Caso indefinido

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{Maraisa}

O tempo passou rápido e, quando vi, já haviam se passado três meses. A clínica estava funcionando e estava dando muito certo, coisa que me deixava feliz.

Minha relação com Danilo estava a cada dia melhor. Às vezes, tínhamos alguns atritos, devido à minha insegurança, mas sempre tentávamos nos resolver da melhor maneira possível. Eu o via praticamente todos os dias, pois ele deixava Caramelo comigo na clínica e a noite o pegava no meu apartamento.

***

— Pode entrar. — Parei de escrever no papel e olhei para a porta quando alguém bateu.

— Licença, doutora Maraisa. — Paulinha, minha secretária, falou assim que abriu a porta. — Acabou de chegar um rapaz com um cachorrinho. Ele disse que o cachorro precisa tomar algumas vacinas e que tem horário marcado com você.

— Horário comigo? — Estranhei e olhei para o relógio. — Eu não marco nada nesse horário. — Abri a minha agenda para conferir se eu tinha marcado algo, mas não tinha nada. — Tudo bem, pode mandar entrar. — Coloquei a agenda na gaveta e fechei.

Ela concordou, abriu a porta e pediu para o rapaz para entrar. Me levantei quando ouvi passos de alguém se aproximando e sorri quando Caramelo surgiu na minha frente.. logo atrás veio Danilo.

Danilo agradeceu a Paulinha, e, assim que ela fechou a porta, ele a trancou.

Caramelo veio até mim e eu me abaixei para cumprimentá-lo. — Meu companheiro chegou. — Acariciei Caramelo e tratei logo de tirar a coleira dele. — Danilo, já falei que Caramelo não gosta de coleira. — Chamei a sua atenção.

Caramelo foi até a sua caminha, que tinha no meu consultório, e pegou um brinquedo.

Me levantei e, quando Danilo se aproximou, dei um beijo de leve na sua boca. Quando não tinha ninguém, a gente se cumprimentava com um beijo na boca. Danilo fez isso um dia e acabou virando um hábito.

— Caramelo não me obedece sem coleira, ele só escuta você. — Ele disse me dando mais um selinho na boca.

— Ele acha que você está brincando com ele e por isso não te leva a sério. Tem que ter voz firme, Danilo.

— Dá próxima vez eu tento.. — Ele disse e eu concordei com a cabeça, não acreditando. — Senti sua falta ontem. — Sorri com o que ele falou.

Danilo abraçou a minha cintura e beijou meus lábios. Retribui o beijo e finalizei com um selinho.

— Tive uma emergência no final da tarde. Chegou uma cachorrinha em trabalho de parto e seu corpo não estava conseguindo expulsar nenhum filhotinho. Acabei ficando aqui até umas três horas da manhã.

— Marília falou quando foi deixar Caramelo lá em casa. Deu tudo certo? — Ele perguntou e eu concordei.

— Graças a Deus sim.

— Que bom. Sabe que você fica linda de óculos? — Ele me elogiou e eu neguei com a cabeça.

Acabei tendo que colocar os óculos pois a minha vista estava cansada.

— Ah não Danilo.. pode parar com esses elogios fora de hora. — Tentei sair dos seus braços, mas ele não deixou.

— Já parei.. já parei.. — Ele disse rindo.

— E você, chegou aqui cedo por quê? — O questionei, ajeitando a gola da sua camisa.

— Vim aproveitar você um pouco, já que eu não te aproveitei ontem. — Mordi o lábio e neguei com um sorriso no rosto.

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