CAPÍTULO 37

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Já estava amanhecendo, nenhuma notícia do St. Mungus havia chegado para Draco, ele estava agitado e agoniado em não ter notícias do marido, de Eliza ou de Lyanna. Um auror novato foi o responsável por colher seu depoimento, o garoto tremia toda vez que erguia o olhar para ele como se temesse ser atingido por uma Imperdoável ou um Sectumsempra.

— Malfoy.

Draco ergueu a cabeça assim que escutou seu nome sendo chamado em um sussurro, ele viu a garota se aproximando com passos rápidos e puxando-o para um canto afastado. Hermione estava descabelada, os cabelos lisos caiam por seu rosto em um emaranhado de fios, ela tinha olheiras profundas e parecia extremamente aflita.

— Escute — ela segurou as mãos do rapaz — Eu escutei uma conversa entre o conselho, eles querem levar você a julgamento — sussurrou — não acreditam na história que você contou.

— Que porra?!

Ele soltou suas mãos da garota e enfiou elas nos próprios cabelos, encostando-se contra a parede, contendo sua vontade de gritar. Seu corpo estava exausto, sua mente perturbada e ele parecia prestes a explodir em um choro compulsivo a qualquer momento.

— Eles querem acusar alguém a todo custo — Hermione continuou — Todos os Comensais que invadiram a casa dos Müller foram mortos, Harry está no St. Mungus e eles ainda não acharam os locais que foram feitos feitiços nas crianças. Querem te culpar porque você estava lá e é a única solução que vêem, além do mais, seu núcleo foi desbloqueado após o casamento.

Ele não respondeu nada do que ela falou, apenas ficou calado tentando manter o controle a todo custo. Draco sabia que algo assim iria acontecer e sabia que se os aurores encontrassem sua mãe lá, seria ela quem estaria sendo acusada. O garoto se assustou quando sentiu algo sendo deixado em seu bolso, Hermione tocou seu ombro e aproximou-se do seu ouvido.

— Luna enviou isso, disse que é um anti-veritaserum, eles irão te chamar daqui 1 hora.

Rapidamente a bruxa saiu do local onde estavam deixando-o para trás. Novamente ele se sentou no banco onde estava e respirou fundo, derramando algumas lágrimas de nervoso.

— Ei — chamou o novato que estava vigiando-o — Posso ir até o banheiro?

— P-Pode...

Durante o caminho, Draco limpou as lágrimas, fungando propositalmente para que o auror escutasse e sentisse o mínimo de pena, coisa que ele sabia que o garoto estava sentindo. Ao adentrar uma das cabines, puxou o frasco de dentro do bolso e o observou com atenção, era o mesmo formato de coração e cor azulada do antídoto preparado por Pandora Rosier para Regulus há anos atrás. Sem demora, ele virou todo o líquido dentro da boca sentindo um sabor de chocolate mofado com um toque especial de morangos podres.

De forma instantânea o frasco desapareceu de sua mão em uma névoa suave. Ele encostou-se contra a porta, fechando seus olhos cansados e esfregando os dedos em um ato nervoso.

"Mantenha a calma, em breve isso vai terminar" — repetia para si mesmo.

ϟ

O som irritante do martelo batendo contra a madeira fez os ouvidos de Draco estalarem, ele manteve seriedade enquanto analisava o júri a frente dele encarando-o com seus olhos críticos e julgadores. Após Draco ingerir veritaserum na precesenca dos mesmos a pouca minutos o julgamento de se início.

— Sr. Draco Lucius Malfoy... — o bruxo começou a falar, mas logo franziu a testa ao analisar o nome no papel — Senhor... — ele ergueu as sobrancelhas para o garoto que juntou suas mãos uma a outra e suspirou. — Senhor Draco...

𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora