✰ - 03: unhas e conversas.

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"Quando o assunto é família, no fundo ainda somos crianças, não importa o quão velho ficamos sempre precisamos de um lar para chamar de lar

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"Quando o assunto é família, no fundo ainda somos crianças, não importa o quão velho ficamos sempre precisamos de um lar para chamar de lar. Porque sem as pessoas que você mais ama, você não pode evitar em se sentir sozinho do mundo."

— Gossip Girl

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Eu precisava conversar com dona Anne primeiro. Não gosto de fazer nada sem sua aprovação e seu incentivo, a opinião dela ainda era muito importante pra mim. Eu sentia que precisava da minha mãe comigo mais do que eu achava possível.

Eu ainda sentia o peso na consciência por ter dado tanto trabalho pra ela há algum tempo, se eu pudesse voltar no passado e reescrever minha história, eu com certeza faria isso sem nem pensar duas vezes. Mas mamãe sempre diz que tudo nessa vida é aprendizado, tanto coisas boas quanto coisas ruins.

Eu a amava tanto que doía, eu sentia a dor dela toda vez que tentava me livrar de alguma situação que não vale a pena mencionar. Por um bom tempo ela tinha sido meu porto seguro, ela tinha os braços que eu corria toda vez que sentia medo. Ela sempre mantinha eles abertos pra quando eu somente precisasse ser abraçado. Ela sempre esteve ali por mim, até mesmo quando eu não tinha voz.

Estávamos só nós dois aqui em casa, Gemma tinha saído de manhã pra ir na casa do namorado – eu nem precisava dizer que não gostei nem um pouco disso, não é? – e meu padrasto tinha ido trabalhar. Era o momento perfeito pra poder conversar com ela.

Desço as escadas em silêncio, um moletom largo e quentinho mantinha minhas mãos escondidas e aquecidas pela manga enquanto parecia caber dois de mim naquela peça de roupa. Talvez daqui há alguns anos servisse direito. A vejo no sofá prestando atenção no noticiário, me aproximo devagar e me sento ao seu lado.

Deito a cabeça preguiçosamente em seu ombro e fecho os olhos, respirando fundo. Dona Anne deixa um beijo na minha cabeça e volta a assistir.

Eu não queria atrapalhar o momento dela, mas eu sabia que se eu enrolasse mais Niall me enforcaria.

— Mãe, a gente pode conversar? — pergunto, evitando falar muito alto.

— Claro, meu amor. — ela mudou o canal, deixando algum desenho infantil passando enquanto ela se virava pra mim — que tal você me ajudar com as unhas enquanto temos essa conversa?

Sorrio animado e afirmo com a cabeça, me afastando o suficiente pra ver ela apontar pra estante da tv. Logo vejo uma bolsinha colorida e me levanto olhando o conteúdo de dentro, tinha vários esmaltes. De várias cores. Pego a bolsa e volto para o seu lado entregando os esmaltes pra ela escolher alguma cor.

— então, me diga o que está te incomodando, amor. — ela olhava atentamente para as cores, parecendo concentrada naquilo.

Franzi o cenho e desviei o olhar para as minhas próprias unhas sem graça, sem nenhuma cor. Mordo o lábio inferior girando um anel que eu sempre usava no mindinho, suspiro e finalmente começo a falar:

Apricity [Larry stylinson]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora