Capítulo 9

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CARSON

— Nós falamos, filho. Nós falamos com eles e agora vamos ver qual é a resposta. — minha mãe explica, sentada na cadeira, enquanto olha uma revista.

Me sento no outro sofá e esfrego a mão no rosto.

— Só espero que a América me dê uma chance, porque eu não me vejo com a irmã dela e gostaria muito de fazer essa união entre a família Blake e a família Thompson.

— Não entendo qual é o problema, Carson. A Chicago já estava de acordo com essa ideia toda, por isso as coisas estavam sendo possíveis. Eu duvido muito que a América vai concordar com isso. Ela não parece ser do tipo de garota que se deixa influenciar pelas ideias da família ou sei lá, por um casamento arranjado. Não parece uma coisa que combina muito bem com ela. Pelo que eu percebi, ela gosta muito das coisas naturais.

— Eu posso fazer isso naturalmente também se ela disser que não. Eu posso correr atrás, mas eu não vou me casar com a irmã dela. Eu não me identifiquei com ela. Não sinto que nós podemos construir uma família, se apaixonar. Eu já me relacionei com mulheres como ela, já fiquei com muitas mulheres como ela. As minhas duas namoradas do passado foram como ela. Eu não quero, porque eu sei que não dá certo. Já América tem tudo que uma pessoa que quer construir uma família precisa. Talvez ela não queira construir uma família no momento, mas ela disse que queria ter filhos se casasse. — recordo.

— Ela não falou que queria ter filhos agora. Ela mal acabou a faculdade, ainda nem se formou. Não sei se ela vai concordar em interromper a sua vida de liberdade para se casar e construir uma família. Não sendo uma pessoa negativa, Carson, mas essa é a realidade. Nós temos que esperar que ela também possa ter a mesma reação que você teve diante da Chicago. Não sabemos se ela sentiu a mesma coisa que você sentiu. É complicado... — minha mãe balança a cabeça confusa.

— Eu sei, mas se ela falar que não, eu vou correr atrás. Nós deixamos essa coisa de casamento arranjado de lado, pelo menos nós conhecemos a família, se acontecer tudo naturalmente, vai ser ótimo.

— Vamos esperar a resposta. Eu só espero que a Chicago tenha uma boa recepção com essa notícia, porque não é legal ser rejeitada.

— Eu não estou rejeitando, mãe. Eu só tô falando que não aconteceu da forma que eu queria. Nós não fomos lá para pedir alguém em casamento. Foi só para se conhecer, não foi? Não significava que de qualquer forma teria que pedi-la em casamento, só significava que eu iria conhecê-la e vice-versa, e se nos déssemos bem, um casamento poderia acontecer, porque não é um casamento forçado onde os dois tem que se casar de qualquer forma. Nós estamos tentando fazer a união entre duas famílias com um casamento bom e para isso é preciso que essas pessoas se deem bem. Eu poderia me dar bem com ela. Só não sei de que forma. Como uma conhecida talvez, porque como amiga... — analiso. — A Sue é muito diferente dela. Como esposa eu prefiro uma pessoa que tem os mesmos pensamentos que eu sobre o assunto.

— Você mal conhece a América. Por que acha isso?

— Porque eu mal conheço a Chicago e já vi as duas juntas falando sobre os mesmos assuntos com pontos de vista totalmente diferentes. Entende? Mesmo com pouca conversa eu percebi que não me identificava com a Chicago e também com pouca conversa eu percebi que me identificava mais com a América. É simples assim e no próximo jantar nós iremos ver isso de novo.

— Eu não sei se eles vão aceitar vir para jantar depois dessa história. O pai delas não gostou muito dessa ideia não.

— E o que eu posso fazer, mãe?

Me sinto de mãos atadas, mas não vou contra as minhas ideias.

— Vamos esperar a resposta deles. Vamos ver o que vai acontecer então. Qual decisão vão tomar.

A ESPOSA SUBSTITUTA [COMPLETA]Where stories live. Discover now