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HAYLEY WILLIAMS

EU FINALMENTE ME SENTIA MELHOR, minha cabeça não doía mais e o enjoo já tinha passado

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EU FINALMENTE ME SENTIA MELHOR, minha cabeça não doía mais e o enjoo já tinha passado. Saio de meu quarto e vou para a sala de casa, onde dou de encontro com minha mãe.

Está melhor, querida?

— Estou sim, mãe! — digo animada.

Que bom! Hm, filha eu preciso conversar com você mais tarde... vou esperar seu irmão sair para o reforço da escola e aí te chamo. — sua expressão foi de feliz para séria.

Meu deus o que eu fiz?
A frase "preciso conversar com você" é a mais temida por um jovem que faz merda. Mesmo que não faça merda, todos nós sentimos medo ao ouvir estas quatro palavras.

Engoli sego e assenti, voltando para meu quarto. Decidi tentar não pensar no que eu possa talvez ter feito e comecei a ver minha série favorita: O verão que mudou minha vida.

Depois de algumas horas vendo Tv, ouço batidas na porta, estremeço e grito um "pode entrar".

Oi filha, pode ir na cozinha, por favor?

Lá vem.

Ok.

Ela vai na minha frente, continuo na cama por mais alguns segundos, tomando coragem para conversar. Aposto que é algo sobre faculdade, ela deve estar querendo me fazer aplicar em uma e blá blá blá!

Desço as escadas e vou para lá, dando de encontro com a minha mãe sentada no banquinho da ilha da cozinha, ela indica para que eu sente na sua frente, respiro fundo e engulo seco, a obedeço.

Então... eu estive pensando, filha, — aí meu deus lá vem. — percebi que seu jeito de lidar com a morte de seu pai foi tentando se distrair, com essas festas e baladas — só percebeu agora, sério?

Aham — eu estava super desconfortável, mal podia esperar para dar o fora dali.

E... pensei que você possa mudar o seu tipo de distração, pela sua saúde.

— Ah deixa eu adivinhar, qual faculdade devo me aplicar? — digo, querendo acabar logo com essa conversa.

Na verdade... não. — O que!? — Pensei em duas possibilidades. — fez uma pausa. — A primeira seria algum esporte, algo que não envolva sua perna e a segunda seria... um emprego.

Mãe, não me leva a mal, mas que esporte não usa as pernas? Outra coisa, um emprego? Como isso iria me distrair??? — a contestei.

— T-tem muitos esportes que não se usa as pernas!

— Cita dois. — digo, desafiadora.

Minha mãe tenta pensar em algum mas falha miseravelmente. Realmente, pernas são úteis para caralho.

Mas, e o emprego? Pode trabalhar em um restaurante ou... já sei! O Country Clube! Pode trabalhar de garçonete... — sugeriu.

Respirei fundo, mantendo minhas forças calmas e quietas.
No Country Clube? Para eu ser julgada a cada Moscow mule que eu sirvo? Não, obrigada. — me levanto do banquinho.

Você precisa fazer algo, Hayley! Não quer ir para a faculdade? Ótimo! Mas não vou deixar você ficar aqui mofando e indo encher a cara em um monte de festas, você precisa se mexer! — se exaltou, também se levantando do banco. — Já viu Jeremy? Ele faz tudo, é esforçado, tira notas boas, capitão do time de rugby, me ajuda com tudo, por que não é mais como ele?

— Ah! — ri sem humor. — Óbvio que você ia me comparar com Jere, estava demorando! — ironizei.

Eu estou falando sério, Hayley, você precisa escolher, e vai! — mandou. — Não quero saber, você vai trabalhar e ponto!

— Mas mãe... — eu definitivamente soei como uma adolescente mimada.

Shh! Chega, quero você entregando currículo para o Country Clube até amanhã. — mandou, indo para fora da cozinha.

Dou um suspiro alto. Mas que merda é essa? Deus, eu só queria poder ficar de luto sozinha do meu jeito, é tão difícil?

Subo para meu quarto e fico lá, refletindo com pensamentos raivosos. Se minha mãe me propôs um emprego, da claramente está praticamente gritando para que eu saia de casa logo, ah que merda.

Pensando bem, não seria tão ruim assim sair de casa, finalmente poderia fazer o que eu quisesse, mas, eu também não sei fazer nada de casa. Não sei lavar roupa ou cozinhar, teria que viver de comida congelada!

Talvez seja bom trabalhar, talvez vá me distrair. Mas, bem, no country clube?

Country Clube é um clube dos Kooks, os riquinhos de Outer Banks. Lá só tem gente chata e mimada, as mesmas pessoas que me excluem.

Bem, eu não sou nem Kook nem Pogue, já que moro literalmente na linha entre o Figure 8 e o Cut. Minha mãe não é milionária, muito menos meu pai era, mas ambos cresceram nessa área, entre Kooks e Pogues. Muitos me consideram Kook por andar com Sarah Cameron, já que ela é uma Kook total, mas muitos me consideram Pogue, por ter uma mãe que trabalha em um restaurante, ela trabalha na cozinha.

É uma merda viver entre dois mundos, onde todos acham que podem dizer o que quiser sobre você e que estão certos sobre isso.

Por isso, nunca tive um grupo de amizade fixo de verdade, já estive em vários grupos, com Kooks, com Pogues, com os dois, mas nunca foi pra valer, a única que se manteve foi Sarah e eu sou eternamente grata por ter uma amiga assim, fixa na minha vida.

Por isso, nunca tive um grupo de amizade fixo de verdade, já estive em vários grupos, com Kooks, com Pogues, com os dois, mas nunca foi pra valer, a única que se manteve foi Sarah e eu sou eternamente grata por ter uma amiga assim, fixa na minha vida

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Broken Standards ↠ Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora