Seja meu Namorado

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Aziraphale e Crowley estavam tomando um bom café em um restaurante chamado Ritz.
Ritz ainda era um jovem restaurante com muito potencial. Sua sala está bem iluminada, tinha vários lustres de cristal, as cadeiras eram vermelhas com detalhes dourados e as mesas de madeira.

Era a terceira vez nessa semana que eles estavam lá. Aziraphale achava todo ambiente encantador e os doces divinos, Crowley gostava dos vinhos e o café de Ritz era sempre o melhor.

- Temos que pensar em uma forma de nos protegermos. - Disse Aziraphale dando uma garfada no bolo rosa e levando para sua boca. - Por enquanto ninguém veio atrás da gente, mas, nunca se sabe.

Era questão de tempo até descobrirem onde Crowley morava.

- Depois da surra que você deu naqueles anjos? - Crowley falou indiferente colocando um cotovelo no encosto do assento enquanto bebia seu café. - Duvido muito.

- É sério Crowley. - Aziraphale não parecia falar sério quando apreciava o gosto do bolo em sua boca. - ... hn, você tem que provar isso. - Crowley inclina para receber o garfo que Aziraphale o estava oferecendo.

- Hn... Doce. - Crowley responde o óbvio parecendo não gostar muito quando de forma dramática estrala a língua na boca algumas vezes.

- O céu pode ser bem previsível - Aziraphale fala pegando outra garfada - E não sabemos o que o inferno vai fazer também.

Ele coloca o garfo na boca e dá um gemido de felicidade.

Crowley tentava levá-lo a sério, mas não conseguia parar de olhar para o rosto do anjo feliz sempre que dava uma garfada.
"É tão bom assim?"

Crowley olha para o lado vendo duas damas olhando para seu anjo em uma mesa próxima. Ele não gostou do olhar então deu uma olhada na mente de uma.

Parece que o anjo não se comportava como um "homem" para elas.

Aziraphale não era homem.

Ele ignorou e olhou para Aziraphale.

- Eles não devem ficar nem ai, contato que eu faço meu trabalho, tanto faz como vivo minha vida. - Ele fala despreocupado lembrando como é sempre que ele entrega a papelada. Assim que o demônio da recepção pega, vai direto da mão do demônio para um balde com fogo e o demônio administrativo diz "Riscando da lista".

Aziraphale e Crowley pareciam discutir um assunto sério de forma tranquila, porque sabiam que se tivessem um do lado do outro, tudo ficaria bem.














Deitados na cama com agora lençóis verde escuro, Crowley estava apenas de calça em cima de Aziraphale que estava completamente nu.

Aziraphale suspirava deitado recebendo um beijo carinhoso de Crowley, suas línguas se esfregavam uma na outra com amor.

Aziraphale desceu suas mãos que estava na costa de Crowley para o seu quadril começando a puxar sua calça aberta para baixo.

O anjo virou o rosto para o lado suspirando quando Crowley parou de beijá-lo. Crowley olhou a escrivaninha do lado da cama e esticou a mão. Ele abre a gaveta tirando um pote branco de lá. Lubrificante.

- Oh céus... vai usar mesmo isso?
-Claro que vou, por isso comprei.
- Não de uma de engraçadinho agora, Crowley.
- Vamos, acho que vai gostar. - Crowley abre a tampa fazendo subir um cheiro cítrico do lubrificante no quarto.


- Que cheiro peculiar... - Aziraphale lembrou de um chá que gostava muito, - Deixe-me ver. - Ele pega o pote da mão de Crowley e o demônio de quatro em cima dele apenas sorri encarando o rosto fofo e curioso de seu namorado.
Aziraphale passa um pouco na mão e na mesma hora sobe um cheiro de menta e hortelã.
- Ora, que interessante. Como usa isso?

- Be-bem. - Crowley fica nervoso por alguma razão, falar isso em voz alta parecia errado. - Quer passar sozinho? Tem que colocar "lá" e er... eu não sei muito bem. - Crowley também nunca usou. - Acho que o nome do produto por si só já é bem específico.

Crowley fala apertando os olhos o encarando quando fala o nome "específico"

- Oh... sério? Certo. Vamos tentar então? - Crowley fica olhando quando o anjo passa o gel nas mãos, mas quando desce as mãos meladas para o quadril de Crowley deixa o demônio confuso - Eu nunca fiz isso antes. Bom, só espero que não seja estranho. - Aziraphale fala nervoso.

- ?? O que diss-hn - As mãos meladas de Aziraphale deslizam por sua bunda fazendo a calça junto com a cueca baixar mais. - Espera ac-acho que temos um erro de comunicação aquhmm - uma das mãos abre uma aba da sua bunda enquanto outra desliza no meio apenas tocando na entrada com os dedos melados.

- Desse jeito? - Aziraphale pergunta virando o rosto de lado para tentar ver a expressão de seu amante.

Crowley sentia o seu quadril pegando fogo pelo gel frio e sem perceber se empinava mais colocando o rosto perto do peito de Aziraphale.

Aziraphale abre os olhos surpreso, ele nunca tinha visto Crowley assim, seu rosto vermelho apertando os lábios com o dente. Sem pensar muito ele coloca um dedo dentro fazendo Crowley gemer.

Ele sempre gemeu tão lindo? Isso é esse produto?

Desliza tão fácil quando ele enfiou o segundo dedo que até ele ficou surpreso.

- Hmm Anjo ah

Aziraphale sem entender o sentimento que subiu nele apenas pensou o que Crowley faria.

Ele apertou mais a mão que estava em sua bunda e começou um lento vai e vem com os dois dentro dele.

Aziraphale não conseguia parar de olhar a expressão linda do demônio de quatro por cima dele. Ele era lindo. Ele é tão adorável.

Seu penis por alguma razão mesmo já estando duro começou a latejar como se fossem batidas do coração.

Sua mão estava pegando fogo, ele se perguntou se na pele onde tocava Crowley ele sentia o mesmo.

Todo o corpo do demônio dizia para ele continuar.

- Crowley... - A mão que estava na bunda do demônio ainda melada desce para o penis de Crowley. Ele o toca e começa a masturbá-lo. - Você é tão lindo querido.

Crowley suspira entre os gemidos lembrando de respirar. Ele faz seu quadril descer mais quando Aziraphale enfia um pouco mais seus dedos.

Seus penis se encostam e Aziraphale olha para cima em um susto sentindo o frio do gel tocando em uma área sensível.

O frio começa por alguma razão a queimar sua pele e ele sente que aquilo era muito bom. Ele revira os olhos quando Crowley coloca a mão para baixo e começa a apertar para segurar os dois penis juntos, ele esfrega o penis melado no do anjo fazendo ele gemer junto com o demônio.

- Ahnn - Eles falam juntos em puro prazer.

A mão de Crowley e de Aziraphale apertava seus próprios penis os fazendo se esfregar um no outro quando começaram a mover seus quadris.

Aziraphale tirava e colocava os seus dedos sentindo tanto prazer quando Crowley.

Eles se olharam no meio do gemido e sem conseguir pensar em mais nada começaram a se beijar.


O beijo desajeitado enquanto eles se esfregavam mostrava que não conseguiam parar de gemer.

Suas línguas quentes se esfregavam uma na outra fora de suas bocas.

A mão de Crowley que estava na cama servindo como base para fazê-lo ficar de quatro começou a tremer.

O demônio foi o primeiro a parar o beijo quando não aguentando caiu em cima de Aziraphale deixando o seu rosto cair do seu lado, mesmo caído ele não parava de rebolar e apertar os penis juntos no vai e vem.

- Oh querido ahn, não pare agora. - Aziraphale rebolava junto fechando os olhos enfiando e tirando seus dedos dentro de seu namorado.


Eles ficaram assim entre suspiros por pouco tempo.

Os espasmos vieram bem rápido para os dois que gozaram ao mesmo tempo.



Eles ficam um tempo lá ofegantes sem conseguir dizer nada, apenas deitados na cama com Crowley em cima de Aziraphale.





- Crowley! - Aziraphale fala segurando o demônio nos ombros o levantando. Seu olhar brilhava em estrelas e o olhar de Crowley ainda estava atordoado. - Você tinha razão! Eu adorei! Onde comprou? E o que mais tem lá?











78 anos depois




1994, Londres.



Um demônio jovem com pele escura andava livremente pelas ruas claras do dia até uma livraria. Suas roupas escuras rasgadas e seu cabelo afro dividido em dois como dois chifres chamavam a atenção de quem andava na rua.


Ele olha para a livraria ficando surpreso sempre que vem para aquela livraria.

Ele engole em seco. E olha para o letreiro. "Bookshop Crow Fell" ou no pé da letra "Livraria Corvo Caído"

Ele não pode entrar, ele não tinha permissão, mesmo que um demônio mora lá, também existe um "ex-anjo" naquele lugar, isso significava que nem um anjo e nem um demônio podiam entrar.

E mesmo se tentasse fazer uma travessura como abrir a porta ou quebrar uma janela, também era impossível.

Ele estica um dedo que sente ele queimar com uma barreira invisível muito poderosa na sua frente.

Uma barreira de poderes infernais e poderes angelicais bloqueia qualquer imortal.

Ele só podia tocar na campainha que estava fora da barreira.

Ele olha para o chão vendo que a barreira começa na escadaria.



Ele colocou os braços para trás e esperou.




Ele olha para a rua nervoso se perguntando se devia tocar a campainha de novo. Mas se assusta quando a porta abre.

- Sim? - Aziraphale usando suas roupas normais do dia dia olha para o demônio e suspira em um tom educado. - Oh, é você.

Aziraphale já havia visto aquele demônio algumas vezes. Ele sorriu colocando as mãos no bolso do sobretudo.

O demônio que era um demônio barata ficava olhando para o sorriso "meigo" de Aziraphale com medo.

- O...Olá anjo assassino! V-vejo que está de bom humor hoje, voce não vai me matar hoje também, certo?

- Er.... - Aziraphale olha para trás pensativo. - Não?

Aziraphale revirou os olhos abrindo mais as portas. Isso tudo é culpa do exagero de Crowley, ele descreveu Aziraphale como um anjo impiedoso e sem coração.

- E eu já falei que não matei ninguém - Aziraphale fala orgulhoso. - Só... deixei alguns inativos e ...envenenados e... desincorporados... - Quando mais Aziraphale falava, mas ele pensou como parecia meio ruim sendo dito em voz alta.

Bet o demônio barata sente calafrio e tenta ao máximo não irritar o anjo.

Como um anjo pode viver em um lugar tão escuro? Será que ele não sente o ambiente?

Bat olha atrás dos seus ombros vendo a biblioteca que era de madeira dos pés até o chão. Todo o ambiente era escuro por conta da energia maligna que transbordava do lugar. Até mesmo a luz que entrava pela janela ficava apenas onde tocava sem se espalhar.

A energia por si só dava medo de Bet, porém o que mais dava medo era o anjo na sua frente que parecia ser a única luz daquele lugar com suas roupas claras, mas aquilo tudo era só um disfarce.

Anjos são traiçoeiros, mas esse era traiçoeiro e assustador.

- O... O Crowley... se encontra?

- Oh! Claro, perdão - Aziraphale sorrir como se desculpasse. Aziraphale sempre cordial olhou novamente para trás. - Ele... vai está aqui em um minuto.

- Certo, claro... Um minuto...

- Perdão não pode convidá-lo para um chá, mas se quiser, posso te trazer um aqui e-

- Não, não - Por satã não, Bet pensou, ele lembra uma vez que viu aquele anjo bebendo chá pela janela, do seu lado tinha um abajur com uma alma presa, provavelmente alma de alguma das suas vítimas, ele apenas tomava o chá calmamente enquanto lia um livro e isso parecia bem sinistro para Bet que sentiu que nem mesmo um demônio era capaz de ficar tão tranquilo com sua vítima do lado. - Não mesmo, por favor.


- Oh - Aziraphale abaixa os ombros se sentindo meio triste como a curta e grossa dispensa do demônio jovem. - Certo.

- Desculpe, anjo. - Crowley finalmente chega ao lado de Aziraphale colocando o seu paletó preto. Ele coloca os óculos escuro. - Te fiz esperar? - Ele estava falando obviamente com o anjo.

- Não, o papo foi... - Aziraphale olha Bet dos pés à cabeça. - Agradável.

Era isso que deixava Bet mais incrédulo, um demônio que nunca se importava com nada e não tinha medo nem dos supervisores, pedia desculpa para um anjo. Assustador. Esse ex-anjo era assustador.

- Fez o que te pedi? - Aziraphale pergunta colocando a mão no cabelo grande de Crowley, seu cabelo que parecia mais uma juba batia até o pescoço. O anjo gentilmente o ajeitou para não tocar no rosto de Crowley.

Crowley parecia derretido quando abraçava o anjo no seu lado esquerdo - o mesmo lado da sua cicatriz -.

- Sim....Me dá só um minuto, anjo... e eu sou todo seu.

Aziraphale sorriu e deu meia volta saindo da porta.

Crowley fica olhando para as costas de Aziraphale enquanto ele ia embora.

Em seguida, de mal humor ele vira para o demônio jovem.

- Que?

Bet se sentiu mais aliviado com a frieza do demônio do que com o anjo gentil.

Ele percebe algo estranho no pescoço do demônio, um roxo feio atrás do cabelo.

- Tem uma mancha, bem aqui. - Bet aponta para o próprio pescoço nervoso se perguntando se o anjo o machucou.

- Tem é? - Indiferente, o demônio só se inclina na porta. - Então?

- Missão! - Ele finalmente diz mostrando um documento.

Crowley suspira.

Ele sai e desce as escadas com seu andar confiante de sempre em suas calças coladas.

Ele sai da barreira tranquilamente, o feitiço celestial não parecia fazer efeito nele.

Ele pega a papelada.

- É só isso?

- Só.

- Ótimo, vaza. - Crowley sobe as escadas e fecha a porta sem olhar para trás.















Notas FinaisGente eu queria perguntar algo para vcs! Se eu pedisse para vcs fazerem um mini rascunho (desenho) de qlqr parte da historia, sei la, uma cena que vcs gostaram, vcs fariam? Receber desenho me deixa tão feliz!!! (((TBM VOU FAZER UMA)) Queria até domingo se possivel? Vou mostrar a minha no domingo. (claro se quiserem)

MAS AGORA É SERIO:
Falta 7 cap para a fic acabar.

SEGUREM MINHA MÃO ATÉ O FIM

Good Omens - Obcecado por vocêWhere stories live. Discover now