Capítulo Vinte e Oito

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Alisson Reed:

Eduardo terminou de conversar com Eric, que virou a cadeira de rodas, sentando ao lado da mãe e do irmão em silêncio. Mark colocou um pouco de comida para ele e ofereceu a Eric, que estava tão quieto que Miguel me olhou como se perguntando se ele deveria fazer alguma coisa. Diante dessa questão, Adele se aproximou de Eric com um sorriso.

— Tio Eric, você está bem? — Adele perguntou, olhando para ele com olhos curiosos e preocupados.

Eric olhou para Adele com um sorriso fraco, apreciando a preocupação genuína da pequena.

— Não se preocupe, querida. Às vezes, as coisas ficam um pouco difíceis, mas estou feliz por estar aqui com todos vocês hoje. Vamos aproveitar essa festa linda que prepararam — ele respondeu, tentando transmitir tranquilidade.

Adele assentiu com um sorriso doce e, como se entendesse a mensagem, deu um abraço carinhoso em Eric. O gesto simples, mas cheio de ternura, pareceu trazer um pouco de conforto ao tio. O restante da festa continuou com risos, conversas e alegria, proporcionando a Eric a oportunidade de se envolver nas celebrações e compartilhar momentos especiais com a família.

Em determinado momento, Dener levantou-se e, com delicadeza, estendeu a mão para Eduardo, convidando-o para a pista de dança. A música suave preenchia o ambiente, criando uma atmosfera acolhedora e festiva. Todos observamos com sorrisos. Dener e Eduardo começaram a dançar no ritmo suave da música, seus passos harmonizando-se como se fossem feitos um para o outro. A delicadeza dos movimentos refletia não apenas a habilidade de ambos, mas também a conexão profunda que compartilhavam.

Enquanto giravam pela pista, a expressão de Eduardo mudava gradualmente. No início, havia uma mistura de surpresa e resistência, mas à medida que a dança prosseguia, um sorriso suave se formava em seus lábios. Dener, com sua gentileza, parecia guiar Eduardo com delicadeza que todoa assobiaram.

Pietro puxou Manuel para a dança, incentivado por Julia, enquanto Giulio e Adele empolgaram Mark, levando-o para a pista também. Arnold se levantou animadamente, agarrando a mão de Thomas, e ambos foram se divertir ao som da música.

— Rosangela, pode olhar a Elsie — pedi, passando a bebê para ela. Em seguida, delicadamente, puxei Miguel, que veio surpreso, mas aceitou minha mão para se juntar à dança.

— Nem esperou eu responder — Rosangela disse atrás da gente.

Miguel riu, revelando uma expressão cheia de alegria, enquanto colocava suas mãos atrás do meu pescoço. Eu, por minha vez, deslizei minhas mãos para sua cintura, sentindo a proximidade reconfortante. Ele permitiu que eu o guiasse nos passos da dança, criando uma harmonia perfeita entre nossos movimentos.

A música envolvente criava uma trilha sonora única para aquele momento especial. Os olhares entre nós trocavam cumplicidade e carinho, e o sorriso constante de Miguel tornava tudo ainda mais especial. A pista de dança tornou-se o palco de uma celebração não apenas do reencontro familiar, mas também do amor compartilhado entre nós dois. O mundo ao nosso redor parecia desaparecer, deixando espaço apenas para a música, os passos coordenados e a alegria que emanava de nossos corações.

Olhei para Miguel, cujos olhos estavam brilhando.

— Já disse o quanto eu te amo — falei.

— Desde que começamos a namorar, você diz isso todos os dias — ele respondeu com uma risadinha. — Alisson, eu também te amo.

— Miguel, você é a minha alma gêmea e me deu uma família e um propósito para continuar — continuei, com um sorriso surgindo em meus lábios. — Foi a luz da minha vida, e tudo que você fez por mim é incrível, trouxe vida ao meu coração.

Memórias Do seu Coração (MPreg) | Livro 1.5 - de amores perdidos e encontradosWhere stories live. Discover now