Capítulo 25: Um brinde.

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Duas semanas se passaram desde que eu voltei da ilha dos Dragões. Draconis disse que iria trazer teleporta Gwen para onde eu estivesse em uma semana, mas ele ainda não fez isso. Não sei o motivo, mas agradeci por isso.

Quando voltamos para a cidade depois do ataque da Lilith tivemos que reportar para o Rei tudo que aconteceu. Quase não consegui manter a compostura para fazer isso. Depois que eu terminei meu relatório para o Rei eu fui para a pousada e me tranquei no meu quarto.

Fiquei a primeira semana inteira dentro do quarto, saindo raramente, apenas para comer ou para falar com Nero e Aidem. Pedi para que eles fizessem algumas coisas para mim já que eu não estava no clima de ficar saindo.

Uma festa foi organizada pelo Rei, ele disse que agora que eu estou vendendo as poções eu devo me tornar oficialmente um nobre, já que agora eu faço parte das pessoas mais ricas do Reino. Ele me pediu para escolher um sobrenome, já que todo nobre tem direito a um, e eu escolhi Angelus, assim como estava no meu cartão da Guilda.

Alice veio até o meu quarto hoje para me avisar que a festa aconteceria quando o sol se por. A gente quase não tinha se visto desde o que aconteceu com a Aqua, acho que nenhum de nós tinha muito animo depois disso. Para ser sincero eu mal sabia como agir. Tudo parecia muito desanimado, nos primeiros dias não importava o que eu fizesse, eu sempre sentia que faltava alguma coisa. Para ser sincero essa sensação ainda e presente agora, mas não acha que isso vá passar, vou apenas me acostumar com isso. Eu não experimentava o luto desde que a minha mãe morreu, então foi realmente uma surpresa eu me sentir tão abalado com a morte da Aqua.

Eu disse para a Alice que eu iria com certeza comparecer a festa e ela foi embora, disse que tinha que se arrumar e que eu deveria fazer o mesmo. Por sorte eu já estava preparado para coisas como essas. Já havia pedido a um alfaiate para fazer um terno feito do melhor tecido do reino. Os ternos não são muito populares dentre a nobreza, diferente do que acontece no meu mundo, mas acho que eu posso acabar criando uma tendência entre os nobres, já que nenhum terno nesse mundo e igual aos do meu mundo.

Quando escureceu eu comecei a me preparar. Eu tinha pedido para Aidem me encontrar na recepção da pousada. Mas fui pego de surpreso quando escutei ele batendo na porta do meu quarto. Abri a porta e disse para ele que eu estava terminando de arrumar e depois voltei a fecha-la.

Vesti meu terno e guardei a minha espada no armazenamento dimensional. Para caso acontecesse alguma coisa. Também deixei algumas poções guardada no armazenamento dimensional, afinal, eu estava indo me apresentar para a nobreza como um nobre vendedor de poções. Caso eles precisassem de uma prova de que eu era o melhor alquimista do reino, eu teria o prazer de fornecer uma a eles.

Um dos problemas de viver na idade média é que nenhum quarto nas pousas tem um banheiro. Então para arrumar o meu cabelo eu precisaria sair do meu quarto e ir até o andar de baixo, onde ficava o banheiro da pousada.

Assim que abri a porta vi Aidem sentado no chão com as costas escoradas na parede. Ele usava um terno mais ou menos parecido com o meu, mas ele estava com a sua espada.

Quando me aproximei ele me olhou pensativo. Parei ao lado dele e disse.

— Combinação estranha, terno e espada. Mas acho que combina com você—

Ele não disse nada, pelo menos não imediatamente. Ficou me encarando em silêncio por um tempo até que finalmente perguntou.

— Tem certeza que você tá bem? Não precisa ir nessas festas da nobreza. Eu sei que você ficou triste por não poder dar um enterro digno para ela. Se você quiser ficar aqui ninguém va...- —

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