiu no chão. O demônio se ajoelha junto e segura a mão do anjo. Aziraphale se assusta.

Crowley não o tocava a 200 anos. Ele sente seu rosto ficar vermelho quando tira a mão com tudo de perto do demônio.

-Oh? Como pode agir deste jeito e ainda ter essa reação quando estou perto de você? – Ele agarra no braço do anjo não o dando escapatória. – Se não me falar o que porra está acontecendo, como posso te ajud-
Um tapa forte atingiu o rosto do demônio. Crowley teve seus óculos caídos no chão enquanto olhava para o lado que o seu rosto foi jogado.
Ele vira o rosto lentamente e olha surpreso para frente procurando o culpado, pois não conseguia acreditar que a pessoa que o bateu, foi o doce e medroso anjo a sua frente.
Aziraphale estava ofegante com sua mão levantada mostrando que foi ele que o bateu.
- Não me toque tão facilmente, Crowley. – O anjo o avisa ainda com o olhar em alerta. Crowley solta o seu braço e pega os seus óculos com a mão que segurava Aziraphale.

Ele se levanta e da uma boa olhada no anjo ajoelhado no chão com a face em alerta. Seus olhos inocentes pareciam está a ponto de chorar. O que era cruel já que quem sofreu o tapa foi o Crowley, mas Crowley não queria vê-lo chorar.

Andou até a escrivaninha novamente e largou a caneta lá.

Antes de ir embora ele olha para um papel elegante na mesa. Um convite para um baile.


Ele vai para esse baile com o Gabriel? Impossível, anjos não dançam e aquele arcanjo mimado provavelmente odeia vir para a terra.
"Eu vou aprender a dançar, por isso apenas dance comigo"

Ele lembra da promessa ridícula de séculos atrás e apenas suspira.

Ele vai para porta e dá uma última olhada no seu anjo.

Aziraphale agora segurava a própria mão sem tirar os olhos do demônio.

Crowley deu um sorriso e saiu.


O ar que estava preso nos pulmões do anjo se solta de uma vez. Ele olha para a mão que bateu no Crowley. Sua mão estava tremula mesmo que ele a segurasse com força.

- Crowley...



Alguns dias se passaram e o anjo parecia sempre esperar por algo. Ficava tentando se distrair escrevendo algo, mas sempre parava e olhava para a porta. Nada acontecia e ninguém aparecia.

Talvez seja melhor assim.
Ele pensou.

Quarta-feira chegou novamente e com ela a chuva. Ele trancava a porta e não abria a livraria nas quartas.

"Ele" vinha o visitá-lo todas as quartas.

O céu estava voltando a ficar limpo e o Aziraphale ouviu a trombeta orquestra do céu quando Gabriel abriu a porta.

Sempre uma entrada triunfal.
- Aziraphale. – Ele fala sorrindo com seus olhos violetas sempre brilhantes de animação. Suas vestes eram elegantes parecendo um homem de negocio da época. Ele andava confortavelmente pela livraria como se fosse dele e vai até a escrivaninha onde o anjo trabalhava.

- Ainda fazendo os relatórios.
- Bom. – o anjo tira o óculos e da um sorriso educado. – Sim, mas logo vou acabar, pode me esperar um pouco ali no sofá?

O arcanjo encarava no anjo não saindo do lugar com as mãos nas suas costas.
- Ou... posso parar um pouco e ficar no sofá com você!
- Seria incrível.

Eles ficam no sofá em silencio. O anjo as vezes colocava uma xicara de chá na frente do arcanjo, mas ele nunca pegava e apenas fazia cara de desaprovação então decidiu parar de fazer isso.
- Oh claro. – O arcanjo faz aparecer dois livros na sua mão. – Trouce esse desta vez, como presente.
-Oh, céus. – Aziraphale sorrir vendo o título. Era uma lista enciclopédia, a quarta que ele dava exatamente igual e o outro era um livro de magia de bruxas. – Muito obrigado Gabriel. Isso é realmente algo que gosto.
- Me desculpe vir de visitar apenas nas quartas. – O arcanjo parecia orgulhoso de sí enquanto o Aziraphale foleava o livro de bruxas. – Já sabe que é o dia que menos trabalho.
- Sim, eu sei que é ocupado, não se preocupe.

O arcanjo esperou e o anjo sentiu o silencio.

Ele olhou de canto e viu o arcanjo encarando-o.

- Obrigado. – O Aziraphale estica sua mão e leva até o cabelo do arcanjo que sorrir satisfeito. – Você fez um bom trabalho essa semana também, certo? Deve ter sido difícil. – Sua voz angelical confortou o Gabriel.

Para os anjos não existiam coisas com namorados, amantes, esposos ou coisas do tipo.

Quando se estava junto de alguém significava que era algo inseparável desta pessoa, podia ser um irmão, um amigo, um assistente.

Aziraphale se sentia como o suporte emocional do arcanjo, Gabriel era como uma bomba prestes a explodir.

Aziraphale tinha apenas que mostrar adoração a ele e ele se acalmaria, certo?
Gabriel era controlador e não gostava que as coisas não saíssem como ele planejou. Se imaginasse algo, isso teria que ser feito.

O arcanjo ficou falando sobre o seu trabalho, e como foi tudo cansativo aquela semana, gostando de ser bajulado ele deixou o Aziraphale fazer carinho no seu cabelo.

Gabriel continuava falando quando o sol raiou na janela. Eles ficaram no sofá a noite toda, Gabriel se inclinava para receber o carinho no cabelo enquanto o Aziraphale com a outra mão lia o livro que recebeu.

- Bem já está na hora de eu ir. – O arcanjo se levantou sorridente sentindo que estava revigorado e apenas andou para a porta.

Aziraphale viu ele saindo falando mais algumas coisas sobre o seu trabalho, o anjo apenas acenava em uma demonstração que entendia.

Não era atoa que Gabriel era o arcanjo mensageiro.
Aziraphale suspirou colocando a mão na testa.

Anjos não dormiam, nem se cansavam.
Mas ele sentia sua energia esgotada.

Obviamente não o suficiente para dormir, ele não dormia a séculos, para ser exato a quase 200 anos.

Ele relaxou o seu corpo cansado no sofá e continuo lendo o livro que estava quase terminando.


Queria pelo menos ter enfrentado aquela noite em claro com um bom vinho.


As 9 da manhã ele reabriu a porta da livraria e começou seu dia tudo de novo.

Foi até a confeitaria pegando o seu café da manhã e voltou a organizar os seus livros, pela tarde conversava com os clientes e de noite lia novos livros que ainda não tinha lido, ou apenas relia os que mais gostou.


Seu conhecimento era longo, sua experiencia era ampla e tudo graças aos anos de experiência lendo diversas coisas, era o um simples anjo, mas já sabia todas as leis, de todos os países, todas as doenças e suas curas, seus tratamentos, a flora, a fauna, não existia nada neste mundo que Aziraphale não entendia mesmo que um pouco. Se desse para pilotar aviões apenas lendo livros ele já seria um perfeito piloto. Anjos não falhavam em nada que tentassem fazer, especialmente Aziraphale, mas quanto o assunto era o amor, é claro, ele sempre perdia.



Ele olha para a janela percebendo que um novo dia nasceu. Ele olha para o relógio de bolso e sua rotina se repete.



No domingo ele tinha um trabalho para fazer, por sorte era na cidade.

Ele olhou para o convite do baile. Normalmente ele ficaria empolgado com bailes, sempre gostou de ver as pessoas dançando em um salão bem iluminado, as comidas, as bebidas. Tudo o encantava.

Mas agora era diferente. Crowley estava na sua cabeça.

Não podia deixar de lembrar o olhar de susto do demônio com seu rosto. Seu lindo rosto. Sendo machucado por ele.

Ele se arruma uma última vez, suas roupas formas da época mostravam elegância e modéstia, nada muito chamativo, mas o suficiente para estar vestido adequadamente.

Seus cabelos para trás, seu paletó tinha uma calda dupla longa que afinava nas pontas, seu colete era brilhante meio durado que combinava com seu terno marfim. Seus sapatos elegantes eram quase da mesma cor do colete.


Ele sai na noite fria colocando um sobretudo por cima do elegante terno e em seguida um cachecol longo que ficava apenas caído sobre os seus ombros.

Ele andou pela rua se preguntando onde acharia uma boa carruagem. Os tempos estavam evoluindo agora tinham muitas máquinas motorizadas, carros e com eles os taxis. Ele decidiu pegar um taxi desta vez.


Saindo do taxi ele se depara com a grandeza arquitetônica na sua frente.

Parecia que o evento seria em um palácio, a entrada tinha uma grande escadaria iluminada e havia cavaleiros aguardando na porta.

Ele sobe as escadarias e passa pelos seguranças.
- Olá – O anjo fala sorridente.
- Convite? – Um segurança pergunta enquanto outro pegava o sobretudo de Aziraphale.
- Claro. – O anjo educadamente lhe entrega o convite.

- Está sozinho? – O guarda pergunta dando uma olhada no convite.

Naquela época era quase ilegal um homem andar desacompanhado, principalmente se queria mostrar que tinha riquezas e isso, obviamente era pior se fosse uma mulher.

- Bom, si-
- Ora, esqueceu de mim querido? – Uma bela mulher ruiva abraça o braço de Aziraphale com intimidade. Seu vestido justo preto brilhante com fenda aberta na perna era ousado demais para a época. Sua sensualidade continuava em suas longas luvas pretas que combinava com a gola alta de seu vestido. Ela era a combinação perfeita de pecado e elegância.
Sem sombra de duvidas chamava atenção e parecia chamar mais ainda com o sapato fino vermelho deixando-a maior do que qualquer cavalheiro naquela porta, inclusive Aziraphale que estava mudo olhando para a mulher.


- Con-convite? – O segurança ficou nervoso quando a dama elegante jogou seu casaco de pele branca no rosto dele o deixando mais feliz do que nervoso.

- Eu não preciso disso, preciso querido?
- Com toda certeza não! Seja bem-vinda.

Todos pareciam enfeitiçado como magia.

A mulher levou o anjo para dentro do salão.

- Cro-Crowley o que está fazendo? – O anjo olha para trás vendo dois seguranças brigando pelo casaco de pele.

- Te acompanhando é claro. – A voz de Crowley ainda era dele só que mais fina e mais gentil. Ela abraça mais forte o braço do fofo anjo o fazendo corar não conseguindo deixar de olhar para o seu rosto, seus lábios vermelhos, usava um óculo escuro pequenos elegantes mostrando personalidade e o seu penteado era charmoso. Ela se abaixa e sussurra no seu ouvido. – Veio fazer uma missão ou se divertir? Não importa, ficaria solitário sem mim, certo?

- Crowley... – O anjo não sabia o que falar apenas olhava para o lindo demônio do seu lado. Nunca tinha o visto de vestido antes, ele estava extremamente lindo.

Quando entraram no grande salão o anjo se solta dele como saísse de um feitiço.

- Crowley, como soube que eu estaria aqui? – As sobrancelhas do demônio se arqueiam.
- Xeretei a sua mesa, você sabe, depois de você ter feito o que fez. – O demônio pega uma taça de champanhe que passa com um garçom. Todos ao redor dela pareciam olhar para o demônio. Até o jeito que se movia mostrava sedução.
O demônio olha para baixo vendo o rosto inquieto do anjo, ela volta com as mãos inquietas perto da sua barriga. Suas luvas de marfim estavam sendo maltratadas.
- Sobre... o que fiz. – O anjo olha para o lado envergonhado e em seguida olha para cima para encarar o anjo caído. – Eu sinto muito. Eu me odeio pelo que fiz. Nunca pensei nem sequer uma vez e-
- Então está arrependido?
- Sim, Crowley – Ele coloca a mão no peito. – Eu estava completamente errado, por favor me perdoe.
- Se quer que eu te perdoe, me acompanhe essa noite.
- Sim?
- Seja meu acompanhante essa noite, anjo.
- Oh... – O anjo ficou mudo encarando o sorridente demônio.




O anjo derrotado estava no canto do salão olhando as pessoas dançando segurando uma taça de champanhe enquanto tinha uma bela dama que chamava atenção de todos ao seu redor.

Sua mão passava pelo ombro do anjo por ela ser maior, a mão a ajudava a ficar apoiada sobre Aziraphale enquanto bebia seu champanhe.

- Com licença cavalheiro. – Um homem de terno preto chega próximo dos dois. – Será que posso chamar sua acompanhante a uma dança?

O homem se dirigiu ao anjo como se Crowley fosse sua posse. Era os tempos, não a nada a ser falado. O anjo apenas suspira quando olha para cima vendo Crowley olhando para ele se inclinando ansioso por sua resposta.

O anjo era muito sincero com sua expressão facial. O demônio sorria vendo o seu nítido mal humor.

- Isso depende dela, cavalheiro. – O Aziraphale fala virando o rosto. – Mas se quiser saber minha opinião, me desagradaria. – Ele toma um gole do seu champanhe.

O humano ainda na esperança olha para a bela mulher ruiva a sua frente, seu corpo era esbelto e imponente.
Crowley da uma última olhada para o anjo, o anjo de mal humor volta a olhar para ele, seu sorriso traiçoeiro aparece dando mal pressentimento ao anjo.

- Eu adora- O anjo estrala os dedos fazendo as calças do homem na sua frente cair. Ele da um grito em pânico quando várias pessoas ao nosso redor olhavam horrorizadas e outras riam sem conseguir se controlar. Ele pega as calças e começa a correr dando alguns pulos. O show de horrores continuou até ele desaparecer por completo do salão. – Bem. – Crowley sorria sem perder sua pose. – Bem... – Ela repete olhando para o anjo. – Aziraphale...

- Pare de brincar, Crowley, eu não acho graça em suas brincadeiras.

O anjo caído olha novamente para o salão tentando controlar sua expressão de felicidade.

Isso lhe deu dejàvu, da última vez que foi cortejado por um humano para uma dança. Se o anjo tivesse apresentado esse mesmo mal humor na hora, provavelmente o demônio tinha o atacado lá mesmo naquele antigo salão medieval.


- Então anjo. – Crowley olhava para frente sabendo que não se controlaria se olha-se para o anjo. – Como será sua missão?

O anjo suspira tentando voltar a ficar calmo lembrando do seu objetivo.
- Be-
- Em vez disso, não irá me convidar para uma dança?

Good Omens - Obcecado por vocêWhere stories live. Discover now