Karoline Lima tem algumas marcas registradas: Disputas, pé feio, coisas anêmicas, relacionamentos que não deram tão certo e... Reagir a jogos, a famosa narração que anima todos, principalmente pelos apelidos que ela dá aos jogadores.
Ela decide rea...
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KAROL
Tô no estádio do Corinthians.
O Fabinho passou lá em casa pra me buscar junto com a Priscila e agora a gente tá em um dos camarotes vendo o jogo que já tá no segundo tempo.
Tá tudo muito animado. Confia.
Meu homem ainda tá no banco. Como ousam deixar ele ali? Quando se tem o Gabigol no time ele jamais poderá ser banco.
Eu acho.
Sei lá, só sei que eu quero um gol e por isso começo a gravar todo o babado, vai que atraia sorte e gol pra gente.
— Aí galera, tá rolando o jogo do mengudo e eu tô gravando pra atrair gol pra gente—digo enquanto filmo o campo, tentando dar um zoom maneiro já que estamos bem longe.
Eu sou um ser abençoado e muito pé quente porque o flamengo vai pro ataque.
— Tá acontecendo, meus amores, vai ser gol!!
Eu atraio o que digo porque o Gerson recebe a bola e faz um puta gol, de fora da área.
— Gooooooool caralhooooo—grito e filmo a torcida do Corinthians na arquibancada, todos xoxos.
Paro de filmar e comemoro junto com o Fabinho.
Agora só falta colocar meu macho pra jogar, ele tá devendo um gol pra mim com a Cecília, não tô entendendo legal.
Volto a me sentar do lado da Priscila e pego uma cervejinha que é de lei, abrindo e bebendo um belo gole.
Continuo assistindo o jogo que fica morno, quase frio, até que avisam que o Gabriel vai entrar e eu me levanto de novo só pra ver melhor a cena.
Não consigo enxergar nada, minha visão é uma tristeza mesmo.
Meu fim é sentar de novo e assistir tudo pela televisão que tem aqui.
A câmera da um foco nele e eu fico fraca. É muito gato e gostoso.
—Disfarça, mulher, tá quase babando aí— a Priscila fala e eu dou um sorriso quando ele passa a mão pela barba— Karoline do céu.
— Olha isso, Pri, aii— suspiro.
—Toda apaixonada.
— Eu tô mesmo- confesso.
Me levanto de novo quando a placa sobe.
— VAI CARALHOOOOOOO— grito, mesmo sabendo que tem zero possibilidade dele me ouvir.
— SAI DAÍ MALUCA—alguém grita lá embaixo e eu olho pra pessoa.
— SAI TU MINHA FILHA.
— TÔ EM CASA, CARAI.
— ENTÃO TRATE A VISITA COM RESPEITO.
Bacana, agora geral que tá naquele setor tá olhando pra mim.