Apricity [Larry stylinson]

✰ - 22: a ligação zouis

Às vezes, se apaixonar é a atitude mais corajosa que alguém pode ter.

— A Coroa, Kiera Cass

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(N.A: Recomendo a lerem ouvindo a música da mídia depois de verem a tradução dela, tá na playlist de Apricity no Spotify, o link tá no perfil.
Secret love song, pt II – Little mix )

4:00 horas
Madrugada da festa de Halloween

O ponteiro do relógio do andar de baixo bateu exatamente às 4:00 horas da madrugada e eu nem ao menos conseguia pregar os olhos e dormir de vez, nem ao menos conseguiria. Nem se quisesse.

Harry dormindo ao meu lado parecia um anjo, era como observar a Aurora boreal, era uma arte natural. Algo que só eu podia ter o prazer de ver no momento, não que eu tivesse assistido pessoalmente o espetáculo que a autora boreal deve ser ao ser vista a olho nu. Mas eu me contento em ter a minha própria arte natural pra admirar.

Arte que dormia serenamente ao meu lado.

Harry tinha os lábios entreabertos e soltava a respiração suave por lá, vez ou outra murmurava alguma coisa que eu não conseguia compreender, não conseguia ver seus olhos verdinhos pois estavam fechados, mas isso me dava a visão de seus cílios longos e bonitinhos.

Seus lábios cheinhos e avermelhados me faziam se questionar o porquê de estar demorando tanto para finalmente o beijar.

Vontade não me faltava.

Os cachos – que Harry estava começando a empurrá-los para trás, o deixando ainda mais bonito – estavam espelhados pelo travesseiro, alguns caídos sobre sua testa. Cachos esses que eu afastava de seu rosto toda vez que seu nariz se franzia com algum cacho incomodando seus olhos fechados. 

As covinhas não ficavam marcadas em suas bochechas enquanto dormia, para a minha infelicidade, mas me segurava pra não comemorar toda vez que Harry sorria durante o sono e elas apareciam e sumiam em questão de segundos.

Tudo nele era perfeito.

Me levantei da cama com cuidado, peguei o celular na cabeceira da cama e sai do quarto em passos silenciosos para não acordar o cacheado.

Quando finalmente encostei a porta, desci as escadas já digitando um número conhecido em meus contatos. Eu sabia que Zayn estava dormindo naquele horário, mas o que eu poderia fazer?? Estava surtando, precisava de um ombro amigo para desabafar.

Me sentei em um sofázinho velho que ficava na varanda do lado de fora da casa enquanto colocava o celular na orelha e esperava.