Capítulo 6

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Mavis

— Eu estou enjoada!! -grito quando ele deu outra guinada.

— Falta pouco. -Cassian declarou ignorando o que falei.

— Eu vou vomitar em suas costas e você vai se arrepender de não ter me escutado! -dou um tapa em sua cabeça.

Ele bufou.

— Vou ter que pousar. -disse Cassian.

— Não faça os caprichos dela. -Azriel disse contra o vento.

— Vire um pouco para a direita, vou vomitar diretamente nele. -digo irritada.

Cassian mergulhou e meu estômago se revirou como um pião enquanto fechava meus olhos, aquela sensação de montanha russa. Ele atingiu o chão e cambaleei quando ele me desceu.

— Acho que você teria aguentado mais uns....

Eu caí na primeira moita, botando tudo para fora.

— É, você não iria aguentar. -ele bagunça os próprios cabelos.

— Nunca me senti tão mal na minha vida. -choraminguei.

— Vai, não é tão ruim, o enjôo passa depois. -ele disse.

— Eu estou em um lugar que não conheço, eu achei que conhecia mas não, fui multilada e sangrei por noites, pulei de uma montanha para escapar e me machuquei mais ainda. —vomito de novo— estou longe de casa e todos aqui querem me ver morta, eu só queria a minha avó...

Ouço um suspiro pesado demais.

— Escute.

— Ninguém me escutou quando cheguei aqui, ninguém, só me machucaram. —choraminguei quando outra onda de enjôo veio— a única pessoa que me escutou e me ajudou aqui deve estar achando que eu fui morta no caminho.

— Eu estou escutando você agora.

— Porque vocês me acham favorável, acham que eu serei útil em alguma coisa pra vocês, por isso ainda estou viva e...

Eu vomitei de novo, os olhos lacrimejando.

Sinto mãos pegarem os meus cabelos em um rabo de cavalo e os segurar.

— Você não é uma ameaça, sabemos disso agora.

— Não acha um pouco tarde? -vomito outra vez.

Um suspiro.

— Antes tarde do que nunca, não acha?

Passaram-se minutos quando então senti que não poderia pôr mais nada além dos meus órgãos para fora.

Eu ergui o meu rosto, limpando o canto da boca com o dorso da mão.

— Melhor? -ele pergunta.

Eu inspiro fundo e assenti.

— A posição que eu lhe levava não foi muito favorável e eu peço desculpas. —ele disse— não se acostume, só peço desculpas em momentos raros.

Ele segurou na dobra de meus joelhos e no meio de minhas costas, então ele me ergueu no colo.

— Pronto, talvez fique melhor e não passe mal, aguenta mais cinco minutos de vôo?

Eu maneio a cabeça.

— Irei devagar.

E ele subiu ao céu comigo, não havia sinal do espião no céu e sinceramente eu não desejava o ver, apenas um olhar dele e eu estava tremendo de medo.

— Você está mais magra do que da última vez que te vi. -ouvi ele murmurar.

— Como assim? Então já tinha me visto? -questiono.

Corte De Trevas E Sombras | •AcotarWhere stories live. Discover now