Capítulo 45

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CARSON

Acordo no hospital.

O susto e a queda de pressão me fizeram desmaiar, mas acordei no momento em que estava sendo atendido.

Passei por uma cirurgia e estou recuperando.

Eu lembro bem do que aconteceu e só quero saber se a América está bem.

A última coisa que me lembro antes de desmaiar foi que América saiu correndo e Chicago foi atrás. Espero que ela tenha conseguido ajuda e que sua irmã não tenha a machucado mais.

Estou preocupado com ela e com o nosso filho.

Depois da cirurgia, um por um dos meus familiares entram para me visitar. O privilégio de um hospital particular.

A minha mãe chora ao me ver.

— Quando te vi desmaiado, tive muito medo de me perder.

— Mãe, eu não vi nada disso. Juro. Eu não sei como vim parar aqui. As coisas ainda estão confusas. Cadê a América? Ela está bem?

— América está lá fora com a Sue, seu irmão e o Dante. Ela está bem.

— E...

— E ela já contou do bebê. Eu já sei que serei avó. — ela diz sorridente.

Eu imaginei que num sufoco desses não teria como esconder algo tão importante. Se acontecesse algo com a América, eles teriam que saber que ela estava grávida.

— Pois é. — me ajeitei na maca orgulhoso. — Serei pai.

Ela está com um sorriso cheio de dentes.

— Foi a melhor notícia que tivemos hoje, Carson.

— Mãe, eu quero vê-la. — apoio a minha mão em cima da mão dela.

— Sim, sim. — ela sacode a cabeça. — Vou chamá-la. Que bom que você está bem. — ela acaricia a minha mão.

— Eu também estou aliviado que tudo passou. Por um momento pensei que não sobreviveria àquele golpe.

Estou com um curativo no local do machucado, que devido a cirurgia se tornou um pouco maior, mas o importante é que está tudo bem comigo e vou me recuperar das feridas.

A minha mãe sai e a América entrar.

Quando ouço sua voz já fiquei feliz. Quero saltar da maca para abraçá-la, mas o médico pediu repouso para o sangramento não voltar.

— Carson! — ela vem eufórica, de braços abertos até mim e me abraçou forte. — Eu senti tanto medo. — chora em meu ombro.

— Eu também senti. — a abraço forte e sinto o calor do seu corpo. — Tive medo de te perder.

— Eu senti o mesmo por você. Nunca imaginei que iríamos passar por um terror desses. — ela senta na beirada da maca e seguro a sua mão.

Ela tem com um curativo no braço e também acima do decote dos peitos.

— O que aconteceu quando eu desmaiei?

— Eu corri. A minha mãe apareceu. Eu saí de lá e fui para a igreja, onde encontrei o meu pai e ela apareceu ainda segurando a tesoura, mas quando foi atravessar a rua foi atropelada.

— Ela morreu?

Sinto num misto de alívio e também horror.

— Não. Ela só se ralou. Você acredita?!

— Sério?

Puta merda!

— Sim! Você teve que passar por uma cirurgia e aquela desgraçada foi atropelada e só teve arranhões!

— Se acalme. — esfrego seu braço. — Lembre-se do nosso bebê.

— É muito difícil manter a calma nessas horas.

— Eu sei. É inacreditável o que passamos. Parece coisa de filme de terror.

— Culpa de quem? Meus pais deixaram ela na casa do lago como se ela não fosse vir até aqui fazer isso. Quem cairia numa história dessas, Carson? Eu acho que os meus pais simplesmente se importam mais com ela do que comigo.

— Seja lá o que eles pensam, para mim e para a minha família você é importante.

Ela seca abaixo do olho.

— Eu disse aos meus pais que se você... Se acontecesse algo pior com você, eu mataria ela. Carson, eu tenho certeza de que ela não tem um pingo de arrependimento do que fez e que ela faria de novo e de novo.

— Isso com certeza, mas não vamos pensar no pior. Eu não aguentaria te perder de nenhuma forma.

Ela suspira e sorri, depois se debruça sobre a maca, com cuidado por conta do meu curativo, e traz seu rosto para perto do meu.

— Você está uma noiva péssima. — sussurro e ela ri.

Sua maquiagem está um desastre. Toda borrada debaixo dos olhos.

— É a nova moda de maquiagem para casamento.

— Então eu ainda tenho a oportunidade de desistir. — brinco. — O que aconteceu com a nossa cerimônia e festa?

— Tudo foi desmarcado. — ela apertou os lábios em minha reta.

— O importante é que estávamos vivos e relativamente bem. Podemos fazer um casamento outro dia. De qualquer forma, já estamos casados. — seguro o dedo onde ela carrega a aliança do casamento que fizemos no civil.

— Sim. Isso é verdade.

— A minha mãe já sabe do nosso bebê... — comento sorrindo.

— Sim. Os supostos padrinhos revelaram. Mas como eles falaram, neste momento não tem como ficar escondendo essas coisas.

— Pelo menos trouxe um pouco de alegria em meio a essa confusão, não foi?

— Sim. A sua mãe está super contente com a novidade. — ela conta sorridente. — Disse que não suspeitou hora nenhuma.

— Convenhamos, nós fomos muito bons em deixar isso em segredo.

— Isso é verdade. Agora que a Chicago será encaminhada para o tratamento, o nosso bebê vai nascer longe de problemas e se depender de mim ele nem vai saber que tem essa tia. — ela passa a mão na barriga.

— Nós vamos cuidar para viver longe disso. — seguro suas mãos, as acariciando. — É muito bom te ver bem.

— Eu também estou sentindo o mesmo por te ver. Passamos um sufoco daqueles desde que te trouxemos para cá. Tudo isso dá medo, mas em breve vamos para casa.

— Eu te amo tanto. — acaricio seu rosto lindo.

Ela é bonita até com a cara toda borrada de maquiagem.

— Eu também te amo demais, Carson. Como nunca imaginei. — ela deita em meu peito e eu a abraço.

A ESPOSA SUBSTITUTA [COMPLETA]Where stories live. Discover now