Carro De Fuga • Shivley Maliwal (Livro 1)

Thirty Three

Salute to me, I'm your American Queen
And you move to me like I'm a Motown beat
And we rule the kingdom inside my room
'Cause all the boys and their expensive cars
With their Range Rovers and their Jaguars
Never took me quite where you do

(Saudações para mim, eu sou sua rainha americana

E você se move para mim como se eu fosse uma batida da Motown
E nós governamos o reino dentro do meu quarto
Porque todos os garotos e seus carros caros Com seus Range Rovers e seus Jaguares Nunca me levaram completamente do jeito que você faz)

Eu sabia que isso era real, mas não tão imenso.

Me sentei na minha cama depois de horas lá fora. Acontece que o interrogatório levou 2 horas para ser concluído. Com todos os endereços em mãos, decidimos partir em dois dias para a missão. Eu tive um treino, que mostrava o quanto tinha evoluído fisicamente. 
Depois passamos no mercado para comprar mantimentos para a viagem.

Resolvi deixar meu quarto arrumado para quando eu voltar. Antes que eu morresse de cansaço, eu botei todas as roupas jogadas em um canto no cesto de roupa suja, troquei a roupa de cama, organizei a penteadeira, o guarda roupa.

Eu tirei a mala de cima do armário e comecei a arrumar o que precisaria. Uniforme, documento, roupas, necessaire, roupa íntima, shampoo, cremes, coisas de cabelo e pele em geral em uns potinhos. O mínimo já estava bem organizado na bagagem, tinha algumas coisas que levaremos na mala conjunta, provavelmente Sabina deixará pra fazer a dela em cima da hora e tudo bem, nos acostumamos.

Eu não tinha fome, falei que não ia jantar. A verdade é que ir a Portugal me embrulhava o estômago, mais do que ir aos EUA. Não sei se terei condições para ver minha irmã naquele estado. Na verdade, eu tenho que ter. Isso me lembrou do presente que fiquei de comprar, acho que vou dar meu cartão a ela para escolher.o que quiser.

Eu ouvi batidas na porta, estava de costas e mandei entrar. O aroma masculino se instalou no ar quando a porta abriu. Me virei e May veio na minha direção e me abraçou.

— O que houve?

— Preciso dormir contigo. — Sussurrou

— Algum problema?

— Não, eu só… preciso dormir bem hoje. — Ah, como não perder a postura de durona com alguém assim?

— Trás seu travesseiro para cá. Você sempre é bem vindo aqui.

— Eu queria te mostrar algo também. Preciso da opinião sincera de alguém.

— Hmm, então vá buscar que eu sou curiosa. — Eu o vi sair.

Instantes depois ele adentrou no cômodo com a almofada, um papel e canetas em mãos.

— Eu criei um poema. Quero saber o que acha. Não sou muito bom com essas coisas, mas acho que é legal pra desabafar. É pra alguém especial. — Ele pediu para que eu sentasse ao seu lado.