Capítulo 39

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CARSON

O jantar de noivado foi totalmente arruinado pelo que fizeram com a América.

Enviaram uma caixa cheia de aranhas por uma transportadora, entregaram nas mãos dela e quando ela abriu, teve um ataque de pânico.

Ela morre de medo de aranhas.

Eu não sabia o que ela tinha esse medo, mas acredito que qualquer pessoa que recebesse uma caixa cheia de aranhas também ficaria do mesmo jeito que ela. Totalmente apavorada.

Então eu tive que levá-la ao médico. Ela está grávida, temos que ver se está tudo bem com o bebê.

Quando chego na casa dos Thompson, encontro a maior confusão.

Abraço América e ela chora no meu ombro.

— Vamos ao médico. Ok?

Ela sacode a cabeça encostada em mim.

— Ela ficará bem. — a senhora Thompson diz.

— Mesmo assim, é melhor ela ver um médico. Eu cuido disso.

No carro, América ainda está nervosa.

— Eu tenho certeza, que foi a Chicago quem fez isso. Ela viajou para se livrar da culpa, arranjou o seu álibi e mandou esse presente. Ela deve ter pagado para alguém se fingir de entregador. A minha irmã é capaz de tudo.

— Com certeza foi ela. — eu concordo. — Você não tem inimizade com mais ninguém. A sua irmã é uma louca. Como ela teve coragem de fazer isso com você?! Será que ela sabe que você está grávida?

— Eu não sei. Eu tenho passado muito mal esses dias com enjôos. Acho que não é difícil desconfiar, sendo que eu estou prestes a me casar num relacionamento curto. Ela deve imaginar que pode ser isso e tentou me matar e matar o nosso filho.

Soco o volante do carro com o sangue fervendo.

— A sua irmã já passou do tempo de ser internada, América! Nós temos que fazer alguma coisa para tirá-la da nossa vida. Daqui a pouco quem sabe o que ela vai aprontar contra a gente?! Os seus pais têm que tomar alguma providência senão nós mesmos faremos alguma coisa.

Eles se fingem de cegos. Nenhuma atrocidade da Chicago é levada a sério!

— Por isso que eu penso que saindo de casa a minha vida pode melhorar. Os meus pais sempre estão passando pano para Chicago. Ela disse que queria que eu morresse quando a nossa mãe foi falar pra ela sobre o jantar de noivado.

Louca!

Completamente louca!

— Acho melhor você ficar lá em casa até o casamento. Eu não quero que aconteça nada com você nem com nosso filho e ela está decidida a isso.

— Eu também não quero que aconteça nada, mas não queria estar morando com você antes do casamento. Já basta aquela outra semana. Então será sempre assim? Eu fugindo de casa quando a louca aprontar e indo parar na sua casa?

— Por mais que ela apanhe, nunca vai mudar. Ela sabe que você está grávida. Por que ela iria te dar um susto desses sem saber que você poderia perder algo?

— Concordo. Ela sempre está no quarto quando eu estou passando mal. E ela já foi capaz de nos envenenar, imagina tentar matar uma criança? Ela está no nível mais alto da loucura.

— Você vai ficar lá em casa. Já está decidido.

Eu mesmo decidi.

Estou com tanta raiva daquela maluca!

Meu corpo está tenso.

— Não vai ficar mais à mercê da maldade da Chicago. Não. Eu não vou deixar isso acontecer. Já ficamos alguns dias juntos, já somos adultos e não devemos satisfação para ninguém. Pagamos as nossas contas. Você vai para a minha casa. Depois desse susto, você vai pegar as suas coisas e vou levar para minha casa.

Ela fica calada. Sabe que eu estou certo.

Se não for desse jeito, é capaz da Chicago matar a América antes de nos casarmos!

Quando chegamos na clínica, explicamos a situação e ele a examina.

— Está tudo bem com o bebê, mas é bom evitar essas situações. Você ainda está no primeiro trimestre e as chances de perder são mais altas.

Acredito que não foi só eu quem ficou preocupado com esse aviso.

Perder nosso filho? Não. Jamais!

Voltamos para a casa dela encontramos seus pais aflitos, ainda preocupados com as aranhas.

O jantar ficou de lado.

Eles já chamaram alguém que cuidou das aranhas, mas a senhora Thompson tem medo que alguma delas esteja escondida pela casa.

— Eu não vou dormir aqui. Vamos chamar a equipe de dedetização.

O marido dela concorda.

— A América também não pode ficar aqui. — a minha voz sai mais forte que de costume. — Eu não sei se já é a terceira ou quarta vez que Chicago faz algum mal para a América. Ela não vai ficar mais aqui. Nem deveria ter voltado para cá. A Chicago sempre está aprontando!

— Acho que vocês só vão entender que ela é uma louca quando eu estiver morta. — a América diz chateada.

A mãe dela começa a chorar.

— Não diga isso, minha filha. Nós tentamos de tudo para fazer essa família voltar ao normal. É isso que estamos fazendo. Não querendo ver nossas filhas vivendo em hospícios, presas em outros lugares. Queremos ver todo mundo bem. Por isso que estamos tentando todas as alternativas. Entende?

— Você sabe muito bem que ela não vai querer mudar. Ela quer que eu morra. Talvez sejam vocês que estão tomando os calmante dela, por isso achando que vai ficar tudo bem. Essa menina precisa de uma coisa muito maior do que isso. Uma camisa de força talvez resolva.

Eu concordo com tudo e essa situação não deveria estar acontecendo mais uma vez.

América vai buscar suas coisas a mãe dela continua a chorar.

— Eu não esperava que Chicago faria uma coisa dessa.

Claro. Eles nunca esperam. Confiam tanto nela!

— Vamos colocá-la para morar na casa do lago por um tempo. Pelo menos até a América e você se casarem e esse assunto acabar. Em outra cidade ela poderá refletir e esquecer essa história toda. Nós acreditamos que Chicago pode voltar a ser a garota que sempre foi. O problema é que no momento ela está muito envolvida com essa história toda é simplesmente está fora de si.

Eles nunca vão tomar uma decisão boa. Ficam sempre procurando uma alternativa mais simples, quando simplesmente precisam de uma alternativa eficaz.

— Se a Chicago procurar a América mais alguma vez para fazer algum mal, eu mesmo vou tomar mais providências. — dou o meu último aviso.

A ESPOSA SUBSTITUTA [COMPLETA]Where stories live. Discover now