Respira, respira.... Ele deve estar jogando verde para colher maduro, afinal, se nem minha irmã, a pessoa viciada em detectar quando uma pessoa gosta de outra, não percebeu, não teria como ele saber.
— Quem? Você? — falei voltando a mexer em algum objeto, mas sentia o nervosismo na garganta.
— Não, você... — ele aproximou seu rosto das minhas costas — você, Kurara, gosta do seu irmão, Yu-jun... Não é?
Olhei de relance e ele estava com um sorriso bem forte, seria um sorriso vencedor? Não sei, mas não vou deixar isso fácil.
— Não sei do que você tá falando...
— Ah, não sabe? Será que errei? Nesse caso, tudo bem falar para ele né? Já que é uma mentira.
Ele começou a dar alguns passos na direção do Yu-jun e Marina, mas o segurei. Segurei seu pulso com força e raiva. Idiota, babaca, irritante, como esse peste descobriu isso? Miserável...
— Por que se incomodar em falar algo que não é verdade? Apenas deixe quieto.
— Se não é verdade... — aproximou seu rosto de novo — por que suas mãos estão tão suadas?
— Tenho distonía.
— E seu rosto assustado?
— Fiquei surpresa.
— E o coração acelerado?
— Meu coração é rápido.
— Pare de dar desculpas e assuma. — falou sorrindo. Engoli em seco.
— Não conte... Eu faço qualquer coisa que quiser, mas não conte — ele se virou pra mim com um olhar irritante e suspirou.
— Qualquer coisa? Sendo assim, não posso recusar... A partir de agora, me chame de oppa.
— O quê? Nunca! Não vou chamar ninguém de oppa — neguei desesperadamente, que ridículo.
— Sendo assim, vou contar... — ele se virou.
— Não, não, espere... — respirei fundo, isso é humilhante — opa.
— Não, não tem algo errado... É oppa, mais prolongado. — Merda. Aí se eu te pego.
— Oppa! — falei de uma vez, ele sorriu.
— Ótimo, muito bem! Agora diga "eu gosto de você, Oppa".
— Como é que é? — Essa peste....
— Vamos fale! Não, não, melhor! — ele cruzou os braços vitórioso — fale "eu gosto de você, Oppa" na sua língua!
— Como é?
— Não vai? — ele ameaçou se virar, segurei seu braço com mais força ainda e suspirei três vezes, olhei em seus olhos e sorrindo falei o que ele pediu.
— Cala a boca, Oppa!
Fiquei esperando ele falar que estava falando errado ou sair correndo para contar a verdade para o Yu-jun, mas tudo o que ele fez foi me encarar, ficou me encarando e encarando, e encarando, coreanos gostam tanto de encarar assim?
— Viu — falou sorrindo — não foi tão difícil, agora... — ele me mostrou seu telefone — seu número.
— Eu ainda não tenho um... — me virei de costas e comecei a mexer em outras coisas.
— Ahh... Verdade, então me dê o seu Instagram.
— Por que eu te daria? Só é esperar.
— Instagram é mais barato. Aqui temos um limite para enviar mensagem por dia.
— O quê? Tá de brincadeira! Sério isso? Que merda... — sabia, a Coreia tem seu lado podre.
Mesmo ainda não querendo, não tive escolha a não ser dar, ele me seguiu e curtiu uma foto, depois foi minha mãe que parecia não conseguir pegar algo do alto. Fala sério.... Não acredito que mal fez 24h que estou aqui e já virei escrava de coreano, como se já não bastasse a situação. Pensando bem, vou escrever isso e depois defamar a Coreia quando eu voltar.
[O LADO PODRE DA COREIA]
[Minha casa foi invadida por uma alface]
[Virei escrava de um coreano que descobriu meu segredo]
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Cala A Boca, Oppa!
Teen FictionEu queria saber em que momento da minha vida as setas do meu destino começaram a apontar para esse país. Será que foi quando minha mãe foi promovida? Ou quando ela se casou com o meu padrasto? Foi quando meu novo meio-irmão ligou para o padrasto ped...