Mavis
— Ela está bem? -pergunto.
— Bem inconsciente. -disse Cassian.
Eu o olho e ele ergueu as mãos.
— Desculpe, May May. -ele disse.
— May May? -Azriel ergue a cabeça e olha desconfiado para Cassian.
— É o apelido dela. -ele disse.
— Está se apegando demais, se ela morrer...
— Ela não vai morrer, não comigo por perto.
— Leah? -chamo.
A illyriana mexeu o rosto soltando um murmúrio dolorido, ela abriu os olhos desorientados e focou então em mim.
— Mavis? ... Você está bem? -ela sussurra.
— Eu quem te pergunto isso, Muié, tá doendo? -pergunto.
Ela sorriu fraco.
— É, você está bem.
Eu a ajudo a levantar um pouco no sofá.
— Onde está...
— Mortos. -disse Cassian olhando em volta.
— Vocês os mataram? General. -ela se assusta ao vê-los na sua casa.
— Eu matei um. -murmuro.
Ela me olha.
— Você? Mavis. -ela pisca algumas vezes.
— Uhum. -assenti esfregando o pescoço, desconfortável.
— Como matou um illyriano? Eu lembro de poucas coisas... -ela leva a mão a cabeça e fez uma careta dolorida.
— Não sei, só me lembro de estar com muita raiva, e quando volto a mim... Eu estava com o coração dele em minhas mãos e ele morto. —inspiro fundo— eu matei uma pessoa.
— Foi legítima defesa. -Cassian me interrompe.
— Mas eu o matei. —engulo em seco— nunca irei esquecer, eu não sou assim.
Leah tocou minha mão.
— Eu estava parecendo um animal selvagem. —me encolho— sem controle, feroz, sedento por derramamento de sangue, eu...
— Você salvou a minha vida. —Leah me cortou— sabe sei lá a mãe como, mas me salvou e serei eternamente grata por isso, nunca poderei pagar.
— Eu não fiz por um troféu. —nego— não me deve nada.
— Mesmo assim. —ela me disse— obrigada.
Eu suspiro e olho para Cassian, foi o tempo que a mãe de Leah chegou.
— Leah! -ela correu até nós comprimentando em um aceno respeitoso de cabeça para os dois illyrianos.
Eu me afasto.
— Mavis. -ela disse.
— Oi, tia. -murmuro me aproximando de Cassian.
— Ei... Você está bem? -ele murmura.
Eu nego.
— Vamos embora. -sussurro.
Ele assentiu.
— Eu virei depois ver como está, Leah, mas agora eu preciso ir. -digo baixo.
— Está bem, volte para pormos a fofoca em dia. -ela sorriu de lado.
Dei um pequeno e fraco sorriso e sua mãe me olhou.
— Obrigada.
Eu aceno com a cabeça e saio da cabana.
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Corte De Trevas E Sombras | •Acotar
FantasyMavis, uma jovem leitora nordestina que vive sua vida difícil em seu estado, a única escapatória são seus amigos com páginas e letras digitadas em tinta. Azriel, um mestre espião frio e calculista que está sozinho desde que pode se lembrar, até que...