Memórias Do seu Coração (MPreg) | Livro 1.5 - de amores perdidos e encontrados

Capítulo Vinte e Nove

Alisson Reed:

Acordei com o chorinho de Elsie e levantei da cama. Caminhei até o berço dela e a peguei no colo, percebendo que era hora de começar o dia. Peguei suas coisinhas e fui para o banheiro rapidinho, para que Miguel pudesse dormir um pouco mais. Troquei a fralda dela, e enquanto íamos em direção à cozinha, ela brincava com o botão da minha camisa, enchendo a manhã de risos suaves e ternura.

Pietro estava na cozinha, colocando cereal na tigela e começou a comer em silêncio, concentrado em algum livro da escola. O ambiente estava sereno, e o suave som da colher tocando a tigela misturava-se ao silêncio matinal. Elsie, ainda nos meus braços, observava o irmão com curiosidade, enquanto eu aproveitava o tranquilo começo de dia em família.

— Bom dia — Ele disse, enquanto me via colocando Elsie na cadeirinha.

— Bom dia, está estudando enquanto come — Falei, virando para a geladeira começando a fazer a papinha da bebê e algo para que ela possa comer. — Deveria ser um ou outro, vai acabar derrubando. Digo isso por experiência própria.

— Tenho uma prova na segunda de manhã, a matéria que estou com uma grande dificuldade — Pietro disse, e ouvi quando a colher caiu de volta na tigela e na blusa dele. — Estava distraído conversando no celular e não com o livro.

— Claro que foi isso — Falei, sorrindo divertida.

— Concentre-se, Pietro. Você consegue! — encorajei, enquanto preparava a papinha de Elsie.

Pietro soltou um suspiro e voltou a sua atenção ao livro, tentando ignorar as distrações. Enquanto isso, eu alimentava Elsie, que estava entretida com sua refeição matinal.

— E sobre o que você estava conversando? — perguntei a Pietro.

— Apenas assuntos aleatórios com alguns colegas — respondeu ele, retomando sua tarefa.

Ouvi passos e, em seguida, Miguel surgiu seguido dos gêmeos, que estavam esfregando os olhinhos com delicadeza. Achei fofo como pegaram as manias do pai, esfregando os olhos e inclinando a cabeça enquanto se espreguiçava. A cena era um reflexo encantador das pequenas peculiaridades que são transmitidas de geração para geração.

— Bom dia — Miguel disse e me deu um beijo nos lábios, um beijinho no rosto de Elsie que ficou completamente contente, e beijou a testa de Pietro.

— Papai, quero ovos mexidos — Adele disse enquanto Pietro a ajudava a sentar na cadeira.

— Quero cereal — Giulio disse, sentando ao meu lado.

— Um segundo, já vou fazer — Miguel disse e bocejou. — Alguém quer torrada?

— Não — os gêmeos disseram.

— Já tomei café — Pietro disse, olhando para o livro e depois para o celular, que quase derrubou a colher no chão dessa vez.

— Vou querer uma — falei.

Miguel começou a preparar o café da manhã, mexendo os ovos na frigideira enquanto o aroma delicioso se espalhava pela cozinha. Os gêmeos conversavam animadamente sobre suas atividades do dia, enquanto Pietro tentava se concentrar em seus estudos.

— Miguel, você pode me passar a manteiga? — perguntei, estendendo o braço na direção da geladeira.

— Claro, meu amor — ele respondeu, entregando-me a manteiga com um sorriso.

A manhã continuou com a agitação alegre de uma família reunida. Sentados ao redor da mesa, compartilhamos risadas, histórias e planos para o dia. A energia vibrante dos gêmeos, combinada com a tranquilidade de Elsie no cadeirão, criava um equilíbrio encantador.