Capítulo CLXV

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Saímos do banheiro com nossos corpos envoltos em macios roupões brancos, ainda sentindo o calor do banho. Caminhei à frente de Sarah, em direção à cama, apreciando a suavidade do tapete sob meus pés. Apoiei-me na grade de ferro e esperei por Sarah, ouvindo seus passos se aproximarem. Sarah parou diante de mim, seu olhar encontrando o meu.

— O que deseja de mim, minha senhora? – disse com um tom suave.

— Quero sentir que é completamente minha. – toquei o rosto de Sarah e aproximei meus lábios dos dela, beijando-a com suavidade.

— Eu sou... – Sarah deixou o roupão cair aos seus pés. — Toda sua.

Pus as mãos no quadril de Sarah e a ergui contra a grade, beijando seu pescoço com voracidade e puxando seu cabelo para trás. Mordi seu ombro e apertei sua coxa direita, pressionando meu corpo contra o dela. Sarah segurou-se nos meus ombros e permitiu que meus lábios descessem por seu colo, até alcançar um de seus mamilos. Senti sua pele arrepiar-se ao sugar e morder suavemente ela. Sarah arfou. Afastei-a da grade, mantendo seus pés longe do chão. Entramos na gaiola, e logo me debrucei sobre ela. Nos beijamos com desejo, enquanto deslizava meus dedos pelas grades até alcançar a primeira algema. Prendi o pulso esquerdo de Sarah e fiz o mesmo com o direito. Ela envolveu as pernas ao redor do meu corpo e segurou-se com firmeza na corrente das algemas.

Apoiei minhas mãos na cama e a olhei.

— Bem melhor assim. – falei baixo, abrindo meu roupão e descendo-o até o quadril, onde estavam as pernas de Sarah. Levei uma das mãos ao pescoço dela e pressionei pouco abaixo da mandíbula. Sarah ergueu o queixo e fechou os olhos, deixando a boca levemente aberta. Pressionei um pouco mais o pescoço dela. Suas mãos apertaram mais as correntes, e seu tronco me forçou para cima. Mantive a pressão por alguns instantes até observar o rosto de Sarah ruborizar. Afrouxei a mão e ela puxou o ar com força.

Apoiei o antebraço esquerdo na cama e desci a mão direita pela coxa esquerda de Sarah, afrouxando suas pernas e erguendo um pouco meu quadril. Encontrei espaço para tocar sua virilha e descer meus dedos até sua intimidade. Toquei-a, sentindo sua umidade natural, e comecei a estimular seu clitóris com dois dedos. Sarah arfou.

Inclinei-me até aproximar meus lábios de seu ouvido.

— Só poderá gozar quando eu permitir. Do contrário, vou te castigar. Compreendeu?

— Sim, senhora. – Sarah apoiou os pés na cama.

Meus dedos moviam-se de forma circular sobre o clitóris dela, e ela gemia, movendo o quadril vez ou outra, como se ansiasse por mais contato. Deslizei os dedos para dentro dela, e Sarah arfou. Desloquei a mão esquerda para sua boca, abafando qualquer gemido que pudesse escapar. Movi minha mão direita para baixo e para cima, deixando dois dedos dentro dela e um terceiro em seu clitóris, estimulando-o. Sarah se contorceu debaixo de mim, e murmúrios abafados tentavam escapar. As correntes das algemas moveram-se pelo vão da grade quando Sarah forçou os pulsos para cima, tentando alcançar meu corpo. Retirei a mão da frente de sua boca, deixando-a tomar fôlego.

— Qual sua cor? – indaguei.

— Verde. – Sarah falou esbaforida. — Senhora, me permita gozar, por favor. Suplico. Não aguento mais.

— Não.

— Senhora, por favor. – Sarah insistiu.

— Mantenha as pernas abertas. – ignorei seu pedido e continuei a estimulá-la intimamente.

— Senhora... – Sarah puxou as correntes novamente e pressionou os pés contra a cama. — Não consigo segurar mais.

— É uma escolha sua. Sabe o que vai acontecer quando gozar sem minha permissão? – indaguei próximo ao seu ouvido.

— Não.

— Vou tirar minhas mãos de você. – respondi.

— Não, senhora. Por favor, não faça isso. – Sarah suplicou.

Agarrei seu queixo com firmeza e a fiz me encarar.

— O que eu falei sobre não esboçar nenhuma resistência?

— Perdão. – Sarah desviou o olhar, e eu bati em seu rosto. — Aau. – ela parecia surpresa.

— Não estou brincando, Sarah. Olhos nos meus. E concentre-se em obedecer, se não quiser passar a próxima hora trancafiada nessa jaula sozinha. – falei com firmeza.

— Entendi, senhora. – Sarah voltou a me encarar.

Desci pelo corpo de Sarah, e ao chegar próximo ao seu quadril, apoiei suas coxas em meus ombros e desci meus lábios por seu sexo. Sarah gemeu. Pressionei suas coxas com as mãos e afastei-as. Minha boca percorria toda a extensão de sua intimidade, lambendo e dando leves sugadas. Seu corpo tremulou, e um gemido arrastado anunciou seu êxtase.

— Sarah... – ergui minha cabeça.

— Desculpa. Eu não aguentei segurar mais. – disse ela com um olhar culpado.

Retirei suas pernas de cima dos meus ombros e abri as algemas. Em seguida, saí da gaiola, sob o olhar confuso de Sarah.

— Senhora, me castigue de outro modo, por favor. Não deixe de me tocar. Eu suplico. – Sarah se ajoelhou próxima à porta.

— Irei pensar sobre isso enquanto uso a banheira. – fechei a porta da gaiola. — Não se atreva a sair.

— Senhora, por favor. – Sarah estendeu as mãos para fora da grade, tentando alcançar meu corpo.

— Não. – dei um passo para trás. — Você acha que por causa da minha inexperiência, eu não sei identificar quando você está ultrapassando limites como submissa? Você está testando a minha autoridade desde que entramos nesse quarto. Então arque com as consequências. – fui em direção à hidromassagem.

— Eu serei obediente! Eu juro, senhora. – Sarah agarrou a grade. — Volte aqui. Eu preciso de você.

Olhei-a e agitei a cabeça negativamente. Entrei na hidromassagem, ficando de frente para onde Sarah estava. Ela sentou sobre as panturrilhas, frustrada.

— Eu aprendi algo com nossa convivência. Te bater é uma recompensa, mas te deixar ansiar por mais contato é uma verdadeira tortura. – comentei.

— Está sendo tão má comigo. – Sarah arfou.

— Comporte-se, e irei rever seu castigo. – afundei na banheira por alguns instantes.

Passei os minutos seguintes centrada em mim mesma. Certamente passou-se quase meia hora. Quando voltei minha atenção para Sarah, ela estava adormecida na cama. Saí da banheira sem fazer barulho e fui até a gaiola. Abri a porta e entrei, tentando fazer o menor ruído possível. Sentei-me ao lado de Sarah e toquei seu rosto. Ela despertou.

— Já vamos embora? – Sarah indagou.

— Não. – pus a mão direita debaixo de sua nuca e a fiz sentar. Trouxe-a para meu colo, sentando-a sobre minhas pernas. Beijei-a nos lábios, envolvendo meus braços em seu tronco. Sarah correspondeu ao beijo. Desci a perna esquerda de Sarah, deixando minha perna direita sobre ela. Aproximei nossos sexos e movi meu quadril para a frente, arfando ao sentir o calor do sexo de Sarah. Esfreguei-me sem pudor nos minutos seguintes, trocando gemidos com Sarah. Abraçadas e ansiando uma pela outra, Sarah fincou as unhas nas minhas costas. Quando menos esperávamos, compartilhamos um orgasmo.
Sarah apoiou a cabeça em meu ombro, respirando ofegante. Descansei meu queixo no topo de sua cabeça e deslizei minhas mãos por suas costas, apreciando a suavidade de sua pele sob meus dedos. Meu coração ainda palpitava forte, ecoando a intensidade do momento. Um silêncio reconfortante nos envolveu, enquanto permanecíamos abraçadas, entregando-nos às carícias mútuas e à sensação reconfortante de nossos corpos entrelaçados.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now