Karoline Lima tem algumas marcas registradas: Disputas, pé feio, coisas anêmicas, relacionamentos que não deram tão certo e... Reagir a jogos, a famosa narração que anima todos, principalmente pelos apelidos que ela dá aos jogadores.
Ela decide rea...
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KAROL
Desço do carro assim que o Gabriel estaciona, parece que demoramos séculos pra chegar aqui.
Espero que ele desça também pra então entrarmos. Eu não sei o que tá rolando com a Cecília, durante todo o caminho eu vim conversando com a avó dela que disse que minha filha só chora e não consegue dormir.
Tô preocupada!
— Vamos?— ele coloca a mão em meu ombro e eu confirmo com a cabeça.
Só espero que ele com o Eder não inventem de brigar, eu não tô com a paciência pra aturar isso.
— Vou me comportar, prometo.
— Tá bom.
Caminhamos até a porta da casa e não tenho nem tempo de tocar a campainha porque ela logo é aberta pelo meu ex.
Ai que saco.
— Tá de palhaçada com a minha cara, né? O que esse otário tá fazendo aqui?— olha pro Gabriel que tá atrás de mim.
— Sem implicações agora, por favor, eu quero ver a Cecília— digo—tô exausta.
— Na minha casa esse otário não entra.
— Coé, mano, tô te fazendo alguma coisa?
— Vou nem te responder.
— Eu deixei você entrar na minha casa e ficar por um tempão lá com a Cecília, o máximo que eu espero é que voce me deixe fazer o mesmo.
— Tu pode entrar, ele não.
— Ele tá comigo e se eu vou entrar, ele vai também.
— Tá de palhaçada com a minha cara— da uma risada sarcástica.
— Olha aqui, mano— o Gabi passa na minha frente e empurra o Eder contra a porta.
Belo jeito de começar...
— Eu tô aqui na moral, a Karol tá nervosa por conta da Cecília, não quero discutir com tu, não agora, tá legal? Fica na paz, a gente vai entrar e ver a Ceci e tu vai ficar na tua porque eu também tô na minha.
— Mamaaain— ouço a voz da minha neném e olho na direção, vendo ela no colo da avó.
Meu coração se acelera e eu caminho rapidamente até lá, pegando ela em meu colo e dando vários beijinhos em seu rosto.
— Oi, tutuca, que tanto você chora, hein?— passo a mão em sua cabeça e ela choraminga.
Meu coração fica muito apertado em ver isso, não tem como.
— A mamãe tá aqui, meu amor.
— Bigol— faz um biquinho.
— E aí, Cecília— ele fala e ela rapidamente vira a cabeça em sua direção, dando um sorrisão.
