Não sei em que momento eu caí no sono nessa viagem, mas quando abri os olhos a primeira coisa que vi foi os desagradáveis peitos da minha irmã em minha cara. Ela estava se esticando para ver pela janela. Parece que acabamos de chegar na Coreia.
— Será que você pode sentar? Não tô a fim de ficar cheirando seu peito!
— Perai, perai! Quero tirar uma foto aqui de cima. — Ela tentava posicionar seu celular na janela de uma forma que saísse as asas do avião.
— Com licença, senhora, iremos pousar poderia, por favor, se sentar na cadeira? — Uma aeromoça se aproximou.
— Sim, sim! Só um segundo.
Sem paciência, a empurrei para sua cadeira, peguei seu celular e tirei a foto que ela queria.
— Agora coloca esse cinto aí, se não você vai parar no teto!
A aeromoça sorriu e inclinou em agradecimento e foi verificar se outros passageiros também estavam de cinto.
A sensação do avião aterrissando é um pouco apavorante, ele treme como se tivesse perdendo o controle, o barulho das cadeiras balançando e a imagem do chão se aproximando cada vez mais pela janela como se estivesse prestes a colidir... Senhor... pensei mau! Não quero que esse avião caia, por favor!
Fechei os olhos e segurei forte na poltrona, por mais suave que o piloto queria ter sido ainda deu para sentir o impacto das rodinhas na pista. Pelo menos estamos em terra firme.
— Senhores passageiros, sejam bem vindos a Coreia do Sul, espero que aproveitem o nosso país e retornem em breve com a nossa companhia. — Uma aeromoça anunciou pelo microfone e todos começaram a se levantar e pegar suas malas.
— Acho que minha bunda está dormente... — Eu disse me esticando assim que levantei.
— Mais educação, Clara, as pessoas vão ficar olhando! — Minha mãe sussurrou.
Depois que ela fez uma pesquisa aprofundada sobre a vida em sociedade entre os coreanos, ficou bastante rígida em relação a educação e bons modos. Não é como se ela não tivesse sido um grande exemplo a se seguir, um dias antes do tio Chul pedir ela em casamento, ela comeu muito repolho e ficou peidando enquanto dormia. Ainda consigo escutar o som estrondante.
Depois que pegamos nossas malas de colo, não sei muito bem por onde andamos, eu só estava seguindo o fluxo. Quando não sabe pra onde andar só segue o fluxo, né? Pra algum lugar eles devem estar indo. Era para o giratório de malas.
— Mana, se lembra como era minha bolsa? Eu esqueci... — Marina sussurrou.
— Azul marinho — suspirei.
— Ahh é mesmo, lembrei! — ela deu uma olhada ao redor — os padrões de beleza aqui são altos, olha aquele garoto!
Ela balançou a cabeça em direção a um garoto com headfone, óculos e mãos na calça, certamente ela estava o comparando com um ídol.
— Para de se iludir — apontei o dedo para ela — você vai acabar em problemas por aqui!
— Meninas, depois que pegarem suas malas vão para aquele portão, o Yu-jun falou que está nos esperando na saída quatro! — tio Chul se aproxima já com sua mala dando as orientações.
— Está bem! — ele sorriu e seguiu com minha mãe para o local onde apontou.
— Eles ficam tão fofinhos juntos... — Marina falou observando os dois se afastando de mãos dadas.
— Ela parece feliz com ele, né?
— Sim... — ficamos em silêncio vendo eles — espero que eu encontre um oppa assim por aqui.... imagina, aí que tudooo.
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Cala A Boca, Oppa!
Підліткова літератураEu queria saber em que momento da minha vida as setas do meu destino começaram a apontar para esse país. Será que foi quando minha mãe foi promovida? Ou quando ela se casou com o meu padrasto? Foi quando meu novo meio-irmão ligou para o padrasto ped...