𝕿𝖜𝖊𝖓𝖙𝖞-𝖊𝖎𝖌𝖍𝖙

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Acordei depois de um cochilo, tomei um leve susto ao ver que eu não estava em casa me esquecendo de que vim parar em um hospital

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Acordei depois de um cochilo, tomei um leve susto ao ver que eu não estava em casa me esquecendo de que vim parar em um hospital. Me espreguicei, virando para o lado procurando por Hanma com notícias sobre Miha, mas ele não estava lá.

Ainda deve estar fumando.

Me sentei, apoiando as mãos na cama do hospital e sentindo uma ardência no instante em que pesou nelas. Me lembro instantaneamente das queimaduras, a dor não me deixava esquecer. Ainda sentada, levantei as duas mãos na altura dos olhos, conferindo se tinha todos os dedos e suspirando aliviada quando vi estar tudo certo, com exceção da gaze apertando sua pele.

Me levanto por completo tirando o nebulizador do nariz. Me senti recuperada da fumaça e era o suficiente pra me dar a própria alta do hospital.

Começo a andar pelos corredores, com os braços cruzados por conta do ar gélido do hospital e seus ares-condicionados. Olhava por dentro dos quartos através dos vidros na esperança de me encontrar com Miha.

Não demorou muito até que eu chegasse num quarto onde na porta havia uma pequena moldura com símbolo de moto perto da maçaneta, o que indicava o quarto de um paciente que já estava lá a algum tempo. Aquilo chamou minha atenção, por pura curiosidade decidi olhar na folha pendurada na parede ao lado da porta numa placa de vidro. "Q306 - Keisuke Baji". Arfei em choque. De tantos quartos, havia parado justamente naquele que estava evitando ir a semanas.

Entendi aquilo como um sinal e abri a porta. A TV estava ligada na direção da cama dele. Arregalei os olhos, como estava ligada com Baji em coma?

Logo eu, que nunca tinha esperanças para coisas assim, agora estava alimentando uma dentro de mim. Caminho lentamente e suspirando alto até a cama, meu coração pulava. Será que era possível? Baji havia acordado...?

Mas minha esperança logo foi cortada e eu fui trazida de volta ao mundo real. Um mundo onde as chances dele acordar eram quase nulas. Baji estava deitado, imóvel, de olhos fechados, seu coração e respiração sendo medidos por um monitor qualquer, como se dependesse daquilo.

Ousei colocar minha mão sob a dele, estava quente, mas ele parecia morto para mim. Não se mexia, não falava e não enxergava. Senti uma lágrima cair dos meus olhos quando me lembro de que nunca o fui visitar antes - Me desculpa, Baji... - Minha voz sai fraca e quebrada.

Ainda de pé, tirei minha mão da dele e fecho os olhos. Não aguentava ver ele assim, ter a visão de alguém nesse estado era como reviver as memórias da mamãe mais uma vez. Todas as esperanças que colocaram sob ela, de que melhoraria e voltaria pra casa. Mas nunca voltou.

Não suportaria que o mesmo se repetisse com Baji. Sinto que se passasse por isso novamente seria capaz de enlouquecer.

Respiro fundo e dou as costas. Saindo.

Mas paro no instante em que escuto uma voz feminina atrás de mim - Então é assim? Pede desculpas e vai embora?

- Quem tá aí?

𝙇𝙐𝙏𝘼 𝙋𝙀𝙇𝙊 𝙏𝙀𝙈𝙋𝙊 { 時間のために戦う } ___ Tokyo RevengersOnde as histórias ganham vida. Descobre agora