28: De volta ao lar

5.3K 386 86
                                    

XXVIII: De volta ao lar

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

XXVIII: De volta ao lar


           Às quatro da tarde do mesmo dia aconteceu a Assembléia pela Paz e Justiça de Saas. Foi dirigida por Hadin, que apresentou o Tratado de Vinte Anos, como ficou conhecido o documento de sanções ao Reino de Palassos. A Assembléia aconteceu na sala do trono, com os reis e rainhas da Suprema Aliança sentados nas cadeiras de honra, e Lavera ajoelhada no meio.

Como a Suprema Aliança estava permitindo que Lavera não somente continuasse viva, porém que ela também permanecesse no cargo de rainha, caberia a ela cumprir as punições. O Tratado apresentava restrições à produção de armas, o pagamento trimestral de impostos para cada um dos Reinos anteriormente dominados, a proibição de qualquer palassiano deixar o Reino, a obrigação de enviar, uma vez ao ano, cópias dos relatórios administrativos e, por fim, nenhum nobre poderia se casar ou separar sem a aprovação escrita da maioria da realeza que constituía a Suprema Aliança. O Tratado teria uma duração de vinte anos, daí o nome. Exatamente o mesmo tempo que Palassos passara explorando os Reinos, agora eles passariam servindo.

Quando terminou de ler o documento, Hadin perguntou:

–– Você se compromete, como rainha, a cumprir as sanções impostas pela Suprema Aliança ao seu Reino?

–– Sim, Majestades. – Respondeu Lavera.

–– O descumprimento deste Tratado incorrerá em uma multa de seis milhões de moedas de ouro, além da sua morte e a perda do direito à realeza do seu herdeiro. Alguém tem algo a declarar?

–– Eu tenho uma pergunta... – Falou o rei de Pong, que estava todo encolhido num canto. A estrutura do castelo não era nada confortável para um gigante – Nós vamos deixar a Suprema Aliança, foi o nosso acordo. Não nos misturamos com vermezinhos... Mas vamos receber impostos de Palassos também, não é?

–– Sim, Palassos vai pagar impostos aos Reinos da Suprema Aliança e a Pong. Está tudo no Tratado.

–– Então assim, sim.

–– Assembléia encerrada.

Naquela noite, as armas do exército de Palassos foram todas queimadas, numa grande fogueira do lado de fora da cidade. Lavera e Turze passaram a noite na prisão do castelo, enquanto que os nobres da Suprema Aliança desfrutavam dos quartos.

Nemat estava calada e pediu para passar a noite sozinha com Dafar. Então, Hadin aproveitou para discutir com Leor e Tenazd o ocorrido. O pobre cientista estava perplexo:

–– Eu fiquei longe por apenas algumas horas e vocês já conseguem se meter em confusão?!

–– Não tem graça, Tenazd. – Murmurou Leor.

–– Eu... Não estava fazendo graça...

Três dias depois, pela manhã, o enorme exército invasor preparou-se para partir. Cada um seguira um rumo, finalmente livres.

As Lendas de SaasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora