CAPÍTULO XIX: O Nascimento de um Monstro.

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- Oka... Ethan? E...

E neste momento, cada átomo em mim congelou-se. A mulher em minha frente... Pfff... Hilário! Eu só queria rir, como um louco, gargalhar! Era... Hilário! Meu coração desejava fugir de meu peito, porém eu, só conseguia pensar no quão hilária toda aquela merda era. Mas, hah, eu acho que devo algumas explicações, não devo? Têm razão.... Pela primeira vez, meus doces ouvintes, serei completamente verdadeiro. Não haverão mentiras e distrações. Atentem-se e preparem-se para o mais doce e romântico conto de fadas. É.... Definitivamente um conto de fadas.

Era uma vez... A humanidade.

Humanos... O que define "humanos"?

Eu não sou humano....

Mas eu gostaria de ser.

Doze de agosto de mil novecentos e sessenta e seis, o nascimento de um monstro. Do monstro. Como popularmente retratado em contos de fadas, um ser amaldiçoado... De uma vagina que jamais conheceremos, saía. Se for fã da Disney sabe que poupam figuras maternas às princesas. Jamais alertaram este garoto... Tenho a certeza de que enforcaria-se com seu cordão umbilical se soubesse. Se soubesse que viveria a sua vida.

Aos três meses completar, eu mal sei o que houve... Recorda-se de gritos e uma enorme poça de sangue explodindo sobre todo o cenário. Papai... Assassinou mamãe. Lúcifer, Satan, seu pai. Neste dia, o gatilho da sua vida.

Como no livro "Rapunzel", que, francamente, nunca recebeu uma digna atenção da Disney, uma torre. Uma torre... Especial.

Vivendo como um inocente cientista americano, o genial Lucius Clifford jamais desejou herdeiros. Todavia, uma mulher deformou eternamente sua vida. Um bebê, um maldito feto que, fora de seu conhecimento, nasceu. Eu adoraria narrar isto corretamente como um grande livro, mas eu não fui capaz de descobrir suas razões... Entretanto, ao descobrir seu amaldiçoado primogênito, a brilhante conclusão: Criaria aquele menino. Não. Não criaria um menino! Criaria uma arma! A arma! Uma arma invencível... Uma imparável máquina mortífera.

Seu nome era... Absolutamente nenhum. Máquinas não vivem, não necessitam ser nomeadas. E não seriam.

Mas alguns o chamam... 'Clifford Okami'.

Desde o início, cada gota de sangue derramada, cada apelo por misericórdia, cada bala disparada... Em um menino que aprenderia a caminhar e comunicar-se. Cada lâmina cravada, cada osso quebrado, cada hematoma. Não importava o quanto implorasse, não iria parar. Não cessaria suas torturas. E estava tudo bem! Máquinas não sentem dor! Como uma eficiente máquina, seria programado a exercer sua função e, impecavelmente, a cumpriria. Matar. Matar tudo o que vivesse. Mas a máquina não o obedecia! A máquina não queria funcionar e obedecer seu inventor! E quanto a máquina não funciona... Respondam! Respondam! Qual é o seu destino?

- So... Corro...

Destruição. A cada momento que o pequeno brinquedo tornava-se inútil, tornava-se também indigno de sua existência. E devo confessar que não estive cada segundo da minha vida habitando a América ou o Império Infernal. Certa vez, fui enviado ao Alaska. Um garoto de três anos congelaria e morreria. Mas não o herdeiro de Satan, que, com seu fantástico poder de fogo, queimou-se até acreditarem ser o momento para a retirada.

Esfaqueado, envenenado, baleado, sufocado, queimado, congelado, espancado, esquartejado... Não há técnica dolorosa o bastante que a mim nunca fora proporcionada. Todas às vezes que aproximava-me da morte, por seus médicos, regenerado. E torturado mais uma vez, até que, novamente, estivesse a beira da morte. Infinitamente... Minhas refeições? Urina, fezes, cadáveres. Minha máquina composta por cem longas lâminas. Pareço forte, não pareço? Aos três anos de idade, contra ursos e leões duelava, e todos derrotava. Eu não desejava duelos, somente um pai. Somente sentir que era seu filho e que havia algum resquício de amor incrivelmente escondido....

Between Sex and Bloodحيث تعيش القصص. اكتشف الآن