𝟎𝟏𝟏- 𝐄𝐫𝐫𝐚𝐝𝐨

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“ Os monstros existem, e os fantasmas também; eles estão dentro de nós, e às vezes eles vencem. ”

— Stephen King.

GABRIEL BARBOSA'

Péssimo seria uma boa palavra para me definir hoje. Além da ressaca em pleno sábado de folga, eu estava péssimo por ter agido como um babaca com a Thayná ontem na festa.

Agi na emoção, no calor do momento, e simplesmente aconteceu. Só que eu não pensei nela e no que ela sentiria. Só pensei no quão mal eu estava, e que queria que aquilo passasse.

E sabe o pior dessa situação? A gente estava morando na mesma casa, convivendo diariamente, a todo minutos, horas, segundos.

Assim que fiz minha higiene matinal, desci para a cozinha, vendo a Ceci preparando o café e arrumando a mesa.

Parecia normal.

— Bom dia, Thata. — Me sentei em frente a bancada, apoiando meus braços na pedra de mármore e segurando minha cabeça.

— Bom dia, Gabi. Está melhor?

— Só com um pouco de dor de cabeça.

— Aqui há um comprimido. — Estendeu a cartela para mim, esboçando um sorriso pequeno, mas ainda sim lindinho e delicado. — Tenho que ir cobrir uma mulher em outra clínica hoje, e provavelmente ficarei longe o dia todo. Vai precisar de alguma coisa?

— Não, não, vai em paz.

— Hum, a Lena ligou. Disse que ia vir pra cá mais tarde.

— Sério? Argh, justo hoje que eu não queria receber visitas. — Reclamei, jogando a cabeça e deitando na mesinha. — Obrigada por avisar, Ceci.

— Sem essa de Ceci, Gabi.

— Eu gosto, uai.

— Uhum. Enfim, o café está aí, e eu preciso ir. Estou atarefada.

Ela acenou, pegou a bolsa que estava na cadeira, e saiu de casa. E eu fiquei, na ressaca, apenas esperando por um milagre.

Isso se houvesse algum milagre para mim.

— Credo, que cara de acabado, hein, Gabi Gordo!? — Raphael faz questão de zoar, assim que abro a porta para ele e a Helena.

— Sempre meigo, né, Veigão?

— Chega, vocês dois. — Lena diz, e eu solto um sorriso irônico. — Boa tarde, Bibi. Como você tá?

— Bem mal.

Nos sentamos no sofá, e Helena veio fazer um questionamentos sobre como eu estava e tudo isso mais.

— E a Thayná? Vocês estão juntos!? Juro, eu amei ela!

— Calminha, Lena. A Thayná é a psicóloga do clube e minha amiga, ponto. Não passa disso. Eu nem ao menos consigo pensar na Tata de outro jeito. — Digo, vendo o brilho dela sumir.

— Vocês dariam um belo casal, bi. E tá na hora de desencalhar.

— A gente casou, o Arrascaeta vai casar esse ano, e você continua encalhado. — Veiga riu de forma escandalosa, e eu mandei dedo pra ele.

— Muito engraçado, Raphael.

— Sem brincadeira, Gabriel, a gente só quer teu bem, pô.

— Você? Piada. A gente ainda se odeia, Rapha, se liga.

𝐋𝐎𝐕𝐄𝐑 - 𝐆𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥 𝐁𝐚𝐫𝐛𝐨𝐬𝐚Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin