Thirty Two

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Me chama de má, pode me odiar
Eu virei vilã, só pra te mostrar
Que esse filme vai começar
Agora eu faço questão de te assustar

Me chama de má, pode me odiarEu virei vilã, só pra te mostrarQue esse filme vai começarAgora eu faço questão de te assustar

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Ali eu estava, na frente de todos, olhando para aqueles papéis. Era verdade, tudo que havia dito era verdade. Tudo que especulamos todos esses meses estavam ali na minha mão como algo concreto. Eu estou mais que chocada, minha cara está no chão. É uma papela gigantesca, nomes, endereços, vendas, lotes, informações, milhões de CNPJs,

— Alex, você sabe que pode morrer por nos entregar isso, não é?

— Sim, eu sei me defender. Mas assumo o risco.

— Te deixaremos em sigilo e sob vigilância de guardas. — Grampeei uma folha na outra do relatório

— Devo dizer obrigado?

— Talvez, talvez eu te devo um obrigado. — Eu olhei para a cópia do ano passado, no mês de maio, ela estava lá. Tinha um endereço de onde ela foi comprada, um bar nas partes violentas de Portugal, eu tinha de ser forte para enfrentar essa etapa. Todos ali ajudaram a digitalizar e enviar a sede do trabalho.

Isso é ouro. Uma comemoração para nós. — disse Josh ao telefone — Savannah acabou de dizer que enviará nossos outros melhores policiais de cada país para pegá-los. A interrogação de Mia fica com vocês.

— Pode deixar. — Bailey falou ao viva voz.

Alex, poderemos falar sobre sua pena em liberdade condicional mais para frente. Agora o foco é trazer todas as meninas ao seus lares.

— Eu entendo. Obrigado.

Obrigado pela colaboração. Para cima, agentes!

— Para cima! — Gritamos.

Então era isso, acabei de ver toda minha trajetória ali passar diante dos meus olhos. Eu nunca imaginei que uma briga me faria estar onde estou. Com essas pessoas. A um passo de desarmar um esquema maior que meus minutos viva.

Estão dispensados. Tenham uma boa noite — e então o desligou.

Suspirei e caminhei para meu quarto. O dia será tão longo amanhã, eu nem tinha tirado a roupa de hoje cedo. Tirei a bota e as meias, abri o zíper do uniforme e o larguei em qualquer canto do quarto, eu tenho outros dois, não me preocupava em lavar de imediato. Fui até o box e senti minha alma ter sua energia de volta com um bom banho. Refrescante, eu diria. Eu me olhei no espelho, me sentia tão bonita nesses tempos. Não conseguia sentir o ódio que sentia ao me ver no reflexo.

Meu braço cheio de tatuagens significativas estava tão bonito, tão florido, tão cheio de memórias… às vezes eu esqueço que tenho marcado no corpo tudo o que um dia desejei.
Eu botei meu pijama e apaguei a luz, me deitei na cama de barriga para cima e me peguei imaginando “E se eu não tivesse ido para aquela festa?”. Estava tão cansada, não tinha dormido direito, tanto que eu apaguei um tempo depois.

Carro De Fuga • Shivley Maliwal (Livro 1)Where stories live. Discover now