Capítulo 42

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Mavis

— VOCÊ INVADIU AQUELE CATIVEIRO E ENCONTROU DONAVAM??! -Tarquin estava passando mal em uma cadeira.

— Eu tenho que dizer, foi arriscado, senhora, muito arriscado. —Cresseida abana Tarquin— poderia ter morrido.

Azriel me olha com uma sobrancelha erguida como quem diz (não disse?).

— Eu não iria deixar que matassem..

— Salvou algum?

Eu me calei.

— Estavam sendo controlados. -eu disse.

— Merda. -Cresseida xinga.

— Todos eles. -sussurro.

— Essa guerra, será o maior derramamento de sangue, pior do que contra hiberny. -Tarquin disse.

Azriel enrijeceu atrás de mim.

— Zaleríon está chegando ao tamanho adulto dele. —murmuro— significa...

Eles olham para mim.

— Significa que está muito próximo de eu Donavam nos enfrentarmos. -aperto os dedos.

E era aquilo, eu morreria provavelmente, morreria sem ter a oportunidade de ver a minha família uma única vez.

— Eu fiz o que me pediu. -Cresseida sussurra.

Entendendo o meu olhar vago.

Meus olhos encontram os dela.

— E?

— O lago, pode mostrar, sabe onde fica.  -ela disse.

Eu assenti, me erguendo.

Não esperaria mais nenhum momento para ir até lá.

Tarquin se moveu mas Cresseida o segura.

— Ela precisa fazer isso sozinha.

Mas ela não tem controle sob o espião que me seguiu a reboque.

— Que lago é esse? -ele murmura.

Eu não respondi, virando corredores, até adentrar um salão escuro, com a única luz de um lago luminoso azul no centro do salão.

— Mavis.. -o sussurro de Azriel ecoou pela sala.

Eu me aproximei apressada do lago, chegando a margem olhando para dentro, peixes de luz nadando nele.

— Ele vai me dizer..

— Dizer o que?

Eu soltei a respiração.

— Eu quero ver a minha avó... E o meu primo.

Um som agudo soou no lago, sua luz se intensificou e os peixes começaram a nadar em círculos, fazendo um redemoinho.

Luz forte até que enxergo nas águas...

Duas lápides.

Não...

Azriel se aproximou, parando de respirar.

Imagens mostram a minha avó em uma cama de hospital, os aparelhos parando e um único nome saindo de sua boca (Mavis).

Uma lágrima escorreu quando então meu primo surgiu, na varanda da casa, um banco, uma corda... Ele chorava, então.. pulou.

Novamente, duas lápides, seus nomes..

— N-não. -minha voz soa trêmula.

— Mavis.. -Azriel tocou meu ombro.

— Eles estão mortos.. —sussurro, meu coração estava dilacerando aos poucos— mortos... Minha.família.está.morta.

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⏰ Última atualização: Apr 17 ⏰

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