Semanas antes da Tokyo Manji VS Valhalla acontecer, Takemichi descobre a existência de uma pessoa misteriosa que começa a afetar todas as linhas temporais. O problema mesmo começa quando ele descobre se tratar de uma garota que parece ter ligação co...
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Não andamos muito até chegar num prédio, não sabia que Chifuyu e Baji dividiam o mesmo edifício. Queria eu ser vizinha do meu melhor amigo.
Chifuyu tocou a campainha e quando vimos a maçaneta girar lentamente, ele me empurrou pra frente e se escondeu atrás da porta.
- Tá fazendo o que aí, Chifuyu?
- Eu tenho medo da tia Ryoko, pode se virar sozinha
Filho da puta.
Uma mulher morena de cabelos longos e grossos atendeu a porta. Sempre ouvi que a mãe de Baji é uma deusa grega, agora vendo suas olheiras profundas e escuras, olhos avermelhados de sono e sorriso fraco em uma expressão confusa que me cumprimentava quieta, tive uma noção do quão afetada ela está com tudo isso. Mas mesmo assim, sua beleza ainda era óbvia.
- Prazer, meu nome é Haitani Hikari. Já deve ter ouvido falar de mim, seria uma vergonha se não tivesse...
Fiquei sem reação quando percebi que ela estava me encarando sem sair da porta enquanto eu falava. Estava esperando ela dizer algo como que me convidasse pra entrar e eu pudesse conversar sobre o que eu queria, mas ela não parava de me olhar como se estivesse de frente pra um fantasma
Depois de um silêncio rápido e constrangedor, ela solta a maçaneta da porta e se aproxima do meu rosto com a sua mão - Tão igual...
- Desculpa, o que disse?
- Céus, não sei o que estou fazendo. Você é tão parecida com ele - Perdi a voz quando vi uma lágrima descer pelo seu olho até metade do seu rosto, se desfazendo na bochecha - Entra
Ela se afastou e deu abertura pra que eu passasse, mas antes que eu fizesse isso, ela colocou a cabeça pro lado de fora quase abrindo completamente a porta - Vai pra casa, Chifuyu
- S-sim, senhora... - Ele disse quase num sussurro.
Quis agradecer, mas só tirei os sapatos e adentrei a casa sem conseguir dizer nada. Era um ambiente tão confortável, as paredes tinham cores quentes em tons fortes o que me fez sentir aconchegada com a energia do lugar. Fui guiada até o próximo cômodo onde era a cozinha, puxei uma cadeira e me sentei, ela estava do meu lado com o cotovelo apoiado na mesa enquanto olhava pra mim.
- Sei por que veio até aqui - Ela começa
- Sabe? Pera, então você sabe quem eu sou? - Tenho o seu balançar de cabeça em resposta - Bom, isso reduz pela metade o que eu tinha planejado pra falar
Ela passou a desviar o seu olhar dos meus, mas observava cada detalhe do meu rosto, entrelaçando os dedos nos meus fios de cabelo como se eu fosse uma boneca. Não sabia o que ela estava pensando ao fazer isso, mas se eu estivesse certa, ela estava comparando nossas semelhanças
- Eu sei que pode parecer indelicado essa pergunta, mas... O que aconteceu com seu ex-marido?
- Morreu - responde sem rodeios - e quem dera fosse eu que tivesse o matado, desgraçado
