𝗜𝗚𝗨𝗔𝗥𝗜𝗔•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹

DEZENOVE

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KAROL

— Shortinho rosa, hein— ouço o Gabriel dizendo assim que eu levanto meus lindos pés pra pegar uma panela.

— Entenda, a cor rosa é a maior vencedora de disputas.

— Disputas?

— É, principalmente processos e afins.

— Já foi processada várias vezes?

— Até o pai da Cecília me processou e me proibiu de citar o nome dele na internet.

— Caralho, ele te processou?

— Sim.

— Babaca pra caralho.

— Ele foi muito, entende o motivo de sempre que olho pra ele acabar lembrando dessas coisas? Me machucou demais.

— Eu entendo.

— Mas você também queria me processar.

— Porque você fez as pessoas começarem a me chamar de bundagol, mas eu não processei.

— Você iria perder.

— Não ia não.

— Contra o vestido rosa de alcinha e Gabriella Garcia ninguém vence.

— Gabriella?

— Minha advogada.

— Coitada, deve sofrer.

— Trabalho não falta.

Coloco água na panela e olho pro prato de comida que ele pegou na geladeira e esquentou, parece que a cozinheira deixou pronta antes de ir embora.

— Me dá um pedaço dessa carne aí— peço.

— Abre a boquinha aí— estica o braço e eu abro a boca, pegando o pedaço de carne do garfo— não quer mesmo comer?

— Vou fazer minha comida digna de chefe de cozinha e você vai babar.

— Babar eu já tô babando, mas é em você.

— Vai só babar mesmo por enquanto.

A gente se pegou um pouco lá na escada mas eu coloquei um pouco de juízo na cabeça e cortei o clima.