Capítulo 71: Clã da Águia.

29 3 5
                                    

A carruagem seguia por uma pequena floresta, por uma estrada solitário e esburacadas, balançando de um lado pro outro, de forma quase rítmica, enquanto avançava lentamente. Draven segurava as rédeas com firmeza em suas mãos, guiando os cavalos.

Olhando por cima do ombro, ele observou seu passageiro, deitado na carroça com os braços e as pernas amarradas.

Ele sorriu, e propositalmente guiou a carroça na direção de um buraco. Quando a roda da carroça passou pelo buraco, provocando um solavanco bruto, Draven ouviu um grunhido vindo de trás, e riu.

- Bom dia, dorminhoco - Draven murmurou, incentivando os cavalos a acelerar.

Daemon grunhiu novamente, abrindo os olhos vagarosamente. Sua cabeça estava doendo e sentia um gosto doce na sua boca.

Gosto de poção de cura - ele soube, mesmo sem conferir seu corpo, que seus ferimentos estavam curados.

Quando tentou se mover, sentiu as fibras das cordas roçando contra sua pele. Um nó apertado atando seus membros. Então ele grunhiu novamente.

- Não adianta, eu usei uma corda bem resistente. Você só vai sair daí quando a gente chegar na... - Draven parou de falar quando ouviu o som de algo estalando.

A carruagem sacudiu com os passos pesados de Daemon, como se seu corpo pesasse muito mais do que aparentava, e ele se jogou no assento ao lado de Draven - os cavalos grunhiram com peso.

- Você dizia? - Daemon questionou, debochada, enquanto jogava as cordas arrebentadas no assento entre eles.

Draven franziu o cenho, fitando as cordas por um momento, desacreditado. Então deixou escapar uma risada e voltou sua atenção para a estrada.

- Acho que fui um pouco inocente em achar que só isso iria te conter. O que levanta a pergunta, o que é você, ranzinza misterioso?

- Por que você não me matou? - Daemon perguntou, como se não tivesse ouvido nada do que Draven havia dito.

Draven soltou um suspiro pesado, revirando os olhos, enquanto enfiava a mão dentro do seu quimono e tirava de lá um óculos escuro, cujo ele pacientemente abriu e colocou em seu rosto antes de responder:

- Você é sempre assim tão... intenso? Cara, relaxa. Respira fundo, aproveita que ainda pode. Não consegue responder uma pergunta sem ser com outra?

- Por que você não me matou!? - Daemon grunhiu, fitando Draven com um olhar furioso e intenso. - Tirou de mim o direito de ter uma morte honrosa em um duelo! Por acaso está tentando me menosprezar?

Draven suspirou novamente, antes de dizer:

- Tá vendo? Outra pergunta. Isso tá começando a ficar clichê, e já perdeu o charme do mistério a muito tempo.
Daemon franziu o cenho, grunhindo novamente, e prestes a dizer algo, até a carruagem sair da floresta que os cercavam, e sua atenção for atraída para o caminho a sua frente.

A carroça seguia uma pequena estrada de lama, com poças d'água espalhadas pelo caminho. Ovelhas e outros animais pastavam ali perto, próximo as pequenas casas que ficavam na reagiam.

Mas o que realmente chamou atenção foi a enorme fortaleza no horizonte, iluminada pela luz da lua cheia, uma imponente fortaleza se erguia. Com um enorme prédio central cercado por várias torres de vigias.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: May 14 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Enchanted World OnlineWhere stories live. Discover now