🌸 Capítulo 2 🌸

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Não sei em que momento eu caí no sono nessa viagem, mas quando abri os olhos a primeira coisa que vi foi os desagradáveis peitos da minha irmã em minha cara. Ela estava se esticando para ver pela janela. Parece que acabamos de chegar na Coreia.

Será que você pode sentar? Não tô a fim de ficar cheirando seu peito!

Perai, perai! Quero tirar uma foto aqui de cima. — Ela tentava posicionar seu celular na janela de uma forma que saísse as asas do avião.

— Com licença, senhora, iremos pousar poderia, por favor, se sentar na cadeira? — Uma aeromoça se aproximou.

— Sim, sim! Só um segundo.

Sem paciência, a empurrei para sua cadeira, peguei seu celular e tirei a foto que ela queria.

Agora coloca esse cinto aí, se não você vai parar no teto!

A aeromoça sorriu e inclinou em agradecimento e foi verificar se outros passageiros também estavam de cinto.

A sensação do avião aterrissando é um pouco apavorante, ele treme como se tivesse perdendo o controle, o barulho das cadeiras balançando e a imagem do chão se aproximando cada vez mais pela janela como se estivesse prestes a colidir... Senhor... pensei mau! Não quero que esse avião caia, por favor!

Fechei os olhos e segurei forte na poltrona, por mais suave que o piloto queria ter sido ainda deu para sentir o impacto das rodinhas na pista. Pelo menos estamos em terra firme.

— Senhores passageiros, sejam bem vindos a Coreia do Sul, espero que aproveitem o nosso país e retornem em breve com a nossa companhia. — Uma aeromoça anunciou pelo microfone e todos começaram a se levantar e pegar suas malas.

Acho que minha bunda está dormente... — Eu disse me esticando assim que levantei.

— Mais educação, Clara, as pessoas vão ficar olhando! — Minha mãe sussurrou.

Depois que ela fez uma pesquisa aprofundada sobre a vida em sociedade entre os coreanos, ficou bastante rígida em relação a educação e bons modos. Não é como se ela não tivesse sido um grande exemplo a se seguir, um dias antes do tio Chul pedir ela em casamento, ela comeu muito repolho e ficou peidando enquanto dormia. Ainda consigo escutar o som estrondante.

Depois que pegamos nossas malas de colo, não sei muito bem por onde andamos, eu só estava seguindo o fluxo. Quando não sabe pra onde andar só segue o fluxo, né? Pra algum lugar eles devem estar indo. Era para o giratório de malas.

Mana, se lembra como era minha bolsa? Eu esqueci... — Marina sussurrou.

Azul marinho — suspirei.

Ahh é mesmo, lembrei! — ela deu uma olhada ao redor — os padrões de beleza aqui são altos, olha aquele garoto!

Ela balançou a cabeça em direção a um garoto com headfone, óculos e mãos na calça, certamente ela estava o comparando com um ídol.

Para de se iludir — apontei o dedo para ela — você vai acabar  em problemas por aqui!

— Meninas, depois que pegarem suas malas vão para aquele portão, o Yu-jun falou que está nos esperando na saída quatro! — tio Chul se aproxima já com sua mala dando as orientações.

— Está bem! — ele sorriu e seguiu com minha mãe para o local onde apontou.

Eles ficam tão fofinhos juntos... — Marina falou observando os dois se afastando de mãos dadas.

Ela parece feliz com ele, né? 

Sim... — ficamos em silêncio vendo eles — espero que eu encontre um oppa assim por aqui.... imagina, aí que tudooo.

Cala A Boca, Oppa!Where stories live. Discover now