A ESPOSA SUBSTITUTA [COMPLETA]

Capítulo 33

Três semanas depois...

AMÉRICA

Faz pouco mais de um mês que eu e o Carson estamos namorando.

Nesse mês aconteceu muita coisa entre nós. Coisas boas. Eu sinto como se tivesse algo que eu precisava, mas que não tinha noção dessa necessidade.

Carson me completa. Temos as nossas diferenças, mas nos parecemos muito também. Ambos gostamos das mesmas coisas e isso torna os momentos a dois bem mais confortáveis. Conseguimos tomar as decisões rapidamente e concordamos facilmente com a ideia um do outro.

Eu sempre achei que um namoro iria me prender e não tinha tanto desejo de experimentar isso.

Claro que vez ou outra batia aquela vontade de ter alguém do lado para dar carinho e dizer que gosta de mim.

É muito bom saber que tem alguém que gosta de mim mesmo com os meus defeitos e que não pede nada em troca.

Eu não vou dizer que já nos amamos. Ainda nem usamos essa palavra. Mas o sentimento existe. Estamos muito apaixonados, eu sinto mais do que isso. Eu quero vê-lo bem, me preocupo com ele em todos os sentidos e essa coisa não é paixão. É um sentimento maior.

O sentimento de não querer perder aquela pessoa e querer vê-la bem, saudável e feliz.

Ele também plantou a ideia do casamento e eu disse que iria pensar, pois bem, tenho pensando nessas coisas toda vez que fico pensando em como ele está.

Eu não gosto de ser uma namorada pegajosa, que fica o tempo todo ligando para saber o que o outro está fazendo.

Eu sei dos seus compromissos e jamais vou atrapalhar isso, mas eu queria fazer mais parte da sua vida. Ficar mais próximo dele.

Mesmo não concordando com a ideia de um casamento como o que ele iria fazer com a minha irmã, não seria nada mal ficarmos mais próximos.

Eu também vejo o quanto ele se preocupa comigo. Ele e a família dele. Sempre estão ligando para saber como eu estou. Eles têm medo da minha irmã fazer alguma coisa comigo, estão se tornando uma segunda família para mim.

Me sinto bem acolhida entre eles.

Já em casa, a Chicago não aprontou mais nada.

Nossos pais estão a tratando a sangue frio depois da vergonha que ela nos fez passar.

Mas foi até bom ela ter feito isso, pois a destruição que causou no meu quarto não foi o suficiente para nossos pais enxergarem que essa garota tem problemas.

Em contrapartida, depois que ela procurou a senhora Blake e eu contei para eles, sua atitude mudou. Agora eles enxergam o que já cansei de repetir.

Temos uma maluca em casa.

A simples atitude de puxar os meus cabelos diante de todos na mesa do café da manhã já deveria ser motivo para pensar que ela não é normal.

Outro bom motivo é não aceitar a realidade.

Mas os meus pais só acreditam quando o estrago é bem maior do que isso.

Estranhamente, na última semana ela tem agido como se quisesse se redimir comigo. Isso já faz uns dois dias.

Ela sorri e fala manso.

Confio? Jamais.

Eu nunca vi a minha irmã pedindo desculpas reais por algo que ela fez. Ela se acha a pessoa mais certa do mundo.

Ela nunca está errada.

Nossos pais estão inaugurando uma nova filial em outro estado e viajaram para lá. Me deixaram com o perigo, no entanto, eu já descartei a sua companhia quando liguei para o Dante e o convidei para passar o dia aqui em casa.