Capítulo 29: A Rainha do Reino Verde.

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Ante de ir embora Ken usou a magia de cura no homem chamado Ryan, curando o queixo dele. Em seguida tanto ele quanto Gwen, Elaine e Alice se retiraram.

Observei os 3 se afastando em direção a casa lentamente. Mas então escutei o som de algo sendo arrastado no chão atrás de mim. Coloquei a mão no cabo da minha espada e disse.

— Seu Lorde me mandou cuidar do nosso amigo aí. Vocês por acaso estão desobedecendo seu Lorde? —

Me virei para trás e vi trabalhadores tentando levantar Ryan do chão. Eles ficaram parados quando ouviram o que eu disse, e pareceram congelar de vez quando me virei.

Sinceramente eu não gosto nem um pouco de ficar fingindo se o guarda costa do Ken, mas eu tenho pelo menos que seguir as ordens dele. Mas vou fazer isso do meu jeito, e não fingindo se alguém que eu não sou.

— Vocês não precisam ter medo, não viemos aqui ferir ninguém. Seu amigo, Ryan, vai ficar bem. Eu só quero conversar com ele. Mas não posso deixar vocês levarem ele embora... — Fiz uma pequena pausa, e agora assumindo um tom ameaçador eu completei. — Mas se mesmo depois que eu pedir educadamente vocês ainda pretende levar ele daqui, então eu sinto muito... mas podem esquecer a primeira coisa que eu disse, e é melhor ter medo sim. —

Não ouvi nenhuma resposta, mas pude notar, pela expressão de cada um ali, que as minhas palavras tinham surtido efeito. Os trabalhadores soltaram Ryan e um por um eles se afastaram.

Deixei escapar um suspiro quando eles foram embora. Por sorte eles acreditaram na minha ameaça, eu sinceramente não teria coragem nem mesmo de ferir eles, nenhum deles fez nada de errado.

Sem a menor intenção de ficar em pé ali esperando Ryan acordar, eu arrastei o corpo dele até perto de uma casa ali perto. Me sentei no chão com as costas escoradas na parede da casa e esperei.

Fiquei observando os moradores da vila por um longo tempo. Não muito longe de onde eu estava havia uma mulher lavando roupas em uma enorme bacia com água. Um homem com uma grossa barba grisalha estava cortando lenha a alguns metros a minha direita. Alguns minutos mais tarde um homem passou caminhando pela rua enquanto guiava 3 vacas muito magras, perdendo apenas para o próprio homem em si.

Essa me parecia uma boa vila, com pessoas decentes e trabalhadoras vivendo nela. Morei por alguns meses em um vilarejo pouco maior que esse quando vim parar nesse mundo, não é uma experiência ruim. A simplicidade da vida nessas vila garante aos moradores uma humildade que os moradores de cidades como Lerrerian não tem.

Não sei exatamente quanto tempo passou, mas em algum momento Ryan começou a se revirar e gemer no chão, como se estivesse acordando relutantemente de um sono. Até que de repente seus olhos se abriram.

Ryan permaneceu imóvel, como se esperasse que ninguém notasse que ele havia acordado. Mas seus olhos percorriam cada canto ao seu redor atentamente. Quando seus olhos me encontraram ele travou.

Por alguns segundos nós dois nos encaramos em silêncio. Notei que ele começava a se mover como se fosse se levantar e sair correndo a qualquer momento. Então, antes que ele fizesse isso, eu falei.

— Mantenha a calma. Vamos conversar. —

Mas ele me ignorou completamente. Com um único impulso ele se colocou de pé e avançou na minha direção. Quando comecei a me levantar também ele já estava projetando um chute na minha direção.

Me esquivei por pouco centímetros do chute dele, e no mesmo instante agarrei seu braço direito e passei uma rasteira na sua outra perna. Quando Ryan começou a cair eu me joguei em cima dela, fazendo com que ele caísse de peito no chão, enquanto eu pressionava, de forma dolorosa, o braço direto dele contra suas costas.

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