Capítulo 49

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Meses depois...

CARSON

América entrou em trabalho de parto e estou roendo as unhas.

Quem entrou com ela foi a minha mãe, porque eu não tenho sanidade para ver isso e a mãe dela está surtando. Nenhum de nós poderia acompanhá-la.

É parto cesário e sabemos que pode ser mais rápido, mas a agonia é tanta que eu mal tenho paciência pra esperar.

Fico de braços cruzados, andando de um lado para o outro, aguardando a notícia de que meu bebê nasceu e está bem e a América também.

A cirurgia já começou e o meu telefone não para de alertar para as notificações.

Os avós, tio, padrinhos... Todo mundo quer saber da Marina e da América. Todo mundo quer ver a cara da moleca.

Eu nem mexo no celular. Prefiro ficar só na pilha da espera mesmo. Se for  conversar com mais alguém, eu ficarei pior.

Não sei porque nasci tão ansioso. Tento controlar e não consigo. Não tem jeito.

Esses últimos meses foram maravilhosos. Nós curtimos de verdade a gravidez dela, mas nos últimos meses ela ficou com muitas dores, os pés inchados e mais chorona do que nunca.

A América disse que não teria forças para um parto vaginal, por isso optamos por esse outro método.

Eu também nem quero pensar numa situação dessas.

Sei que parece escroto e machista, mas ainda bem que não nasci mulher. Eu não aguentaria essa parte. Parir? Meu Deus! Não!

Depois de algum tempo esperando, ouvimos o choro de Marina.

Abraço o meu pai e a minha sogra, emocionado. Estamos em lágrimas.

Eu sou um homem completo.

Tenho uma esposa maravilhosa, a qual eu cuido muito bem e dou muito amor, e ainda fui capaz de fazer uma garotinha. Fui capaz de possibilitar a América de trazer mais vida ao mundo!

Marina já é uma das coisas que mais amo na vida.

E seu choro é estridente.

Ela nasceu revoltada.

Depois de tanto gritar, o choro cessa e esperamos mais um tempo até poder saber direito se está tudo bem.

A minha mãe aparece e nos mostra a foto da bebê. Me emociono tanto que mal consigo olhar direito. Tão fofa, pequena.

Minha filha.

Os médicos tiram a América de dentro da sala de cirurgia e eu seguro a sua mão.

— Você viu a nossa Marina? — ela pergunta sorrindo.

— Vi sim.

— Tem os seus olhos.

— Eu te amo tanto!

Estou muito orgulhoso dela!

Ela sussurra que me ama.

— Quando podemos visitá-la? — pergunto para a enfermeira.

— Daqui a pouco. Só vamos colocá-la no leito e deixar tudo arrumado.

— E a minha filha?

— Já está no berçário. No fim do corredor.

— Tá bom. — volto para perto da família sorrindo. — Marina está no berçário.

Vamos para o fim do corredor.

A ESPOSA SUBSTITUTA [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora