💙 Quatorze 💙

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 Não consegui dormir naquela noite, como pensei que seria fácil tendo Tiago do meu lado, mas não, as palavras dele não saíam da minha mente

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Não consegui dormir naquela noite, como pensei que seria fácil tendo Tiago do meu lado, mas não, as palavras dele não saíam da minha mente. Só consegui pegar no sono definitivo quando amanheceu.
— Bom dia, amor. — Tiago diz.
— Bom dia. — Digo meio resmungando.
— Você dormiu? — Pergunta mais perto do meu ouvido e eu apenas neguei com a cabeça. — Vou deixar você dormir mais um pouco. — Sinto ele se levantar e logo ele não está mais no quarto, então curto meu momento.
Às nove, eu finalmente acordei com o vibrar do meu telefone.

Oi amor, já acordou?
Não quis te chamar, por isso mandei mensagem.

Sim, bom dia.
Estou indo aí.

Visualizei a mensagem e só esperei por ele. Logo vi sua sombra empurrando a porta com o pé e em sua mão havia uma bandeja com um café da manhã pra mim.
— Bom dia amor. Que bom que conseguiu dormir um pouco. Te trouxe esse café da manhã, preparado especialmente como você gosta.
Olhei pra bandeja faminta. Havia pãezinhos com queijo derretido e orégano por cima, um copo de suco de morango, alguns pedaços de rosca com manteiga e também algumas uvas. Sorri pra ele.
— Obrigada amor, você é sempre muito carinhoso comigo. — Digo.
— Tudo por você meu amor, o que mais importa pra mim é te ver feliz, como está agora. — Ele sorri pra mim e eu não espero nenhum segundo a mais para devorar a comida na minha frente.
Quando termino de comer tudo, Tiago está me olhando com um sorriso no rosto.
— Agatha me disse que você pegou o telefone de um restaurante, queria saber onde é pra reservar.
   — Mas a Agatha anda muito fofoqueira, hein! — Digo brincalhona.
Me levanto da cama, indo até minha bolsa pegar o cartão do restaurante e o entrego pro Tiago.
   — Obrigado.
   — Eu ainda preciso saber, Tiago. — Olho pra ele aflita.
— Eve. — Ele revira os olhos.
— Eu preciso. É o meu pai. — Imploro.
Vejo ele segurar a minha mão com carinho.
— Eve, o seu pai está com câncer. — Ele diz e recebo a notícia como um soco no estômago. — Ele não está mais reagindo aos tratamentos porque foi descoberto tarde demais e eu sinto muito meu amor.
Sinto as lágrimas escorrendo sem parar pelo meu rosto.
— Justo agora. Eu preciso ficar perto dele Tiago, se eu soubesse...eu..eu nem teria me mudado pra cá. — Respondo em meio ao choro.
— Eve, não é culpa sua não, ele quem optou esconder, ele me disse isso. Se quiser nós podemos ir vê-lo.
   — Mas e a nossa comemoração. Tipo, eu não estou mais com vontade de comemorar, meu pai vai morrer! — Digo e só sinto ele me puxar pra um abraço.
— Tudo bem, Evelyn. Você quem decide o que quer fazer amor. — Ele me aperta mais em seus braços.
— Precisamos ir lá ficar com ele. — Digo.
— Tudo bem. — Ele se levanta. — Eu vou providenciar as passagens. — Ele beija o topo da minha cabeça e sai do quarto. Sinto a comida revirar meu estômago, a notícia me abalou demais.
Corri pro banheiro despejando o café da manhã pra fora, e uma vontade imensa de chorar me invadiu, e eu continuei chorando, sentada no chão. Mas logo fui amparada por Tiago.
— Você tem certeza que não está grávida? — Tiago pergunta pela segunda vez naquele dia.
— Só você pra me fazer rir num momento desses. Quer tanto assim ser pai? — Digo rindo dele.
— Meu sonho, Evelyn. Tipo, um sonho que só descobri em mim com a adoção da Melanie, mas quero um nosso biológico. — Ele olha nos meus olhos.
— Um dia teremos, mas não é hoje. — Toco seu rosto com carinho.
— Me desculpa.
— Tudo bem. — Sorrio pra ele levemente.
— Você quer que eu peça pra Agatha te fazer um chá? — Pergunta levantando e me puxando pra cima em sequência. Vou até a pia lavar a boca.
— Sim, por favor. Eu vou tomar um banho. — Digo e saio do banheiro atrás dele. Vou até o closet pegar um dos meus inúmeros vestidos fresquinhos.
Tiago ficou o tempo todo me analisando de longe com preocupação, não sei o que deu nele porque de certa forma, voltou diferente de quando foi, está muito mais atencioso e olha que ele já era antes.
Vou até ele e o abraço.
— Obrigada por ser sempre o homem que prometeu quando nos casamos. — Digo sincera.
— Sempre meu amor. Você merece muito mais que eu posso dar, mas fico feliz por estar feliz comigo.
— Eu não me imagino mais sem você na minha vida, nem casada com ninguém que não fosse você.
Ele me dá um selinho e se levanta.
— Nem eu. Vou te esperar lá embaixo tá? — Diz e sai encostando a porta do quarto.
— Tá certo, não vou demorar. — Entro no banheiro.
Lavei até meu cabelo pra tentar ficar tranquila e me veio à vontade de cortá-lo, pois estava muito grande e difícil pra pentear.
Desci encontrando aquela cena e cheiro familiares que alegravam meus dias naquele lugar.
— Cheguei. — Disse me sentando ao lado de Tiago.
— Cheguei. — Disse me sentando ao lado de Tiago.
— Está melhor amor? — Ele passa o braço ao redor do meu pescoço.
— Um pouco. Já comprou nossas passagens? — Perguntei olhando pra ele.
— Ainda vou, prometo. — Ele sorri pra mim.
— Tudo bem. — Esboço um leve sorriso e pego o pezinho da Mel brincando com ela, no colo do Tiago.
— Eu te amo muito, sabia? — Tiago fala.
— Eu sei. Eu também te amo. — Digo com olhar de apaixonada.
Tiago se inclina na minha direção e logo junto meus lábios aos dele. Esse homem é incrível.
De repente, senti um puxão em meu cabelo, e desgrudei de Tiago. Melanie puxou meu cabelo.
— Nem cresceu e já tá brigando com a irmã. — Tiago brincou e eu dei um leve tapa nele.
Tirei meu cabelo das mãozinhas da Melanie com todo cuidado possível para que não machucasse seus dedinhos.

[...]

A parte da tarde, fiquei sem nada pra fazer ,ais um dia, até que de repente meu celular tocou.
— Hola, quisiera hablar con la señora Evelyn Ribeiro.  (Olá, gostaria de falar com a senhora Evelyn Ribeiro.) — Disse a mulher do outro lado da linha e eu fiquei um pouco perdida, nervosa porque esqueci que aquí se fala español.
— Estás hablando con ella, ¿Qué pasa? (Está falando com ela, do que se trata?) — Perguntei.
— Nos gustaría concertar una entrevista contigo. ¿Puede ser mañana? (Gostaríamos de marcar uma entrevista com a senhora. Pode ser amanhã?) — Pergunta e eu mordo o lábio, incerta.
— Lamentablemente estoy a punto de viajar, y no sé cuándo volveré (Infelizmente estou pra viajar e não sei quando volto).
— Tudo bem. Quem sabe em outra oportunidade. — Disse ela e desligou.
Fiquei muito chateada com a situação. Porém, mais uma vez, meu pai e sua saúde eram o mais importante pra mim naquele momento. Não queria me arrepender depois de não ter tido tempo o suficiente para me despedir dele.

 Não queria me arrepender depois de não ter tido tempo o suficiente para me despedir dele

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Oi gente...
Tá aí mais um capítulo fresquinho pra vocês!
Tadinha da Evelyn...
Espero que tenham gostado do capítulo e que continuem acompanhando 💙
Beijinhos da Miih 😘

A Intocável: Futuro Abalado 💙 Livro 2 da Trilogia Ilusões 💙Onde as histórias ganham vida. Descobre agora