Seja meu Milagre

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Ainda se abraçando eles se acalmam um pouco.

Eles se olham e em seguida começam a rir de novo.

- Pestinha desgraçado. - Crowley fala rindo voando pelo espaço. - Nem mesmo para avisar.
- Faz anos que não fico tão surpreso! Você viu que estrela grande? - Aziraphale olha animado para o céu. - Eu nunca pensei que uma alma estrela fosse tão grande e brilhante.
- Bom, elas geralmente não são... - Crowley olha o Bentley flutuando do lado deles sem gravidade começando a ficar de cabeça para baixo. - Bentley!
Ele voa até o carro que cantava uma música de Titanic.

Aziraphale continuou olhando para o céu se sentindo estranho.
Ele suspira.
- Querido, melhor a gente voltar. - Ele toca na barriga ficando enjoado. - Eu estou velho demais para viajar no espaço...
- Sim! Eu ia dizer o mesmo do Bentley!!
- Como vamos fazer? Nos empolgamos tanto... - Ele vê Bentley de cabeça para baixo. - Oh céus, que desastre. - Aziraphale voa até o Bentley para ajudar.





Os dois ficam cantarolando juntos na estrada. Crowley ficava batendo a mão no volante enquanto o Aziraphale parecia um maestro com as mãos.
- Temos que beber para comemorar. - Crowley sugere.
- Eu aceitaria, mas sinto que estou acabado depois dessa agitação toda.
- Hn. Será que é fome? - Crowley fica pensativo. - Ou talvez só esteja triste?

- Bom, eu estou um pouco.... dos dois? - Eles ficam olhando a estrada sérios. - Digo, sei que íamos nos separar um dia, só não achei que seria tão rápido.
- Bem, ele está aí há 300 anos. Acho que é demais para uma alma humana.
- Almas humanas... - Aziraphale suspira. - Certo, algo tão frágil e valioso.
- Vamos lá, se anima. Não viu como ele estava feliz e animado? Não vi nada corrompido nele, você viu?
- Já fazia um tempo que não via nada corrompido nele na verdade. - Aziraphale olha para o Crowley que o olha em resposta. - Pensei que ele ficou no abajur por opção depois de um tempo.

- .... Será que, parar em algum restaurante vai te animar?
-Que tipo de restaurante?
- Sushi.


- Ora... - Aziraphale pensa interessado. - Eu ainda estou meio enjoado e triste... mas sinto que estou com bastante fome.






Em uma sala reservada em um restaurante japonês, um anjo e um demônio comiam e bebiam sake sem parar por 3 horas seguidas.


Crowley bebia tranquilamente seu sakê enquanto Aziraphale comia a sua segunda barca de uma forma meio rápida.
- Senhor. - O garçom entra na sala pedindo lisença. - Senhor, deseja algo mais?
- Sim, por favor. - Crowley fala despreocupado. - Traga mais dois sake e uma barca maior da próxima vez.


- Senhor, o seu acompanhante se encontra bem?
- Bem, ele é só um pobre anjo deprimido. - Crowley dá seu sorriso social. - E traga alguma sobremesa dessa vez também. - Ele dá uma gorjeta para o garçom que vai embora sem reclamar.


- Crowley, você viu? - Aziraphale chorava enquanto comia e bebia. - Você viu, não viu? Ele ia embora sem dizer tchau! Que descortesia.
- Um bastardinho. Por isso que não pode se apegar a humanos. - Ele fala para tranquilizar seu anjo.
Os dois viraram o sake juntos depois de outro brinde.

- E ainda- onde está o sake? - Aziraphale pergunta, sendo que ele acabou de beber - E ainda teve a audácia de ser uma estrela. - Aziraphale pega o seu hashi novamente e começa a comer. - Como eu vou encontrar ele se quiser conversar com alguém?

- Pode conversar comigo.
- É diferente. - Aziraphale fala triste.
- Qual é, tá me deixando triste aqui. Eu sempre fui muito bom em conversas.
- Certo, vamos tentar.
- Claro.
- Semana passada eu comprei um novo disco e-Você está revirando os olhos!
- Eu não estou! - Crowley tira os óculos mostrando que estava bem. - Eu to ouvindo.
- Esqueça, acabamos aqui. - Aziraphale começou a comer de novo e Crowley só colocou a mão na bochecha com o cotovelo sendo apoiado na mesa.

Aziraphale para com a boca cheia se sentindo estranho.

- Acho que talvez eu vomite.
- Vai nada. - Crowley fala colocando mais sake no copo do namorado. - Já te vi comendo um boi inteiro uma vez.
- Eu to falando sério, Crowley!... Acho que foi o Sake.
- O sake?

Aziraphale se levanta e sai da sala para ir ao banheiro.


Crowley suspira colocando o óculos e com calma se levanta.

Ele sai da sala encontrando o garçom dando mais dinheiro para ele.
- Cancela, acho que paramos aqui.... Melhor, coloca para a viagem.

Ele vai andando com seu andar confiante até o banheiro.

Ele bate na porta.
Ele escuta um barulho estranho. Realmente ele está vomitando?
- Precisa de ajuda ou...
- Lógico que não! - O anjo responde irritado e aparentemente sóbrio.
- Certo. - Crowley agradece em silêncio não sabendo fazer se ele precisasse.
- Sai logo daqui!
- Ta, tá. - Crowley suspira preocupado. - Eu vou... Pagar a conta então.






Quando chegaram em casa, Aziraphale dormiu e continuou dormindo.

Crowley voltou para o apartamento, ele tinha ido para a livraria dar uma olhada e ver se estava tudo bem. Ele também aproveitou para comprar algumas coisas.

Ele larga tudo no sofá e anda até o quarto.

No quarto escuro dava para ver um montinho na cama. Era o adorável anjo deprimido dormindo cobrindo o seu corpo todo como um casulo.

Crowley tira os sapatos e joga os óculos na escrivaninha.
Ele sobe na cama por cima do lençol e abraça o montinho como se fosse um grande travesseiro. Ele beija algo que acredita ser a nuca de seu namorado.

Já fazia três dias, mas Crowley não queria apressar Aziraphale.

- Se quiser. - Crowley fala suspirando. - Eu posso voar por aí e ver onde o pestinha está.



- O universo é infinito, Crowley. - Para sua surpresa ele respondeu. - Não tem nada a se fazer.

- E qual problema? - Crowley sorrir aliviado fechando os olhos. - Se eu sair agora, posso pegar ele em 10 mil anos luz.




Aziraphale rir de baixo do lençol.


- Está rindo de mim?
- Eu não faria isso, querido.
- Oh... não? Posso ver o seu rosto para provar isso?
- Eu estou meio destruído agora...
- Eu já fiquei dos pés à cabeça cheio de enxofre. Acha que pode me vencer?


Aziraphale tira o lençol da cabeça mostrando que na verdade estava de frente para Crowley que ainda estava o abraçando.


Seu rosto sempre lindo estava arruinado, seus olhos estavam vermelhos mostrando olheiras cansadas e sua pele estava mais pálida do que o normal.

- Está doente?
- Anjos não podem adoecer. - Aziraphale fala o óbvio mesmo Crowley já sabendo.
- O que está sentindo?
- Eu não sei.
- Vamos lá.


- Estou triste.
- Isso é óbvio, algo mais?


- Me sinto estranho e irritado.
- Oh.
- E com fome, mas também não estou com vontade de comer.


- Você sem vontade de comer?
- Não é? - Aziraphale fala triste escondendo o seu rosto de novo.


- Qual é! Estavamos evoluindo aqui. - Crowley luta para puxar o lençol para baixo de novo.
- Não! - Aziraphale fala irritado.
- Ouvir dizer em algum lugar que para passar por uma fase de luto é melhor abraçar o namorado demônio.


- Isso é bem específico, onde ouviu falar disso?


- Em um livro...
- Não.
- Vamos lá. - Crowley fica de joelho na cama puxando o lençol. Ele mesmo já esqueceu a paciência que tinha a 10 minutos atrás. - Fala comigo.

- Eu to falando!
- Eu quero ver o seu rosto caramba!
- Não!
- Só por um minuto! - Crowley fala rosnando.

- Já disse que não!! - Uma luz forte repele o Crowley fazendo ele cair da cama. - Querido! - Aziraphale se levanta correndo indo até o chão. - Querido me desculpe.

Crowley pasmo estava no chão olhando para o teto.

- Me desculpe! Olha o que eu fiz. Que bagunça! Eu não- Me desculpe querido. - Ele abraça o namorado que o abraça de volta ainda olhando para o teto.
- O que foi aquilo?
- Eu não sei, me desculpe.
- Não pareceu ser algo celestial,nem algo maligno.

- Oh querido, você bateu a cabeça? - Aziraphale percebe que o namorado estava falando sozinho. - Eu sou um monstro.

Ele começa a chorar sem motivo abraçando forte o Crowley, mesmo o impacto ter parecido mais com um empurrão bobo ele chorava e tremia de medo.

- Eu estou bem. Calma, só fiquei surpreso. - Crowley se levanta fazendo o anjo levantar junto.
- Certeza?
- Claro! - Ele sentou na cama com o Crowley segurando suas mãos. - Acha mesmo que isso ia me deter? Nem um arranhão.
Com seus olhos caídos, Aziraphale fica olhando Crowley com cuidado. Ele toca nos braços de Crowley que deixa ele fazer o que precisar.
- Não doeu. Foi como a nossa barreira, me assustei mais pelo brilho.

- Nossa barreira? - Aziraphale fica confuso. Ele olha para as próprias mãos perguntando como pode ativar o poder de Crowley sem o próprio Crowley. - Talvez seja pelo fogo infernal que ainda tem na minha alma?


- Hm... - Crowley coloca a mão no rosto de Aziraphale que apenas suspira cedendo o rosto. - Porra - Ele tira a mão na mesma hora balançando os dedos.
- O que foi?
- Você está queimando!


- Quer dizer que estou quente? - Aziraphale coloca a mão na própria testa, mas não sente nada. Afinal, todo o corpo estava na mesma temperatura.

- Não! Eu quis dizer o que eu quis dizer!!




Aziraphale com uma toalha entra na banheira gelada preparada por Crowley.

Na mesma hora começa a sair vapor da água.

- Não te ensinaram a controlar sua temperatura corporal? 36,6 graus é o ideal. - O demônio reclamava segurando uma colher de pau para tocar no namorado.

Aziraphale bate na colher fazendo ela cair no chão.

- Me deixe em paz, não estou fazendo isso por que eu quero.... e nem está tão quente assim...
- Anjo, eu coloquei água com gelo nesta banheira.
- Sério? Nem notei. Era muito frio?
- Sim, 2 graus negativos e agora parece uma sopa... de anjo.

- Ó céus... o que está acontecendo comigo? Geralmente são burritos apimentados que me deixam assim... mas eu não comi nada.

Crowley pega a colher do chão e começa a fazer carinho no cabelo do namorado triste em uma distância segura.

- Calma, anjo. Eu to aqui. - Aziraphale olha indiferente para o seu namorado que fazia carinho nele com um objeto. A colher começou a pegar fogo. - Casete! - Crowley larga a colher.
- Ora vamos, você é um demônio.
- Tá, tá legal, calma. - Crowley falou chegando mais perto. - Só respira e tenta pensar em algo legal.
- O que?
- Sei lá, qualquer coisa.


- Vejamos. - Aziraphale suspirou fechando os olhos. Anjos geralmente não se irritam ou ficam de mal humor, mas sempre era uma péssima ideia fazer um anjo ficar irritado, principalmente quando se tratava de Aziraphale. Crowley sabia bem disso.

Ele respira fundo e depois suspira.


Crowley sai do banheiro para procurar o toca disco. Ele segura o toca disco e leva até o banheiro.

Ele coloca na pia e liga no disco que estava.

Uma música chata começa.

- Oh querido, Nocturnes... nossa, quanto tempo não escuto Chopin? Um artista...Lento sostenuto 27.sefonia..... 32 bits, em? Nada mal.

Para Crowley ele estava falando grego. Crowley sempre achou que entendia bem grego até hoje.



- Poxa, que bom em. - Crowley disse tentando ser cuidadoso nas palavras.

As borbulhas da banheira pararam e o banheiro não parecia tão quente quanto antes.

Aziraphale está se acalmando.

O demônio com cautela vai até a banheira sentindo realmente medo da reação de Aziraphale.

Ele toca com calma no cabelo do anjo percebendo que agora a temperatura estava razoável.

- Oh. - Aziraphale olha para o demônio que fica paralisado. - Por que está me olhando assim como se fosse te morder? - Aziraphale começa a fechar a cara.

- Não! Lógico que não! - Crowley vai para as suas costas e começa a massagear seus ombros. - Eu só queria ficar perto de você.

- Oh querido. - Aziraphale suspira fazendo voltar a luz sagrada em volta dele de sempre.




- O que acha... de voltarmos para cama e ... dormir um pouco? Eu comprei aquele bolo que tanto gosta, não quer um pouco. - Crowley suspira de alívio.

- Eu adoraria, querido...









Crowley estava em um bar da região onde saiu sozinho em uma missão bem próxima a sua casa. Era 1994, mas muitos bares ainda eram proibidos às mulheres, por isso gostava de ir para um bar de esquina onde tinha uma senhora como barwoman. Ela fazia bons coquetéis e era educada com seus visitantes deprimidos.

- Vejo que está triste hoje, Senhor Crowley. Onde está aquele seu amigo que sempre anda contigo?
- Em casa. - Ele fica mexendo com gelo do copo vazio.
- Está preocupado com algo? - Ela coloca uma dose grátis de uísque e dá para Crowley. Era seu favorito.

- É só. - Ele suspira e toma o gole.
- Problemas de amor? - Ela sorri adivinhando. A senhora de 70 anos se mostrou alguém sabia.
- Não é bem isso... - Ele fala pensando. - É só que. - Ele estava inseguro pela primeira vez porque não sabia como se comportar. - Ele está enjoado, chateado e só dorme o dia todo, acho que está com raiva de algo que fiz.



- Ou grávida?
- O que?
- Eu fiquei muito enjoada e com bastante sono na minha primeira gestação. - Ela fala sorrindo se mostrando uma mulher esperiente. - Meu marido, que Deus o tenha, não era muito esperto também. Não me diga que engravidou uma mulher sem se casar com ela?
- O que? Não! Eu não engravidei ninguém, mulher.

- Senhor Crowley! - A mulher tira o copo da frente do demonio. - Pensei que era diferente dos outros cavalheiros, mas vejo que é um patife!

- O que? Não!! Não! Eu só tenho certeza que não tem como o anjo está grávido!
- Não?
- Sim, ele não está grávido.
- Ele? Então é um homem? - Ela coloca o copo de volta.
- Não! Ele não é um homem! Ele é um anjo! - Ele fala irritado.



- Ok, chega de bebida para você, querido. - Ela pega o copo decidida.





Aziraphale dormia profundamente na cama se sentindo tranquilo. O ar condicionado estava no máximo de frio já que sua temperatura oscilava toda hora.
As cortinas estavam fechadas e os lençóis eram fofos e limpos. Crowley tinha preparado tudo para ele ficar bem antes de sair.


A porta do quarto bate e ele abre os olhos assustado.
- ANJO! - Crowley grita desesperado entrando como um furação. - VOCÊ ENGRAVIDOU?



- hn? - O anjo sonolento fica esfregando o olho enquanto se senta. - O que enrolou?
- Engravidou! Você está grávido?
O demônio anda até a cama em passos longos e sobe nela ficando próximo de Aziraphale.
- O que falou? Grávida? Quem está Grávida?
- Você!
- Eu o que?
- Grávido! - Crowley perde a paciência.
- Não seja ridículo Crowley. - Aziraphale rir finalmente acordando. - Para engravidar precisa da função de dois D.N.A o X.X que é uma humana mulher e X.Y que é um humano homem. - Ele ria enquanto explicava com carinho. - E eu e você querido, não somos nem uma coisa nem outra.


- Certo... Certo... - Crowley começa a se acalmar. Ele olha para a barriga de Aziraphale tendo uma dúvida estranha. - Tudo bem se eu de olha olhada?
- Aonde?
- Na sua barriga.
- Eu nem tenho útero, querido!
- Mas teve, quando virou mulher ou não?
- Ora, claro que fiz. Tudo que faço é perfeito. - Ele diz orgulhoso. - Mas, já sumiu assim que voltei para meu corpo habitual. - Ele toca na própria barriga rindo, mas logo seu sorriso cai. - Certo?

- Porra! O que foi?
- Não, calma. - Ele fica tocando na própria barriga. - Não tem como. Eu não entendo.

Ele se levanta andando no quarto.

Ele sente o útero lá, mas não consegue fazê-lo desaparecer.
- O que foi? Fala de uma vez!
- Acho que estou meio fora de forma. - Ele diz ficando confuso.

Crowley se levanta e anda até o seu namorado.

- Deixa eu ver também. - Crowley toca na barriga de Aziraphale e sente algo estranho, uma luz fraca. - Uma alma?
- Eu?
- Não! Eu conheço sua luz. Essa luz é de outra pessoa.
- O que? - Ele toca na barriga de novo. - Eu só sinto você, eu não sinto nada!

Crowley tocava. Ele lembra disso, dessa sensação.


Uma alma humana?

- Vossa Alteza?
- O QUE? - Ele anda para longe de Crowley e tenta sentir também. - Não é possível. Eu não senti por conta da sua aura? Eu geralmente não sinto nenhum humano quando está perto. Eu ainda não sinto nada!

- Como isso é possível?
- Não é possível, Crowley! Nosso corpo terreno não é nada para gente, somos luz! Sem matéria! Não tem como isso acontecer, porque não temos DNA para dar!.... a não ser que.
- A não ser que??
- Bem, todos esses anos... demos partes da nossa alma para o príncipe... isso significa que ele é um pouco da gente?
- Não. Não mesmo. - Crowley anda até Aziraphale e toca na barriga de novo. - Tem que ter algo errado. Ele virou uma estrela! Ele não reencarnou!




- Como a gente nasceu?
- O que?
- Desculpe, eu pensei algo.... mas - Aziraphale se ajoelha no chão ficando do lado de Crowley. - Acho que deve lembrar melhor do que eu, se lembra como nascemos?

- Como eu vou lembrar disso? Apenas sabia que existia.
- Bem, Deus deu uma parte da alma dele para criar os anjos. Demônios também já foram anjos.... Inclusive, Lúcifer, seu chefe. Foi o primeiro anjo dele.
Os dois se olham.

Lúcifer significa portador da luz, justamente por ser a primeira parte da alma que Deus deu.


De repente tudo se encaixa.

O rádio em Bentley tocou magicamente a música no momento certo, eles acharam que foi porque Bentley tinha percebido antes dele, mas isso foi apenas um milagre através da alma?

Então ele realmente reencarnou e decidiu que Aziraphale e Crowley eram seus pais?

- Está falando que demos uma de Deus? - Crowley e Aziraphale ficam tocando na barriga de Aziraphale juntos.


- Bem, ninguém é forte como Deus.... Demorou anos, mas... - Eles se olhavam. - Acho que milagres é o nosso negócio, certo?













Notas Finais*musica do ratinho*
"mas ele é o pai, mas ele é o pai~~ a mulher dele reclamou mais ele é o pai"

Good Omens - Obcecado por vocêWhere stories live. Discover now