🌸 Capítulo 6 🌸

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Respira, respira.... Ele deve estar jogando verde para colher maduro, afinal, se nem minha irmã, a pessoa viciada em detectar quando uma pessoa gosta de outra, não percebeu, não teria como ele saber.

— Quem? Você? — falei voltando a mexer em algum objeto, mas sentia o nervosismo na garganta.

— Não, você... — ele aproximou seu rosto das minhas costas — você, Kurara, gosta do seu irmão, Yu-jun... Não é?

Olhei de relance e ele estava com um sorriso bem forte, seria um sorriso vencedor? Não sei, mas não vou deixar isso fácil.

— Não sei do que você tá falando...

— Ah, não sabe? Será que errei? Nesse caso, tudo bem falar para ele né? Já que é uma mentira.

Ele começou a dar alguns passos na direção do Yu-jun e Marina, mas o segurei. Segurei seu pulso com força e raiva. Idiota, babaca, irritante, como esse peste descobriu isso? Miserável...

— Por que se incomodar em falar algo que não é verdade? Apenas deixe quieto.

— Se não é verdade... — aproximou seu rosto de novo — por que suas mãos estão tão suadas?

— Tenho distonía.

— E seu rosto assustado?

— Fiquei surpresa.

— E o coração acelerado?

— Meu coração é rápido.

— Pare de dar desculpas e assuma. — falou sorrindo. Engoli em seco.

— Não conte... Eu faço qualquer coisa que quiser, mas não conte — ele se virou pra mim com um olhar irritante e suspirou.

— Qualquer coisa? Sendo assim, não posso recusar... A partir de agora, me chame de oppa.

— O quê? Nunca! Não vou chamar ninguém de oppa — neguei desesperadamente, que ridículo.

— Sendo assim, vou contar... — ele se virou.

— Não, não, espere... — respirei fundo, isso é humilhante — opa.

— Não, não tem algo errado... É oppa, mais prolongado. — Merda. Aí se eu te pego.

— Oppa! — falei de uma vez, ele sorriu.

— Ótimo, muito bem! Agora diga "eu gosto de você, Oppa".

— Como é que é? — Essa peste....

— Vamos fale! Não, não, melhor! — ele cruzou os braços vitórioso — fale "eu gosto de você, Oppa" na sua língua!

— Como é?

— Não vai? — ele ameaçou se virar, segurei seu braço com mais força ainda e suspirei três vezes, olhei em seus olhos e sorrindo falei o que ele pediu.

Cala a boca, Oppa!

Fiquei esperando ele falar que estava falando errado ou sair correndo para contar a verdade para o Yu-jun, mas tudo o que ele fez foi me encarar, ficou me encarando e encarando, e encarando, coreanos gostam tanto de encarar assim?

— Viu — falou sorrindo — não foi tão difícil, agora... — ele me mostrou seu telefone — seu número.

— Eu ainda não tenho um... — me virei de costas e comecei a mexer em outras coisas.

— Ahh... Verdade, então me dê o seu Instagram.

— Por que eu te daria? Só é esperar.

— Instagram é mais barato. Aqui temos um limite para enviar mensagem por dia.

— O quê? Tá de brincadeira! Sério isso? Que merda... — sabia, a Coreia tem seu lado podre.

Mesmo ainda não querendo, não tive escolha a não ser dar, ele me seguiu e curtiu uma foto, depois foi minha mãe que parecia não conseguir pegar algo do alto. Fala sério.... Não acredito que mal fez 24h que estou aqui e já virei escrava de coreano, como se já não bastasse a situação. Pensando bem, vou escrever isso e depois defamar a Coreia quando eu voltar.

[O LADO PODRE DA COREIA]

[Minha casa foi invadida por uma alface]

[Virei escrava de um coreano que descobriu meu segredo]

Cala A Boca, Oppa!Onde histórias criam vida. Descubra agora