CAPÍTULO XIV: Fase II - Infiltração.

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Tarde de primavera, Queens. Eu florescia como uma linda rosa, vermelho escarlate, sangue pulsante. Domingo de descanso e felicidade. O momento para agir como desempregado. Crianças apostavam corrida sobre suas bicicletas e alguns velhotes bêbados se reuniam como um esplendoroso time de velhotes bêbados. Eu estou na linha tênue e tudo se torna mais confuso aqui. Guia da adolescência nos anos oitenta. Primeiro, você pode se matar na infância. Assim não terá uma adolescência e não serão necessárias preocupações. Em particular, eu jogo. Jogos de tabuleiro, videogames, basquete ou apostas... É o melhor que há. A televisão limitava-se a Oprah e filmes genéricos. Raramente um programa interessante. Em uma noite chuvosa e relaxante, alugue filmes e assista em casa. Alguns recentes cartazes eram "O Exterminador do Futuro", "Karatê Kid" e "A Hora do Pesadelo". Eu adorei Freddy Krueger. Ou se você reter sêmen em vez de neurônios, a melhor sugestão é assistir lindas garotinhas posando eroticamente. Veja nosso pequeno exemplar, que sempre carrega consigo, como item fundamental, ao menos uma revista Playboy. Se você for uma garota, ou quiser ser uma, pode sair com as amiguinhas para o shopping e comprar vestidinhos. Eu realmente não tenho idéia alguma do que há em um shopping, então poupemos mais informações. Se você for solitária, ainda vá. Este não é prático ao resto do mundo, mas se morar em Nova Iorque, tente observar a liberdade algumas vezes. Tenho quase certeza que já recebi uma piscadela. Estas são apenas algumas instruções práticas de sobrevivência adolescente, contra a monotonia. Se descobrir melhores, posso traze-las à tona.

- Meninos! É pra vocês!

Holly berrou, na ponta dos pés, para ver bem o que se escondia por trás dos portões.

- Não dá. Estamos jogando Donkey Kong.

Como eu ia dizendo, videogames. Donkey Kong era uma sensação na época. Excluindo nossa carnificina, Car e eu costumávamos passar horas e horas jogando. Era idiota, e incrível. Nas semanas seguintes, estaríamos em uma carnificina completa e se quer sabíamos quem sairia vivo ou não. Pensando assim, Donkey Kong é o paraíso.

- Ele é péssimo.

Cardan acusou, tentando acender um cigarro apenas com sua boca. Meus placares permaneciam maiores.

- Melhor que você.

Alucinado em meus pensamentos, mal pude perceber o que realmente acontecia ao meu redor. O que não é uma experiência rara. Quando, finalmente, dei por mim, Lawrence aparecia... Mais uma vez. Infelizmente, graças a Passione, precisávamos de algum lugar para ficar, lugar no qual somente teria acesso envolvendo-me em seus joguinhos, mas não esperava que fosse tão cedo. O que aquele desgraçado queria agora? Realmente levou a sério sua aliança? Tsk... Que merda... Não éramos seus. Não mais. Eu deveria ter me matado quando tive a chance.

- Ohayo, oji-san! 魚のフライを食べたり、小さな女の子とセックスしたり。

Japonês é hilário.... Eu realmente adoro as palavras asiáticas. São como... Um bebê em aprendizado de fala prestes a conjurar entidades. Os pronomes? Deploráveis. Acho que esta é a única parte divertida daquele desgraçado. Minha vida já estava terrível o bastante para suportar aquele cafetão maluco.

- Sua pronuncia se tornou ainda pior... Mas não importa agora.

Acendeu seus charutos, tapeando meu ombro. De imediato, retirei suas mãos de mim, afastando-me ao máximo que pude.

- Okami e Aaron. Cardan e Griffith. A grande dupla mortífera.

Holly e Jake se entre-olharam, encarando-nos logo em seguida. Seus semblantes confusos e curiosos. Realmente, os dois não sabiam basicamente nada sobre tudo o que passamos lá... Foi uma era insana demais para o mundo.

- "Griffith" era como chamavam ele antigamente. Significa...

Tapeei sua cabeça, olhando em seus olhos. As vezes esquecia-me do fato de Cardan entender o idioma. Era um completo idiota... Tudo aquilo era patético demais para ser divulgado.

Between Sex and BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora