Capítulo 38

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Mavis

Eu circundo a sala, ouvindo cada uma das testemunhas, meu poder saltando de cabeça em cabeça enquanto Azriel fazia perguntas.

Suas sombras estavam a espreita e a reveladora da verdade em sua mão.

Até que...

— Foi ela.

Eu fixei o meu olhar em uma feérica de pele negra e cabelos cacheados.

— Por favor. -ela choraminga.

Sua mente foi varrida e eu confirmei.

— Fez isso por míseras moedas de ouro? —questiono— o que recebe aqui não é o bastante?

— Ele me obrigou!!

Seu coração acelerado, mentira.

— Você se deitou com ele, eu vi. -declaro.

— C-como...

Meus olhos cintilaram e ela congelou.

— Daemathi.

— Me enganar não é fácil, não mais.

— Punição de morte por traição, é a lei. -Azriel sussurra, puxando a reveladora da verdade.

— Não! Por favor! -ela grita.

(Ela deve morrer) -disse Zaleríon.

(Não há uma outra maneira de punir?) -pergunto.

(Se traiu uma vez, trairá novamente, o corvo engana a raposa) -disse o dragão.

— Não há como poupá-la? -busco o conselho de Azriel.

— Não. -ele disse.

— Mas..

— Você me pediu para poupar o primo dela que veio até aqui, o único parente, ele te insultou e depois tentou avançar contra você. —ele disse sério— poupei e olha o que tentaram fazer contra você.

Eu me calei.

— Não vou cometer o mesmo erro e ceder ao seu pedido, a sua segurança vem em primeiro lugar. -sua lâmina cintilou em seu punho.

Ele olha para mim.

— Vire-se, não quero que me veja fazendo isso. -ele disse baixo.

— Eu aguento.

— Vire-se.

— Não.

— Não quero que veja a crueldade e a frieza que há em mim para executar o meu trabalho. —ele murmurou— então, por favor, dê as costas.

Eu hesitei e suas sombras me viraram, foi rápido, tão rápido, o grito não foi completo e as sombras abafaram o som da lâmina cortando a carne em um assobio. Cheiro de ferro do sangue preencheu minhas narinas.

Quando eu me virei a cadeira com o corpo da feérica havia sumido, apenas umas pequenas gotas de sangue no chão, Azriel ainda estava de costas para mim, limpando a lâmina da adaga.

Ele se virou, ao olhar para mim, com um piscar de olhos aquela máscara de frieza sombria sumiu.

— O próximo será o primo dela, mas não poderá assistir, farei isso longe de você. —ele declara— não vou arriscar que ele venha por vingança até você.

Eu nego.

— Como Cassian soube que Theor me mataria? Ele não contaria assim. -digo.

— Ele ouviu a conversa dele com a feérica, ela havia falado que o veneno estava no vinho, Cassian não viu a feérica pois ela se misturou mas viu ele. —ele caminha até mim— mas agora os dois estão mortos.

Corte De Trevas E Sombras | •AcotarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora