CAPÍTULO XI: Brilhantes Estrelas

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Contemplando a cena, uma genuína gargalhada, disparando tiros para os ares como belos confetes. A minha carnificina reinaria a América! Êxtase dominava todo o meu corpo. Silhuetas de toda criatura, destruindo uns aos outros loucamente. Se quer uma gota do sangue de Mülller, como se jamais houvesse estado lá. Na noite anterior, tive a majestosa visão de seu corpo quase sem vida sendo desesperadamente levado para algum hospital. Sempre foi uma bonequinha enferma de porcelana, que morreria cedo ou tarde, com ou sem minha interferência. Senti seu coração parar e contemplei seu desabar sobre a própria poça de sangue. Agora... Já deveria estar morto. Me confortava não encontra-lo na arena. Elétrico, disparava minhas balas para todos os lados. Desta vez, trazia comigo duas armas para o jogo. Não por necessidade, era apenas... Êxtase.

Pombinha vermelha, consegue me ouvir?

Perguntou Cardan, pelo microfone invisível implantado em cada um. Estava em algum local distante, em sua própria batalha, mas sempre conseguindo um momento para importunar-me. Jake achou que seria uma boa idéia usa-los naquele dia.

Pombinha vermelha?

Preferiria simular um curto circuito a ser reconhecido por tal título. Minha dignidade não vale de nada? Eu não preciso me envolver em seus joguinhos patéticos... Respirei profundamente, afastando-me dos civis.

- Sim... Batman de Calcinha.

Eu lavaria minha boca com ácido.

Vai lutar com a Medusa!

Levar suas palavras a sério seria estupidez. Já poderíamos ser considerados adultos, mas nunca abandonou os cinco anos de idade.

- Quê?

Questionei, indiferente, socando e desviando dos maníacos de sempre. A polícia militar. Três atiravam de diferentes ângulos em meu único corpo, um estava girando em meu braço. Havia um quinto enterrado no solo. Estou começando a acreditar que sou realmente especial para os tiras.

Acredito que o senhor Aaron esteja se referindo a Christine Martin. Ou como amigos a chamam, Víbora. É conhecida por sua influência política e seus olhos mortais. Aparentemente, se ativados seus poderes, quem olha em seus olhos recebe morte súbita. É melhor não se envolver com ela, senhor.

- E quem é esse aí?

Um velho caduco querendo me ensinar? Era o que faltava... Estávamos falando de um mafioso? Um pedagogo? Vindo daquela porra, só se espera o pior.

É o Alfred!!

Não se assustem. É patético, e pra caralho, mas é o que sou forçado a suportar desde a infância. Provavelmente, selecionou o primeiro estúpido que encontrou para cooperar em sua brincadeirinha de Batman. Cardan sempre levava suas brincadeiras a sério até demais.

- Tá de brincadeira...

Tombei minha testa contra a parede, constrangido por ainda conviver com aquele quadrúpede chupa-sangue. Ignorando sua existência, retirei a arma de um dos policiais, lançando o que girava para o teto. Calibre trinta e oito... Nada mal. O mundo é muito capitalista! Economizar é fundamental. Não ensinam isto nas escolas, então aqui vai: Como matar, de maneira simples, rápida e sustentável. Primeiro, enfileire cuidadosamente as vítimas. Certifique-se de formar uma linha reta. Depois, paralise-as. Em seguida, na máxima velocidade, pressione seu dedo contra o gatilho e... Voilà! Três policiais com neurônios esfolados jogados aos seus pés!

- Foi muito divertido, chefe! Manda os detentos na próxima!

Saudei o capitão, sorrindo amigavelmente, saltando para o outro lado da arena. As batalhas com os tiras são inegavelmente encantadoras. Um clássico nunca perde sua essência. Mas estávamos nos anos oitenta, a revolução e a carnificina. Além disto... Sempre sonhei em quebrar a cara da Medusa.

Between Sex and BloodWhere stories live. Discover now