Karoline Lima tem algumas marcas registradas: Disputas, pé feio, coisas anêmicas, relacionamentos que não deram tão certo e... Reagir a jogos, a famosa narração que anima todos, principalmente pelos apelidos que ela dá aos jogadores.
Ela decide rea...
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KAROL
Só eu que amo ficar sozinha?
O silêncio traz uma paz tão boa que eu esqueço todos os milhares de problemas que fazem parte da minha vida e entro numa vibe boa demais.
Eu com minha taça de vinho e esse sossego, não queremos guerra com ninguém.
A Priscila saiu pra encontrar uns amigos, a Cecília descansa em seus aposentos e eu tirei um tempinho pra mim.
Tô bebendo vinho e ouvindo sertanejo. Esse é o rolê que eu amo.
Só que de repente alguém bate na porta e eu aceito que toda a paz se foi a partir dessa momento.
Deve ser a Priscila que esqueceu a chave.
Me levanto e abaixo um pouco o shorts do meu babydoll e caminho até a porta, abrindo logo em seguida e levando um susto com quem vejo.
O Gabriel. Tipo, ele tá aqui agorinha, bem na minha frente.
— Ficou no meu carro— mostra o bucket da Cecilia— vim trazer.
— Obrigada, quer entrar?
Ele confirma com a cabeça e eu dou espaço pra que entre, em seguida fecho a porta.
— Não precisava ter se preocupado em trazer a essa hora.
— Relaxa, o hotel não fica tão longe da minha casa.
— Ok então, obrigada novamente— sorrio fraco— senta aí— aponto pro sofá e ele se senta.
— Que música de corno, hein?
— Gosto exatamente por isso— me sento do seu lado e pego a taça de vinho— você quer beber?
— Não, valeu. Você foi corna?
— Algumas vezes, mas não é um assunto que gosto de falar.
— Tá bom, não precisamos falar. Onde a Cecília tá?
— Dormiu, hoje foi um dia cansativo pra ela.
— Gostei muito dela.
— Ela também gostou de você— olho pra ele que mais uma vez olha pros meus peitos coberto apenas pelo fino tecido da blusinha de dormir.
Meu corpo queima um pouco e não sei se é por conta do vinho, mas eu começo a olhar pra ele com outros olhos.
É gostoso esse Gabigol, hein? Hoje ele tava uma delícia lá na praia, as tatuagens cobrindo quase toda a pele só o torna mais sensual.
Fico fraquinha.
Bebo mais um gole do vinho e depois passo a língua pelos lábios, um gesto normal que ele faz questão de acompanhar.
Desvio o olhar.
— Você com o pai da Cecília não estão mais juntos?
— Não, ele me fez mal no momento em que mais precisava de apoio, sabe? Hoje em dia a gente mantém uma relação amigável por conta da Ceci, mas eu não esqueci tudo que ele me causou.