08: Sangue de monstro

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VIII: Sangue de monstro

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VIII: Sangue de monstro


        –– Venenosa Rainha. – Disse Shari para o grupo que estava reunido em círculo numa das tendas do acampamento.

Quando eles desceram a montanha, todo o bando se surpreendera com a presença de Bhazun, ele era praticamente uma lenda! E, apesar de não comentar nada, Taipho ficara particularmente mais animado do que qualquer um. Ele era um fã. Quando criança, sua história favorita era a da Princesa Perdida e nela não havia personagem que ele gostasse mais do que o destemido ourives real. Agora, Nemat, Shari, Leor, Hadin, Sical, Bhazun e Taipho estavam numa tenda para discutir como exatamente iriam tomar a capital. Na verdade, o irmão mais novo de Sical não deveria estar ali, mas de jeito nenhum ele perderia a chance de ficar ao lado do ídolo!

–– O que disse? – Perguntou, confuso, o líder-explorador.

–– É uma flor comum em Keema, um Reino do Oriente. – Continuou ela, abrindo o velho mapa do castelo. O antigo e precioso papel pertencia à Bhazun – Extremamente venenosa, uma única pétala pode matar dezenas de pessoas. Meu plano é o seguinte: nós adentraremos o castelo com parte dos camponeses que estarão preparando a festa. Na noite de celebração, colocaremos o veneno no vinho que será usado para brindar, e somente nele. Então, num dado momento, quando todos erguerem suas taças e beberem, cairão praticamente na mesma hora. Os que sobrarem morrerão à espada. – Ela terminou e encarou os amigos. Eles estavam fascinados com o plano.

–– Não poderia pensar em algo melhor. – Sorriu Tenazd.

–– Deveriam ter me avisado que estavam reunidos. – De repente a porta se abriu e Collina entrou como um furão, chateadíssima por ter perdido a pequena expedição à montanha e, agora, o encontro.

–– Adoraria ter feito isso, onde esteve?! – Respondeu Sical, preocupado e irritado.

–– Por aí... – Devolveu Collina, cruzando os braços.

–– Conversarei com você depois. – Sical, então, voltou a analisar o mapa.

–– Olha, não vamos começar a... – O clima estava tenso na cabana e cada um fingia fazer algo mais importante e não notar a pequena discussão.

–– Não é um pedido. – Sical voltou a fitá-la e terminou – Já temos o plano. Atacaremos na noite do aniversário de Ortis. Mais tarde, daremos todos os detalhes, quando o bando estiver reunido na fogueira.

Collina suspirou aborrecida. Como a reunião parecia estar terminada, Taipho caminhou para a porta, porém parou no instante que a colega perguntou:

–– E como planejam lutar?! Não acredito que os orientais aí saibam guerrear. Além disso, não temos homens suficientes para tomar toda a cidade, mesmo que a maioria morra envenenada.

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