A mansão Beaumont e possuía uma grande fonte em seus jardins, as flores decoravam o local,e. proporcionavam ótimas caminhadas ao fim da tarde. Elizabeth gostava de passear todos os dias pelo local, e apesar de gostar da agitação de Londres, sentia falta da casa do campo, as caminhadas eram muito mais livres e despreocupadas lá. A casa Beaumont, ficara muito tempo vazia, uma vez que Phillip acabara morando com os Ellingham depois do falecimento dos pais, o tio o ensinara a etiqueta e as responsabilidades da nobreza.
- Como foi a caminhada? - perguntou Phillip lendo o jornal sentado a mesa enquanto tomava seu costumeira chá da tarde com bolinhos.
- Meio monótona - Elizabeth deu os ombros. - Eu realmente prefiro a casa do campo, apesar de ter passado apenas duas semanas nela.
Phillip sorriu.
- Para dizer a verdade, eu também prefiro, as poucas lembranças boas da minha infância, estão naquela casa. Por que não voltamos para lá?
- Por que eu ainda não tenho minha certeza.
- É claro - disse com um toque de ironia. - a certeza que não sabemos exatamente do que, não podemos esquece-la.
- Você concordou! - disse a moça irritada, colocando as mãos nos quadris e alterando seu tom de voz.
- Concordei com o que, exatamente? - Phillip arqueou a sobrancelha, provocando-a levemente.
- Com o acordo, de morarmos juntos até eu ter minhas "certezas"! - Elizabeth falou com ênfase, frustração evidente em sua expressão.
Phillip suspirou e colocou o jornal de lado.
- Elizabeth, eu não concordei com isso porque concordo com a ideia de você ainda não ter certeza sobre nosso casamento. Concordo porque percebo que você precisa desse tempo, e estou disposto a dar a você. Mas isso não significa que não tenho as minhas próprias necessidades e desejos.
A mulher fechou ainda mais a cara, fazendo surgir uma leve carranca em sua testa.
- Se presava tanto seus desejos Vossa Graça, não deveria ter se casado comigo!
Phillip ficou chocado, ela sabia as circunstâncias e o porquê de terem de casado e ainda assim tinha a coragem de fazer uma declaração daquelas.
- Você é insana Elizabeth! Santo Deus! - e jogou os braços para o alto, na esperança de que os céus pudessem trazer a calma necessária para lidar com a esposa. - Eu não estou pedindo nada demais.
Elizabeth se levantou abruptamente, uma mistura de raiva e mágoa em seus olhos.
- Não está pedindo nada demais? Você quer que eu concorde com um casamento sem saber o que realmente quero da vida! Quer que eu me submeta a viver aqui, nessa mansão fria, sem ter a liberdade de escolher o meu destino! Concordo, meu destino foi arruinado a partir do momento que casamos de forma não planejada. Mas, eu realmente gostaria de saber se quero conviver com você, ou ficar sozinha.
Phillip se levantou também, a expressão séria agora dominando seu rosto.
- E tudo o que nós vivemos? E as noites de paixão que tivemos, não significaram nada? - Phillip passou a mão pelos cabelos suspirando, sua personalidade normalmente calma e serena, havia dado lugar algo novo, explosivo, raivoso, descontrolado. - Não estou pedindo que você abandone seus sonhos, Elizabeth. Estou pedindo uma chance para construirmos algo juntos. Não é isso que um casamento significa?
Elizabeth, atordoada pela intensidade da discussão, mal conseguia processar as palavras de Phillip. Antes que pudesse responder, uma onda de tontura a envolveu, forçando-a a agarrar-se à mesa para se manter de pé.
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O Marquês
रोमांसMais uma temporada se inicia em Londres, para Lady Elizabeth Wentworth isso era sinônimo de mais um ano tentando fugir do casamento. Ela anseia por mais do que os rigores da alta sociedade podem oferecer. Contudo, a chegada de um enigmático marquês...