Capítulo 6 - Nadando com onças

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Olá! Esse vídeo na capa é a fonte de algumas das informações citadas nesse capítulo, então, caso alguém goste e queira assistir, está aí.

Sigam o Tiago no YouTube e no Instagram para mais detalhes sobre esse mundo incrível das onças, caso tenha interesse em aprender sobre esses serzinhos lindos e fofos que eu sairia correndo se visse na minha frente.

Vamos pro capítulo!

***

Camila's POV| Segunda-feira, 2 de Dezembro de 2023, Goiás, Brasil.

Tirando a dor insuportavelmente insuportável no meu tornozelo e o fato de eu não estar acostumada com exercícios físicos - e por esse motivo estar mortinha -, foi divertido ouvir Lauren falar sobre as onças.

Era diferente quando estávamos conversando sobre os animais, as farpas ainda existiam, mas também existia a admiração e o amor que ela tem por esse trabalho que faz. Eu admirava isso nela, sendo bem sincera. Gostava da forma como ela explicava tudo, detalhadamente, sobra as onças. Gostava da forma que se eu não entendia algo, ela me zoava, mas me explicava logo depois.

- Você disse que as onças me atacariam, elas não parecem me odiar. - Apontei, recebendo seu olhar rápido em mim.

- Eu disse que não te levaria pra conhecer o Xavante, é diferente. - Rebateu, voltando seus olhos para as onças e as duas cachorrinhas que guiavam as três.

- E por quê?

- Xavante está aqui há quase quatorze anos, tá acostumado com humanos, mas é diferente. Ele tá acostumado com todos aqui, não é agressivo, nem nada, mas ele tem personalidade forte e também não se sente muito confortável com cheiros fortes e seu perfume é bem forte, então ele estranharia. Da pra sentir de longe sendo humano, imagina sendo uma onça. - Eu vinquei as sobrancelhas, confusa.

- Meu perfume era o problema esse tempo todo?

- Bom, sim. Mas se eu falasse algo você ia achar que era implicância. O que de fato seria, mas mesmo assim...

- Tudo que você faz é implicar comigo, claro que eu acharia! - Me defendi e ela me olhou divertida, até debochada, eu diria.

- Eu implico com você? Você literalmente agiu como se eu fosse roubar sua mala no primeiro dia! - Argumentou naquele tom de voz sarcástico, levemente forçado que não combinava muito com seu timbre baixo e rouco que ela normalmente carregava.

- Acha que eu não vi o jeito que me olhou antes mesmo de se aproximar de nós? Me julgou sem eu nem ter aberto a boca!

- E quando você abriu, só me deu mais motivos pra te julgar, não é?

Eu abri a boca, incrédula. Eu? A culpa era dela! Ficou me encarando a longa distância achando que eu não iria ver e agora a culpa era minha?

- Você é uma idiota! Me julgou primeiro!

- E você fez questão de reforçar meu julgamento. Mimada, patricinha e insuportável. Bem como imaginei. - Disse de forma convencida, como se fosse uma mestre em julgar pessoas mesmo de longe.

- Você não me conhece. - Afirmei e ela parou, se virando de frente pra mim. Eu parei e me virei pra ela, ficando frente a frente.

- Tem razão. Eu não te conheço e pelo o que eu vi, você me parece ser uma pessoa que eu nem faço questão de conhecer. Eu errei em te chamar de fútil e não farei isso de novo, mas é inegável como você nunca faz nada além de reclamar. - Ela só podia estar brincando. Eu passei uma semana alimentando macacos! Uma semana! E ela fala que eu não faço nada? - Você nem mesmo aceita as roupas que minha mãe te oferece, como se fosse alérgica a um tecido que não seja da Prada, Louis Vuitton e sei lá mais quantas marcas milionárias você usa. Atitude de mimada e eu não tenho paciência pra gente assim, então não, eu não te conheço e nem quero, Camila Cabello.

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