ESSE LIVRO NÃO É RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS!!!!
Evelyn finalmente vê seu "felizes para sempre" diante de seus olhos. Depois de se casar com Tiago e se mudarem, o passado foi deixado para trás, pelo menos era o que Evelyn pensava.
Nicole já...
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Evelyn...
Amanhã completamos um ano de casados e minha vontade de ficar deitada não passa, não tenho ânimo pra nada. Papai se nega a aceitar qualquer tipo de ajuda vinda de sua filha, isso me fez estar deitada aqui na cama novamente.
Quando ouvi a porta do quarto se abrir, eu já sabia exatamente quem era, então respondi:
— Agatha, eu já disse que não vou comer! — Alterei o tom de voz.
— Evelyn, que isso!? — A voz de Tiago ecoa no quarto.
— Eu...eu pensei que fosse Agatha me insistindo pra comer. — O encaro envergonhada.
— Mas porque você ia tratar ela assim? — Ele se senta do meu lado.
— Bom, se você não percebeu, eu não estou nos meus melhores dias. — Respondo ríspida.
— Você não era assim, Evelyn. — Ele diz sério. — Eu estou preocupado, o que aconteceu?
— Eu odeio aqui. Mas não posso me dar o luxo de ficar longe agora que meu pai precisa de mim e eu dele. Mas ele se recusa a me deixar fazer qualquer coisa pra ajudá-lo. — Sinto as primeiras lágrimas descerem pelo meu rosto.
Tiago sempre teve esse efeito em mim, eu não consigo me fazer de forte perto dele. E sei que toda vez ele fica sem saber o que fazer, então me abraça mais uma vez.
— Vai ficar tudo bem, amor. Eu não irei te abandonar. — Sinto minhas lágrimas molharem a camisa dele.
Sinto os batimentos acelerarem, e logo um sufocamento aperta minha garganta, como se de fato eu estivesse sendo enforcada. Sei que é a ansiedade me consumindo, e Tiago também parece perceber.
— Evelyn, olha pra mim. — Ele pede e eu o faço.
Alguns minutos se passam e minha respiração vai voltando ao normal.
— Obrigada. — Agradeço assim que não sinto mais a pressão na minha garganta.
— Essas crises estão muito frequentes, Eve. Você confia em mim?
— Confio.
— Então por favor, devido à isso, acho melhor procurarmos um psicólogo. — Ele diz segurando minha mão e eu dou uma afastada, assustada.
— Eu não preciso disso, Tiago. — Me levanto com a cara fechada.
— Eve, terapia salva a gente de muita coisa sabe. E você não tem muito com quem desabafar ultimamente, estou te sentindo diferente. E ao mesmo tempo sinto que você está escondendo algo de mim. — Ele despeja as palavras em cima de mim. Minha única reação é me encolher. Ele se aproxima, me abraçando por trás. — Eu sou seu marido, Evelyn. Você não pode guardar segredos de mim. — Toca meu cabelo.
— Me deixa Tiago! — Me desvencilho de seu toque e corro para o banheiro e me tranco lá, até Tiago desistir de me chamar.
